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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: VIAJANDO E CONVERSANDO COM A RITA DA CIDADE DE PLANTATION - 12.2


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: VIAJANDO E CONVERSANDO COM A RITA DA CIDADE DE PLANTATION - 12.2

NEUZA MACHADO

rio.revistadoonibus.com.br


Quando o Ônibus Mileum da linha
Rio de Janeiro/Espera Feliz chegou,
às 10 horas e quarenta minutos
de uma manhã radiosa e ensolarada
de dedos de rosa,
o Bhima Extra-Terrestre apresentou
a sua passagem ao Motorista Ariston
(lembre-se de que ele estava viajando
disfarçado de humano),
e se foi sentar na última poltrona,
bem lá atrás!,
porque, de lá,
ele podia ouvir e apreciar melhor
as ocorrências internas do ônibus,
durante a viagem de seis horas e meia,
mais ou menos,
até à Cidade do Divino Espírito Santo
das Minas Gerais.

Então, o ônibus deu a partida
às 10 horas e 50 minutos.

Então, do seu banco, o Bhima viu
a discípula da Sábia Väjira Diamante,
a Diana Quiromântica Valente
Descendente de Inigualáveis Caçadores
das Florestas Mineiras Resistentes,
acomodando-se na poltrona número 15,
fato que muito o surpreendeu.
Por mais que possuísse poderes maiores
(todos ofertados naturalmente pelo
Supremo Senhor de Altíssimo Valor),
o Guardião da Terra,
o Vigilante Intergalático,
o Valeroso Bhima,
não podia acreditar
em tamanho coincidência.

Ora! Ora!, então, a discípula da Sábia
tivera a mesma idéia dele,
de viajar de Ônibus Mileum
até às Minas Gerais?

Entretanto, logo ele deixou
as interrogações de lado
e passou a prestar atenção à viagem,
principalmente aos movimentos
da tal discípula da MultiPersona
do Maravilhoso Manto Azulado.

E eis que a Dianna Valente,
logo que entrou no Ônibus,
deixou a sua sacola de roupas
na poltrona número 15,
e foi direto para o toalete,
para se aliviar de uma
das prementes necessidades,
apenas conhecidas pelos Terráqueos.

Quando a Dita voltou para o seu lugar,
encontrou uma Senhora
já ocupando a poltrona de número 16,
geminada à dela (número 15).

O Bhima percebeu a instintiva
movimentação da Veneranda,
já se preparando para se mudar de lugar,
pois quomodo era de sua natureza,
já estava acostumada a viajar sozinha,
imersa em seus Sonhos Fantasiosos.

A discípula da Sábia
já estava prestes a se levantar,
para se trasladar para outro assento,
quando (não se pode imaginar o motivo!),
ambas, ela e a Senhora da poltrona 16,
começaram a conversar.

Ele bem que reparou,
lá de sua Poltrona do Fundo do Ônibus,
que a Senhora da poltrona 16
não estava se sentindo muito bem.
Com a sua extraordinária
sensibilidade de Extra-Terrestre,
adivinhou que a Senhora
costumava se sentir mal,
ao viajar de Ônibus InterEstadual.
Na verdade, ouvira a Própria dizer
que os movimentos do Ônibus,
nas curvas da Estrada Mal-Cuidada
(trajeto Rio de Janeiro-Bahia-2003),
faziam-lhe embrulhos no estômago.

De qualquer maneira,
talvez porque logo
entabularam conversa,
o fato foi que a Senhora entreteceu-se
num agradável colóquio com a discípula
e esqueceu, por uns instantinhos,
o seu mal-estar-sem-lugar.

Assim, durante uma hora,
mais ou menos,
as duas ficaram conversando,
e o mais importante disso tudo
(o Bhima alcançou entender)
era que as duas tinham laços de parentesco,
provenientes de Antigos Desbravadores
das Terras Of Hinterland de Minas Gerais.

O Bhima extasiou-se, lá de sua poltrona!
Só mesmo o Senhor Supremo
para preparar coincidências
tão extraordinárias!
Não é que as duas eram parentes!
O mais interessante
desse Acontecimento
era que a Rita
(a Senhora se chamava Rita)
havia chegado de avião
dos Estados Unidos,
mais precisamente
de uma Cidade chamada Plantation
(de pés de laranjas graúdas e douradas),
na Flórida Florida
da América do Norte Encantada,
naquella mesma manhã ensolarada,
e, ainda cansada
da viagem internacional agitada,
já estava viajando
para a Minas Gerais tão amada.

