A HISTÓRIA DE ANTÔNIO: MEU AVÔ PATERNO JOSÉ ANTÔNIO
DE SOUZA MOREIRA
ANTÔNIO DE
SOUSA COSTA
E meu avô José Antônio de Souza Moreira foi
crescendo sempre misturado aos escravos do avô dele. Com a morte de José de
Souza Moreira, a Fazenda foi repartida entre os filhos. Para Severina, que era
a mãe de meu avô José Antônio, o que tocou pra
ela, ela deu para os filhos.
Meu avô José Antônio de Souza Moreira já era casado
com Maria Francisca da Conceição, a vovó Chiquinha, que era descendente da
família Costa. Depois que Severina repartiu a herança que recebeu entre os
filhos e filhas, a parte que lhe coube da Fazenda de Laranjal, meu avô e um de
seus cunhados fixaram residência em uma encosta de morro, em um lugar onde embaixo
passava um córrego d’água. Meu avô tinha a sua residência um pouco abaixo do
córrego d’água, e mais embaixo ainda morava o cunhado de meu avô, o que era
casado com a irmã chamada Ana. Meu avô era muito trabalhador e formou uma
bonita lavoura de café.
O cunhado de meu avô querendo fazer um moinho de
pedra para moer milho, como não tinha alturas d’água suficientes, para tocar
o moinho, pediu a meu avô consentimento para ele tirar água acima da casa de
meu avô. Meu avô pôs algumas dúvidas, porque o cunhado teria de arrancar alguns
pés de café preciosos do cafezal de meu avô, para construir o rego d’água até o
dito moinho, mas, por fim, concordou.
O cunhado fez o rego d’água passando acima da casa
de meu avô paterno, mas, no decorrer do tempo, a água arrombava a rampa e
descia, arrancando pés de café, e prejudicando até em casa de meu avô. Meu avô
falava com o cunhado, mas não adiantava nada. Esse cunhado era um homem
preguiçoso, desmazelado, e não se incomodava com o prejuízo que causava a
outras pessoas. Meu avô já estava a ponto de fazer uma desordem, e falou com a
mãe Severina: “– Mãe, já não aguento mais esse seu genro! É muito abusado. Mas,
comigo, ele se engana, vou tacar nele uma facada, que ele nunca mais vai
aborrecer ninguém!” Severina, que era mãe e sogra, não deixou que eles
brigassem. Apaziguou os dois, mas, meu avô José Antônio não ficou satisfeito,
vendeu tudo o que tinha e saiu para procurar outra propriedade.
Caro Alexandre...
ResponderExcluirQue história tão comovente com um final a bem de todos, sem confrontos, claro.
Um abraço cá deste meu Algarve.
Obrigado pelo seu comentário no meu blog
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