AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O BHIMA INTERGALÁTICO OBSERVANDO A FESTA BRASILEIRA DE 2003 - 3.2

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O BHIMA INTERGALÁTICO OBSERVANDO A FESTA BRASILEIRA DE 2003 - 3.2

NEUZA MACHADO

Quando a Suprema Divindade enviara o Bhima à Terra,
há Milhões e Milhões e Milhões de Annos-Luz atrás,
o Bhima recebera também a Tela Mágica
do Passado, Presente e Futuro,
na qual lhe fora permitido ver,
de antemão,
as Várias Transformações Históricas
pelas quais o Planeta Terra passaria.

Em um Átimo de Tempo do Pretérito,
em um Momento Inesquecível,
ele pode apreciar,
na tal Tela Polidimensional,
todos os acontecimentos que marcaram,
marcavam e marcariam a humanidade,
desde que ela saíra da Idade Paleolítica
para a Idade Neolítica,
alcançando, posteriormente,
O Direito de Lutar Pelo Direito de Viver.

Inclusive, o Extra-Terrestre já visualizara
no Passado,
Naquela Mesmíssima Tela Mágica,
Aquelle Acontecimento Diferenciado
que se Desenrolava,
Naquelle Preci(o)so Momento,
Diante de Seus Grandes e Amendoados
e Brilhantes Olhos.

Só que, naquelle Dia de Festa,
ele pode sentir,
No Mais Profundo de Seu Peito,
Ab Imo Pectore,
A Emoção Sem-Igual
Que Tomava Conta
Dos Corações de Todos os Presentes.
E esse sentimento quase humano,
o Bhima só alcançava quando
se Valia da Maravilhosa Luneta Mágica das Grandes Ocasiões,
a Luneta Mágica Preciosíssima
que lhe ofertara o Supremo Senhor.

“Ah! Como o Supremo Supremo Senhor era justo!”,
pensou, replecto de satisfação.
Fizera o homem à sua imagem e semelhança,
mas lhe ofertara as labutas diárias,
a necessidade constante
de sobviver, viver, ou sobreviver,
para que, com isto,
ocupasse o tempo
e esquecesse a morte certeira.

Sim!, o Magnificente era muito justo!
O Ser Humano, assim pensava o Bhima,
não fora criado pelo Senhor Supremo
para viver eternamente em sua individualidade.
O Ser Humano recebera Dele (o Supremo Supremo)
o Direito de Ser Eterno, em sua Totalidade,
enquanto a Terra Azulinda existisse
e fosse compreendida pelos mesmos.
Por esta razão, naquelles milhões
e milhões e milhões de anos-luz,
em que estivera a observar a Terra
do Alto de Sua Nave Estelar Poderosíssima,
pode se encantar com Aquele Altíssimo Poder
em seus Actos de Construção,
Destruição e ReConstrução de Eras;
Construção e Destruição de Civilizações;
Construção e Destruição de Cidades Jactanciosas;
Construção e Destruição de Governos,
de Ditadores,
de Povos RePlenos de Empáfia,
de Subjugadores dos Menos Favorecidos Socialmente.
Do Alto de Sua Poderosíssima Nave Estelar,
Observara Tudo,
no Perpassar Daqueles Milhões de Annos-Luz,
mas, infelizmente,
não recebera do Supremo o direito
de intervir nas questões humanas.

É bem verdade que,
muitas vezes,
chorara copiosamente,
Á Moda dos Humanos Sensíveis,
Ao Ver Povos Indefesos Sendo Pisoteados
Por Outros Povos Ricos Mais Bem Equipados.
Quantas Guerras Horrorosas Tenebrosas Assistira,
Nesses Milhões e Milhões e Milhões de Annos-Luz,
Por InterMédio de Seu Observatório Sem-Igual.
Quantas Lágrimas Ardentes de Extra-Terrestre Foram Derramadas
Em Homenagem
Aos Muuuuuuiiitos Desafortunados Humanos
Que Lhe Eram Caros.
E Esses Humanos Nunca Ouviram Falar de Bhima,
Jamais Souberam o Quanto Foram Amados no Passado
e Eram Ainda Amados no Presente
(o Quanto o Pensativo Solitário Intergalático se Ocupava Com Suas Vidinhas Tão Pobrezinhas!).

Naquelle dia, o Bhima Chorou Muuuito!,
Mas Era Um Choro de Pura Alegria!
Aprendera a Amar o Povão Brasileiro Sofredor,
o qual, Naquelle Momento Histórico,
Momento Incrivelmente Histórico!,
Aclamava o Novo Governante Popular,
O Abençoado e Ungido,
O Sincero Governante Por Tanto Tempo Esperado Pelos Pobres Brasileiros do Passado
e Por Alguns Medianos Também!,
Então, os Verdadeiramente Brasileiros Estavam Todos Ali,
Com Lenços Vermelhos e Bandeiras Coloridas,
Depositando no Ombro Esquerdo do Longamente Esperado
o Luminoso e Pesado Saco do Papai Noel
Replecto de Verdes Esperanças Em Um Futuro Radioso,
Esperanças Aquellas Somadas a Brancos Estímulos de Paz
e Vermelhas Motivações de Vida Saudável.