De qualquer maneira,
o Solitariozinho entreteceu-se
com a conversa das duas
e, depois, ficou muito satisfeito
com a atitude da Discípula da Sábia,
saindo de perto
da Senhora Brasileira-Americana,
para que ela pudesse descansar.

Ele viu quando a Veneranda
se foi sentar em outra poltrona,
porque havia percebido a necessidade
da outra passageira do Ônibus Mileum
de descansar, um pouquinho!,
naquella longa longa loooooonga viagem
pelas Terras de Pura Maravilha
das Minas Gerais.

Assim, depois
de se descobrirem parentes,
e depois de conversarem,
por uma hora mais ou menos,
as duas se separaram
para o ansiado repouso
durante o trajeto.

E logo logo logo a discípula da Sábia
começou a ressonar,
aproveitando a já dita
longa longa longa viagem
para tirar um merecido cochilinho.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO - 12.1


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO - 12.1

NEUZA MACHADO

E eis que, naquelle dia,
o Bhima resolveu disfarçar-se
de Passageiro-Alvissareiro
de ônibus interestadual,
só para observar melhor
os Acontecimentos
que regiam os humanos viajores,
naquelle Finalzinho de Junho
do Anno 2003.

Assim, voou em sua Maravilhosa
Vimana Voadora
até ao Rio de Janeiro,
a Megalópole mais bella
de seu País Maravilhoso,
estacionou-a nos arredores
da Floresta Encantada
dos Tijucanos Espectantes de Bom Coração,
e, ali, ficou por uns dias,
na expectativa de retornar de ônibus
para as Minas de Ouro Preto
e de Ouro Amarelo ou Branco
e muito mais Imensas Pedras Preciosas Gerais.

Assim pensando, assim ele fez.

Passou alguns dias retumbantes
a observar os Tijucanos Espectantes
do Rio de Janeiro,
e, naquelle dia memorável,
às 10 horas e 30 minutos,
já se encontrava sentado,
na Plataforma 30
da Rodoviária do Rio de Janeiro,
apreciando a movimentação
de ir e vir dos Passageiros-Alvissareiros,
com pesadas malas e replectas sacolas,
todos ansiosos por iniciarem
suas viagens
para os Vários Territórios
do Brasil Varonil.

Enquanto o Ônibus Mileum não chegava,
o Bhima começou a olhar à sua volta,
apreciando as Fisionomias Humanas
que se desenhavam diante dele.

Sentado em um rústico banco
da Rodoviária do Rio de Janeiro,
aquelle da Plataforma 30,
ele se encantou com as
diversas expressões faciais
daquelles Terrestres
que estavam por ali.

Como já lhe disse,
o Bhima estava disfarçado
de Ser Humano,
e, assim, não chamou muito
a atenção das pessoas,
a não ser pelo motivo de estar
com um caderninho em sua mão esquerda,
à moda dos Intelectuais Citadinos do Brasil,
enquanto que com a direita,
manuseando uma caneta brilhante
de primeiríssima qualidade,
fazia suas anotações.

Ao seu lado, um senhor
de uns cinquenta e poucos annos,
ostentando um vistoso boné azul marinho,
calça caqui e camisa branca
de finas listinhas marrons e verdes,
lia o jornal do dia.

Mais adiante,
dois jovens animados
tocavam pandeiro e cavaquinho.
O ritmo era muito agradável,
e ele se deliciou com a melodia.

Na plataforma em frente,
algumas Senhoras
– mineiras naturalmente –,
esperavam o mesmo ônibus
que o Solitariozinho esperava,
todas conversando amigavelmente.

"Certamente - pensou, num rápido enleio! -,
elas residiam no Rio de Janeiro
e estavam retornando à Terra Natal,
para um prazeroso
maravilhoso
glorioso passeio".

domingo, 29 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: AMIZADES PASSAGEIRAS NA RODOVIÁRIA DIVINENSE - 11.3


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: AMIZADES PASSAGEIRAS NA RODOVIÁRIA DIVINENSE - 11.3

NEUZA MACHADO

Na Rodovária do Divino,
as pessoas de diversas localidades
se aglomeravam.
Ali era o Ponto de Encontro
de todos os conhecidos
e desconhecidos também.

