A IMENSURÁVEL FLORESTA
NEUZA MACHADO
Enquanto o(s) narrador(es) rogeliano(s) refletem os atuais problemas insolúveis da Grande Floresta e, por acréscimo, os problemas da cidade de Manaus (e o personagem pós-moderno/pós-modernista de Segunda Geração desta diferente narrativa ficcional é a Floresta Amazonense), a autêntica criatividade ficcional de Rogel Samuel vai-se materializando ante o entendimento catártico do leitor do presente (e assim será com o leitor do futuro). Tal intencionalidade do(s) narrador(es) de Rogel Samuel, resguardada evidentemente por uma linguagem especialíssima, vai permitindo que os movimentos e percepções dos personagens, restritos ao interior da Imensurável Floresta, se presentifiquem, revelando aos leitores uma específica realidade, saída do particular conhecimento do criador ficcional, conhecedor, por sua vez, dos diversos graus da chamada “linguagem figurada”.
E, graças a esse conhecimento anticonvencional, o(s) narrador(es) desta ficção rogeliana, em particular, vai(vão) interagindo com a intertextualidade, aquela intertextualidade que já foi considerada a marca de nascença das narrativas do final do século XX. Os estudos literários, as análises e interpretações, as sistematizações de textos-base (e foram muitos os textos-base sistematizados, segundo o próprio escritor) possibilitaram a transformação da Grande Floresta em ocorrência maravilhosa (atentar para a etimologia desta palavra). A Grande Floresta como espetáculo, dinâmico, interativo, e que, a qualquer momento, atingirá também outras mentes, aquelas que ainda não tiveram o privilégio de dialogar com este instigante texto ficcional.
Se há intertextualidade, esta se liga aos assuntos míticos da Floresta, às questões políticas do Amazonas, às reflexões particulares do autor. Essas controvérsias, diversas e desencontradas (ou se quiserem ajustadas), colocam em destaque, apenas, um personagem principal. E este personagem principal é a própria Floresta, com seus segredos e alucinações, uma Floresta estranha e diferente, terrivelmente insólita, Floresta que nenhum outro escritor amazonense da atualidade conseguiu resgatar, criativamente falando, em forma de ficção (apenas o escritor Rogel Samuel, nobilitado no terceiro cogito da consciência singular).
MACHADO, Neuza. O Fogo da Labareda da Serpente: Sobre O Amante das Amazonas de Rogel Samuel.
E, graças a esse conhecimento anticonvencional, o(s) narrador(es) desta ficção rogeliana, em particular, vai(vão) interagindo com a intertextualidade, aquela intertextualidade que já foi considerada a marca de nascença das narrativas do final do século XX. Os estudos literários, as análises e interpretações, as sistematizações de textos-base (e foram muitos os textos-base sistematizados, segundo o próprio escritor) possibilitaram a transformação da Grande Floresta em ocorrência maravilhosa (atentar para a etimologia desta palavra). A Grande Floresta como espetáculo, dinâmico, interativo, e que, a qualquer momento, atingirá também outras mentes, aquelas que ainda não tiveram o privilégio de dialogar com este instigante texto ficcional.
Se há intertextualidade, esta se liga aos assuntos míticos da Floresta, às questões políticas do Amazonas, às reflexões particulares do autor. Essas controvérsias, diversas e desencontradas (ou se quiserem ajustadas), colocam em destaque, apenas, um personagem principal. E este personagem principal é a própria Floresta, com seus segredos e alucinações, uma Floresta estranha e diferente, terrivelmente insólita, Floresta que nenhum outro escritor amazonense da atualidade conseguiu resgatar, criativamente falando, em forma de ficção (apenas o escritor Rogel Samuel, nobilitado no terceiro cogito da consciência singular).
MACHADO, Neuza. O Fogo da Labareda da Serpente: Sobre O Amante das Amazonas de Rogel Samuel.
imensurável é a sua capacidade de análise, o seu talento no estilo, a abundância do seu imaginário crítico (existe, sabe?), o seu conhecimento e sua erudição.
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