Sim!, para Aquelle Povão Brasileiro Sofredor e,
ao mesmo tempo, Alegre e Barulhento,
Sábios no Saudável Equilíbrio Entre Tristeza e Alegria,
O Vermelho, Em Absoluto!, Para o Povão Brasileiro Especialmente,
Não Seria Nunca Sinônimo de Guerra e Sangue,
De Jeeeito Nenhum!
Para Aquelle Povão Brasileiro,
Secularmente Subjugado
e Desmerecido Por Outros Povos
Aparentemente Superiores,
e, inclusive, subjugado pelos ricos elitistas do País,
Naquelle Momento Sublime de 01 de Janeiro de 2003,
O Vermelho Significava
O Precioso e Valeroso Sangue
Que Pulsava Em Suas Veias
Maltratadas em Anteriores Governanças,
Um Valeroso Sangue Brasileiro
Que Deveria Ser Naturalmente Saudável,
Por Meio de Uma Saudável Alimentação,
Uma Saudável Forma de Existir no Mundo,
e que, Infelizmente,
Até Aquelle Momento de Grande Alegria,
01 de Janeiro de 2003,
Lhe Fora Negado Por Outros Anteriores
Acomodados e Desleixados Governantes do Brasil.

Em verdade,
Naquelle País Terceiromundista,
Até Áquelle Momento de 01 de Janeiro de 2003, Evidentemente!,
Só uns Pouquíssimos Privilegiados
possuíam suas despensas fartas,
suas mesas com saborosas iguarias,
boas roupas
e calçados de primeiríssima qualidade,
além de possuírem (os poucos muito ricos) muuuuuuito inglorioso dinheiro nos inúmeros bolsos e Bancos.

A Educação,
Até Àquella Inesquecível Data de 01 de Janeiro de 2003,
Infelizmente, Era Precária,
tanto para os muito ricos
quanto para os muito pobres,
aliás, somente os poucos ricos e alguns poucos da classe média brasileira alcançavam receber a tal Educação.
Quanto aos Oitenta Milhões de Miseráveis,
Oitenta Milhões de Brasileiros Passando Inconcebível Fome até o Final do Século XX,
Até Àquella Data Memorável de 01 de Janeiro de 2003,
(Pesquisem! Por Favor!)
esses, Brasileiros Coitados!,
Até Àquella Ocasião da Grande Festa Popular,
não possuíam o direito de receber
nem mesmo a tal precária educação!

E o Bhima Intergalático
Emocionou-se Muuuito Com a Grande Festa dos Brasileiros!
Emocionou-se Mais Ainda
Quando Viu o Longamente Esperado
(Há Treze Annos o Povo o Esperava)
levar a Mão Esquerda Até ao Ombro Direito,
Numa Clara Expressão de Dor.
Somente ele (o Bhima Intergalático) Pode Ver,
Com Seus Grandes e Amendoados
e Luminosos Olhos de Extra-Terrestre,
O Volumoso e Pesado Fardo Que,
A Partir Daquelle Momento Sublime,
Amoldara-se Pesadamente Ao Ombro Direito
do Novo Governante Popular,
Aquelle Que Fora Há Vários Séculos Atrás
Anunciado Pelo Mago Nostradamus,
Obrigando-o a Externar
a Dor Física Que Estava Sentindo
(Busquem na Internet o Grandioso Momento
da Festa Brasileira de 01 de Janeiro de 2003).

O Bhima Emocionadíssimo,
À Moda dos Terráquios Sensíveis,
Chorou Lágrimas Ardentes,
Muito Mais e Dolorosamente!,
Porque Tinha Plena Consciência de Que
Levaria Ainda Algumas Luas-Luz,
com certeza!,
Antes Que o Realmente Aclamado
Pudesse Realizar as Esperanças
de Seu Povão Brasileiro Amigo e Cordial.

O Bhima Chorou Lágrimas Conscientemente Sentidas
Porque Não Lhe Era Dado,
Pelo Supremo Supremo Senhor de Altíssimo Valor,
O Direito de Revelar ao Povão Brasileiro,
Que Ele Tanto Amava!,
Se Aquelle Popular Novo Chefe da Nação,
Predicto Per o Nostradamus do Século XVI
em suas Centúrias no Início do Cinquecento,
Iria Sair-se Vitorioso Em Sua Futura Incansável Empreitada
De Combate Contra a Fome Extrema
Que, Há Muuuuuuiiito!!!, Grassava no Gigantesco País-Brasil.