Diante deles, digo,
diante do Bhima Invisível
e também da Veneranda Diana,
as pessoas conversavam curiosas,
observando a Veneranda que escrevia,
enquanto esperavam os diversos ônibus,
para as diversas localidades ao redor
(Santa Margarida, Leopoldina, Fervedouro,
Muriaé, Carangola, Santo Antônio do Arrozal,
Luísburgo, São João do Manhuaçu, Orizânia, etc.),
e demonstravam uma certa agitação,
avaliando a dita veirota que escrevia
sentada no banco da Rodoviária,
algo muito natural por aquellas bandas,
quando alguma coisa,
oposta aos costumes do lugar,
os incomodava.

Realmente, a Veneranda não possuía,
nem um pouquinho!,
o jeito de ser dos Habitantes da Região.
Notava-se, de longe!, que
ela já possuía outros costumes de vida,
por seu espírito animado,
sua forma vívida de se portar em público,
sua espontânea naturalidade,
por ser uma senhora
muito dinâmica e prafrentex,
diferente das mulheres dali,
secularmente submetidas
aos dogmas patriarcais.

Sim!, a Veneranda era diferente,
mas, percebia-se que
estava integrada àquella
Cidade do Interior Mineiro,
pois parecia muito à vontade,
sentada naquelle banco da Rodoviária,
como se fosse parte inerente daquelle lugar.
E, realmente, era!,
o Bhima bem o sabia.

Assim, não foi com surpresa espantosa
que ele viu a Veneranda conversando
com uma jovem senhora da região,
sentada ao seu lado,
tendo ao colo um bonito bebê,
enquanto a filhinha de oito annos
(da jovem, bem entendido),
se entretinha com o seu caderno e lápis de cor,
desenhando ininteligíveis figuras,
as quais nem mesmo a Veneranda
tinha o poder de decifrar.

Então, a Veneranda comprou
um picolé de vinte e cinco centavos
para a menininha.

Então, as três continuaram
conversando animadamente,
já que a Velhíssima abandonara
temporariamente
o seu caderno de anotações
e a sua mágica caneta esferográfica
comprada no Deslumbrante
Bazar das Minas Gerais.

Então, o ônibus da jovem senhora
com seu filhinho e filhinha chegou.

Então, a jovem senhora se despediu

da Veneranda Discípula
da Sábia do Sábio
e viajou para longe,
e nunca mais as duas iriam
se reencontrar no Futuro Distante Sem-Muro.

Então, a Veneranda retomou a sua mágica escrita,
e as pessoas do lugar
continuaram a observá-la de longe.

E, quanto ao Bhima,
ele esperou o ônibus do Rio de Janeiro chegar,
apreciou a Veneranda
Discípula da Sábia se acomodar,
deu-lhe um discreto adeusinho,
o qual ela nem percebeu, coitadinha!,
viu o ônibus se movimentar
em direção à BR-116
do Esburacado Trajecto Rodoviário de 2003,
não muito exemplar,
pediu ao Senhor Supremo
que levasse a amiga sã e salva
até ao Rio de Janeiro das Batalhas Diárias,
e, por último, retornou à sua cômoda
e aconchegante caminha limpinha e flutuante,
bem quentinha,
no Interior de Sua Maravilhosa Vimana
Voadora e Esplendorosa Muito Bonitinha.

O Bhima Interplanetário foi descansar,
porque fazia um frrrrrriiiiiio tremendo!,
de tiriiiiiitar sem parar,
sem sair do lugar.

No dia seguinte, já descansado,
ele iria se preparar para viver,
à moda dos Terráqueos Sem-Rumo,
Novas Aventuras de Arrepiar
na Terra dos Homens Massificados
do Início do Terceiro Milênio Praláde Agitado.

sábado, 28 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O BANCO DE PEDRA DA RODOVIÁRIA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO - 11.2


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O BANCO DE PEDRA DA RODOVIÁRIA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO - 11.2

NEUZA MACHADO

Naquelle dia, o Bhima reparou bem!,
a discípula da Sábia Väjira Diamante
dos Curtos Cabelos Enrolados Revoltos
Abundantes Vermelhos e Brilhantes
estava ali também,
na Pracinha da Cidade do Interior Mineiro,
a Cidade do Divino Espírito Santo,
esperando o ônibus Mileum
que a levaria de volta ao Rio de Janeiro.

