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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: À SOMBRA DA ÁRVORE E AS LIBÉLULAS VOANDO - 8.2


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: À SOMBRA DA ÁRVORE E AS LIBÉLULAS VOANDO - 8.2

NEUZA MACHADO

O fato é que o Emilianno de Brises
era do tempo do Povoamento
daquella região tão amada por Bhima.

Um reino europeu estava a se apossar,
já há uns Quatrocentos Annos,
mais ou menos,
daquellas extensas e férteis terras tropicais,
localizadas na América do Sul
de Inigualáveis Belezas
e Esplendores Gerais.

Na verdade, o Povo Muito Amado do Bhima
era uma mistura de várias etnias,
cujo sangue colonizador provinha justamente
daquelle tronco branco europeu
de descendência latina.

Mas, é bom que se esclareça!,
desde já!!!,
a cor que predominava entre eles
era a Maravilhosa Cor de Jambo Dourado,
graças a uma saudável mistura
do sangue branco português
com o sangue ebanístico
provindo da África
e, também, graças à mistura
com o sangue amarelo-ouro
dos silvícolas puris
que povoavam a região
antes do aposseamento,
sem contar a Magnífica
Contribuição Divinal
do Apolíneo Sol Esplendoroso
do Trópico de Capricórnio Sem-Igual,
o qual acariciava aquelas peles moirenas,
na maior parte das Efemérides Terrenas,
nos Ardentes Verões Tropicais
e nas Primaveras Floridas
Multicoloridas
Praláde Especiais.

E, Assim, Naquelles Muitos Annos,
o Extra-Terrestre Bhima também acompanhou,
de longe, evidentemente!,
o desenrolar daquella amizade
entre o Emilianno de Brises
e a sua Árvore de Estimação.

Enquanto ela crescia,
crescia a força do Intrépido Emilianno;
crescia o seu Valor de homem
trabalhador e honesto;
crescia o seu amor
por Sá Justiniaña de Ogiges,
sua estimada companheira
dos ternos aconchegos amorosos
e das labutas diárias;
cresciam seus inúmeros filhos e filhas,
todos fortes e bonitos e valerosos,
também, trabalhadores,
quomodo o pai que os protegia.

Com o passar dos annos,
o Emilianno se tornara
uma presença marcante
no lugar em que morava,
e, aos sábados e domingos,
a sua casa se alegrava,
sempre cheia de visitas,
as quais eram muito bem recebidas
por ele e por Sá Justiniaña,
sua bem amada mulher.
Sob a sombra da grande árvore,
muitas visitas saborearam,
naquelles muitos annos,
os deliciosos quitutes
preparados por Sá Justiniaña,
uma inigualável cozinheira
de inigualáveis manjares
da tradicional cozinha mineira.
O tempero de suas iguarias
era conhecido nos quatro cantos da região,
quiçá do Mundo Todo,
e, aos sábados e domingos,
as pessoas vinham de longe,
trazendo cereais, legumes e verduras,
quomodo era o costume,
só para terem o prazer de almoçar e jantar
e tomar café-com-leite e bolinhos mineiros
em casa de Sô Emilianno e Sá Justiniaña,
e, ao mesmo tempo,
ouvir as suas fantásticas narrativas,
uma vez que o carpinteiro e marceneiro,
além de lenhador e caçador,
era um reconhecido contador
de Histórias da Carochinha,
aquellas incríveis histórias inventadas
para o entretenimento geral.
Sob a sombra da Grande Árvore,
muitas visitas saborearam,
naquelles muitos annos,
também, as deliciosas histórias
do Gran Ancião do Mágico Terreirão.

O Bhima sempre observara, de longe!,
aquellas reuniões sabáticas e dominicais
em casa do Emilianno de Brises,
parente longínquo
do antiquíssimo Brises Homérico.
Naquelles annos todos,
o Bondoso Extra-Terrestre nunca, jamais!!!!!!,
presenciara atitudes de desagrado,
por parte do casal,
em relação às constantes visitas
dos finais semanais.
Eles as recebiam com muita alegria e satisfação.

E é bem verdade também,
é importante que se diga!,
que Sá Justiniaña não trabalhava sozinha
no preparo de seus saborosos quitutes.
As mulheres visitantes
também arregaçavam as mangas
de seus vestidos de passeio
e iam ajudá-la no preparo
da inigualável comida.
Então, a grande cozinha do velhíssimo casal
se transformava em uma sala de bate-papo,
melhor do que qualquer sala de bate-papo
dos dias atuais,
melhor do que qualquer sala de bate-papo
Via Internet.
As mulheres colocavam
seus assuntos rotineiros em dia,
e os homens esperavam a hora da comilança,
conversando e pitando cigarros de palha
recheados de fumo-de-rolo,
abrigados debaixo da frondosa
árvore de estimação.

Enquanto não, as libélulas voavam
e os pássaros cantavam!

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