A PRESENÇA INTERATIVA DO NARRADOR
NEUZA MACHADO
Do princípio ao fim da narrativa ficcional O Amante das Amazonas, a presença interativa do narrador pós-moderno/pós-modernista de Segunda Geração se encontra visível. Não importa que sejam dois ou mais narradores (invisíveis e passageiros, como a manicura Sabá Vintém ou a bibliotecária Estella de Sousa, ou Benito Botelho, ou qualquer outro personagem), eles se unem como representantes dos narradores do escritor pós-modernista. Os narradores rogelianos, desta diferenciada narrativa, gradativamente, vão hiper-realizando o amplo espaço sócio-mítico-substancial da floresta amazonense, e, posteriormente, o espaço sócio-substancial da cidade de Manaus, transformando-os (os dois universos narrativo-ficcionais) em momentos de criativos e impagáveis espetáculos. É bem verdade que os leitores do futuro merecerão a grandiosidade destas múltiplas visões arrebatadoras de uma Floresta plantada no princípio de tudo, Floresta que ainda faz parte do atual momento histórico da humanidade, com a ressalva de que a mesma, possivelmente, não se perpetuará, pois poderá desaparecer em um dos interregnos do tempo.
Assim reflito sobre os narradores de Rogel Samuel. A história pessoal desse incomum escritor é grandiosa e ela interage com a grandiosidade sócio-mitológica de seu Estado de nascimento. A história pessoal/familiar do autor é grandiosa, o Amazonas é grandioso, assim como aconteceu com João Guimarães Rosa e o Sertão de Minas Gerais. Ficcionistas e Ficções: grandiosos, importantes, perpetuados pelo poder do imaginário alargado. O Amazonas é hiper-fascinante, um repositório de lendas espetaculares, muitíssimo além da imaginação linear. Os narradores rogelianos não são comuns, são avatares excepcionais de vários narradores, ao longo da história do homem (e é exatamente este o conceito que poderemos oferecer aos chamados narradores pós-modernistas de Segunda Geração), os quais vão possibilitando o exagero criativo (e aqui, nesta expressão “exagero criativo” não há nenhuma depreciação crítica), transformando, em se tratando da incomum ficção de Rogel Samuel, o que seria aparentemente normal (os acontecimentos cotidianos da Grande Floresta) em espetáculo grandioso.
MACHADO, Neuza. O Fogo da Labareda da Serpente: Sobre O Amante das Amazonas de Rogel Samuel.
NEUZA MACHADO
Do princípio ao fim da narrativa ficcional O Amante das Amazonas, a presença interativa do narrador pós-moderno/pós-modernista de Segunda Geração se encontra visível. Não importa que sejam dois ou mais narradores (invisíveis e passageiros, como a manicura Sabá Vintém ou a bibliotecária Estella de Sousa, ou Benito Botelho, ou qualquer outro personagem), eles se unem como representantes dos narradores do escritor pós-modernista. Os narradores rogelianos, desta diferenciada narrativa, gradativamente, vão hiper-realizando o amplo espaço sócio-mítico-substancial da floresta amazonense, e, posteriormente, o espaço sócio-substancial da cidade de Manaus, transformando-os (os dois universos narrativo-ficcionais) em momentos de criativos e impagáveis espetáculos. É bem verdade que os leitores do futuro merecerão a grandiosidade destas múltiplas visões arrebatadoras de uma Floresta plantada no princípio de tudo, Floresta que ainda faz parte do atual momento histórico da humanidade, com a ressalva de que a mesma, possivelmente, não se perpetuará, pois poderá desaparecer em um dos interregnos do tempo.
Assim reflito sobre os narradores de Rogel Samuel. A história pessoal desse incomum escritor é grandiosa e ela interage com a grandiosidade sócio-mitológica de seu Estado de nascimento. A história pessoal/familiar do autor é grandiosa, o Amazonas é grandioso, assim como aconteceu com João Guimarães Rosa e o Sertão de Minas Gerais. Ficcionistas e Ficções: grandiosos, importantes, perpetuados pelo poder do imaginário alargado. O Amazonas é hiper-fascinante, um repositório de lendas espetaculares, muitíssimo além da imaginação linear. Os narradores rogelianos não são comuns, são avatares excepcionais de vários narradores, ao longo da história do homem (e é exatamente este o conceito que poderemos oferecer aos chamados narradores pós-modernistas de Segunda Geração), os quais vão possibilitando o exagero criativo (e aqui, nesta expressão “exagero criativo” não há nenhuma depreciação crítica), transformando, em se tratando da incomum ficção de Rogel Samuel, o que seria aparentemente normal (os acontecimentos cotidianos da Grande Floresta) em espetáculo grandioso.
MACHADO, Neuza. O Fogo da Labareda da Serpente: Sobre O Amante das Amazonas de Rogel Samuel.
extraordinária, incrível, a sua análise descobre o que nem o próprio autor pode descobrir!
ResponderExcluir