A Veneranda estava sentada
no banco da Rodoviária local,
também apreciando a tal movimentação
do lugar, talequal
o Extra-Terrestre Bonzinho;
mas, diferente dele,
a Venerável escrevia sem parar.

Dado ao seu natural curioso,
o Bhima pensou:
“O que esta dona tanto escreve?
Será que ela é meio parente distante
do Sábio Vyasa da Índia Brilhante?,
aquelle Homem que conheci, há milênios,
e que gostava tanto de escrever?”

Só não sabia que,
talequal ele o próprio,
as pessoas do lugar
também observavam a veneranda,
e, dentro de si, faziam as mesmas perguntas:
“O que será que esta dona tanto escreve?”

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: EXPOSIÇÃO AGRO-PECUÁRIA EM DIVINO - 11.1


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: EXPOSIÇÃO AGRO-PECUÁRIA EM DIVINO - 11.1

NEUZA MACHADO

Divino - Minas Gerais - Estação Rodoviária e Igreja do Divino Espírito Santo - Foto: sgtrangel [Panorâmio]


Naquelle dia, o Bhima estacionou
a sua Vimana Maravilhosa Voadora
na Antiga Pracinha da Cidade
do Divino Espírito Santo
de Minas Gerais,
e, ali, ficou horas e horas entretido,
apreciando incognitamente
a movimentação do lugar.

Diante dele estava parada
uma Charrete Dourada,
com um Magnífico
Cavalo Branco-Azulado,
inquieto,
esperando o dono,
que fora até ao Bar
para tranquilamente tomar
uma cachacinha mineira branquinha.

O cavalo, bellíssimo, por sinal!,
estava de pé, coitado!,
digo, estava sobre as quatro patas, coitado!,
também, assim quomodo estava a charrete,
esperando a volta do dono.

Enquanto não,
o pobre espantava
as moscas incômodas
com o seu grande e volumoso rabo.

O cansaço do pobrezinho era visível,
porque, de vez em quando,
ele levantava a pata direita de trás,
incomodado com a longa espera.
Quando se cansava
de se ficar equilibrando
apenas com as três patas,
o coitadinho suspendia,
por uns centímetros e minutinhos,
a pata esquerda de trás.

Enquanto observava
os movimentos do animal,
o Solitariozinho Bhima olhava
as várias pessoas divinenses
que estavam ao redor da pracinha,
enquanto outras passeavam
nos Caminhos Dourados
por entre os canteiros de flores.

Alguns habitantes do local
conversavam animadamente.
Tinha um, então, que alugava os ouvidos
do senhor sentado no banco
da Rodoviária Olavo de Souza Moreira,
e que falava sem parar.
O assunto girava sobre
os diversos acontecimentos da região,
e o dito homem comentava sobre sua vida
e sobre os acontecimentos
vizinhos de sua localidade natal,
além de tecer comentários
sobre a Grandíssima
e Grandiosíssima Exposição,
a qual seria realizada dali a um mês,
na Primeira Semana de Julho.
A Exposição Agro-Pecuária
era o motivo de orgulho sincero
do Povo Divinense Mineiro.

No dia esperado,
o qual já estava bem próximo,
os melhores e vigorosos
animais domésticos
seriam apresentados ao público;
a população divinense já estava a espera
dos rodeios e touradas de entretenimento,
uma vez que o Povo, muito religioso!,
não admitia touradas
que maltratassem os animais.

Além dos rodeios e touradas,
e muita música sertaneja,
os mais estupendos legumes,
cultivados por mãos amorosas,
seriam apresentados ao público.
Cantores viriam de São Paulo,
para a Animação da Grande Festa,
uma espécie de alegre comemoração
oriunda das Grandes Festas Dionisíacas,
quando o Povo da Antiga Grécia
confraternizava-se para a celebração
de mais um Anno de Muita Fartura,
com aquelles antigos celeiros
replectos de saudáveis alimentos.

