Na maioria das vezes (e porque também somos produtos de colonizadores mentais e não estamos ainda preparados para abandonarmos valores alheios), as pessoas comuns do chamado Terceiro Mundo não valorizam a inteligência, preferem seguir modismos que massificam, que transformam os subjugados em uma só massa pensante. A função da inteligência é questionar, argumentar, refletir, pensar e repensar sobre a validade da direção do impulso massificador. A consciência pura, de acordo com Bachelard, pode assim fazer uma boa escolha, porque está no auge de sua lucidez, de seu juízo, de seu bom-senso, agenciando o livre-arbítrio. Ela seria o eu consciente racional e equilibrado, repleto de força e capacidade de escolha. Nesse estágio de lucidez, o indivíduo pode ficar em estado de vigilância, pode esperar que alguma coisa se manifeste, que surja alguma intuição ou oportunidade, pode aguardar e guardar (baú de memórias); pode vigiar, para que não entre em seu mundo interior (mundo do eu interiorizado), qualquer conhecimento nocivo. Por isto, não posso falar em influência, no sentido depreciativo, em Guimarães Rosa. Sua consciência particular, ao recontar o sertão e as tradições sertanejas, não estava submetida às pressões do mundo moderno, estava em completo estado de liberdade (repouso ativado). Sua consciência particular não se incomodava mais com os juízos de valor do mundo vital, com as cobranças sociais.
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monitorada pelo instituto
Há 31 minutos
O nosso "eu" interiorizado, também é fruto da politização que os sucessivos governos modernistas, tendem a incutir nos espirito das classes medianas, em termos de um totalitarismo, que não consta do vocabulário que nós, mediana e humanamente aprendemos. Ele também é fruto de um descontentamento, isto é, de um encolher de ombros desta classe média que se vai deixando decapitar, por já estar farta de ver tanta asneira, que os mais altos governantes dos países civilizados não conseguem por em ordem.
ResponderExcluirAntónio Santos (Tomanel)