Parques de Diversão seriam armados,
para o entretenimento de adultos e crianças,
e barracas e barracas de comidas gostosas,
as comidas cheirosas e saborosas
da Famosa Culinária das Minas Gerais,
se espalhariam ao redor
do Grande Campo
destinado às Exposições Anuais.

A Incomparável Exposição Agropecuária
daquella Incomparável Cidade Mineira
era, realmente, um grande acontecimento,
e o Bhima, com toda a certeza,
estaria presente no dia da Festa.

Enquanto não,
continuava a apreciar
o movimento da Praça Central,
aquella Praça Majestosa!,
orgulhosa de suas Estupendas Árvores
Frondosas Esplendorosas.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O BHIMA A OLHAR A INCRÍVEL MÃO CABELUDA - 10.3


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O BHIMA A OLHAR A INCRÍVEL MÃO CABELUDA - 10.3

NEUZA MACHADO

Enquanto Olhava Fixamente
Aquella Incrível Mão Cabeluda,
Com Seus Grandes e Amendoados
e Brilhantes Olhos
de Extra-Terrestre Bonzinho,
o Solitariozinho pode avaliar
a Grandeza Sem-Igual do Supremo Senhor.

De vez em quando, Naquelles Milhares
e Milhares e Milhares de Annos-Luz,
a Incrível divindade se preocupara
em protecger Alguns Grupos Humanos.

Aquella Mão e o Anel de Jade
simbolizavam o seu Supremo Amor
para com os Menos Favorecidos Socialmente,
portanto, representavam
a Suprema Aliança
de Suprema Protecção
do Supremo Senhor
para com os Deserdados da Terra.

Por esta razão, os Serranos,
mesmo sem compreender bem
os desígnios do Altíssimo,
mesmo sem compreender bem
o Valor Daquella Mão encontrada
na Gruta de Verdes Ramagens
Brilhantes, Encantada,
jamais!, repito, jamais!!!,
ousaram se desvencilhar dela.

Ali, ficara aparentemente esquecida;
ali, ficaria até o Fim dos Tempos Terrenos,
mas, enquanto não!,
seria sempre relembrada
nas Noites de Lua Cheia,
digo, nas Noites de Sábado,
quando os Mais Velhos,
replectos de Respeitoso Temor,
narrariam, para os Mais Jovens,
a Existência da Mão Cabeluda,
achada intacta e misteriosa
naquella Estranha Gruta de Minas Gerais
que Exalava um Ar de Pura Maravilha,
quando os Mais Velhos
falariam aos Mais Jovens
sobre uma Imensa Mão Cabeluda,
Insolitíssima,
na qual se Constatava a Existência
de um Precioso Anel de Ouro e Jade.

Entretanto, o Bhima bem o sabia!,
eles só não explicariam aos Mais Jovens
o porquê de não terem eles avistado
a Tal Mão Cabeluda.
Mas, que ela existia, existia!

Depois da visita,
o Solitariozinho Intergalático
se recolheu à sua Vimana,
esquentou seus pezinhos
com grossas meias de algodão
compradas na Cidade
do Divino Espírito Santo de Minas Gerais,
em virtude do friiiiiio
que ali fazia naquelle mês de junho de 2003,
e aconchegou-se em sua Sonhadora
Caminha Flutuante Azulada,
cobrindo-se com Volumosos
Cobertores de Lã de Carneiro,
para, enfim, desfrutar
de mais um dia na Terra dos Homens.

No dia seguinte, o Bhima bem o sabia!,
Novas Aventuras estariam à sua espera,
quando, dentro de sua Poderosa
Vimana Voadora,
quebraria mais uma Esquina Aérea
das Narrativas Prosopopaicas do Século XXI,
entre as Inúmeras Nuvens
Escurecidas e Perigosas,
as quais, naquelles Dias de Guerra,
em Outra Parte do Mundo Sem-Rumo,
estavam a rodear, sinistras,
Aquelle Terceiro Anno do Terceiro Milênio.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A MÍSTICA PROCEDÊNCIA DA MÃO CABELUDA - 10.2


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A MÍSTICA PROCEDÊNCIA DA MÃO CABELUDA - 10.2

NEUZA MACHADO

O Bhima sabia, muito bem!,
a Procedência Daquella Mão Cabeluda
e a Força Poderosa que emanava
do Preciosíssimo Anel de Jade.
Mas, ele não poderia, jamais!, avisar
aos Habitantes do Lugar
que a enorme Mão Cabeluda estava ali
para os proteger,
e que, em tempo algum!, lhes faria mal.

Não!, ele não poderia nunca
avisar-lhes de viva voz,
mas, quem sabe?, poderia soprar-lhes
alguma mensagem através do vento?
Afinal de contas, em seu passado remoto,
na Antiga Índia, ele, Bhima, se materializara
quomodo um semi-humano,
filho do deus do vento e da rainha Kunti
(esposa do rei Pandu).

Mas, isto já fora há tanto tempo!,
o Bhima já quase não se lembrava daquella época.
Para se lembrar, ele acionava o botão
de sua Fabulosa Tela do Passado,
aquelle Presente Inigualável
recebido do Supremo Senhor
milênios-luz atrás.

Às vezes, entretinha-se em rever,
no Grande Telão de sua Vimana,
as cenas daquella sua vida de semi-humano,
tão bem registradas posteriormente em versos épicos
pelo Mago Vyasa.

Sim!, ele poderia enviar,
aos Habitantes do Lugar,
uma Mensagem Alada,
por Intermédio do Vento.
Mas, se assim o fizesse,
poderia ser castigado pelo Supremo Senhor,
já que este avisara-lhe, terminantemente, que,
jamais!, em tempo algum!,
ele poderia se imiscuir na Dinâmica
de Vida dos Seres Humanos.

De qualquer maneira, naquelle momento,
já se encontrava diante da Mão Cabeluda,
trilenária, mas que se conservava intacta,
como se tivesse sido decepada recentemente.
Só que aquella mão, Bhima bem o sabia!,
não fora decepada, mas sim modelada
pela Suprema divindade
e colocada ali, naquella Gruta Mágica
de Minas Gerais Muito Amada,
e representava a própria Mão do Senhor
de Indizível Valor,
numa clara demonstração de que,
aquelle Mineiro Povo Serrano, sempre!,
milhões de vezes sempre!,
receberia a Suprema Proteção
de sua Suprema Amizade.
Aquelle Povo Cordial alcançara o favor
do Supremo Senhor,
e todos os Humanos que comungavam
com a mesma forma de falar
e se comunicar,
também, receberiam as bênçãos
da Suprema Supremacia.

Quanto ao Anel de Ouro e Jade,
Bhima bem o sabia!,
representava a União
entre o Supremo da Paz Desejada
e os Habitantes Daquella Terra Abençoada.
O ouro representava a Protecção,
e o jade representava a Realização.
A pedra preciosa em forma de machado afiado
representava a Perene Actividade Galática
em favor dos Serranos Mineiros,
mas representava também um Instrumento
de Punição Com Acção
para com os Ocultos Ferozes
Inimigos dos Mesmos.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O EPISÓDIO DA MÃO CABELUDA DA GRUTA ENCANTADA - 10.1


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O EPISÓDIO DA MÃO CABELUDA DA GRUTA ENCANTADA - 10.1

NEUZA MACHADO

De acordo com as Fantásticas Narrativas
da Sábia Väjira Diamante,
conhecedora d’As Aventuras Terrestres de Bhima,
passo a relatar-lhe o Episódio da Mão Cabeluda,
uma história muito conhecida dos Serranos Mineiros
da Gruta da Liberdade Encantada,
Localizada em um Lugar Paradisíaco
do Divino do Carangola
de Minas Gerais Muito Amada.

Mais ou menos assim,
contou-me a Sábia Väjira Diamante
de Cabelo Abundante Faiscante:

“Naquelle dia, o Bhima resolveu visitar
a Gruta Esplendorosa
da Mão Cabeluda Super’Anosa.

Os Habitantes daquelle Alto de Serra Mineiro
costumavam contar
(nos Loooooongos Serões das Noites de Sábado,
Iluminados pelos Fachos de Fogo
das Lamparinas de Querosene)
que, Naquella Gruta Maravilhosa,
localizada ali bem perto,
encontraram um dia
uma Grande Mão Cabeluda,
ainda intacta,
trazendo no Dedo Pai-de-Todos
um Preciosíssimo Anel de Ouro,
e, incrustado nele,
uma Belíssima Pedra de Jade
em Forma de Lâmina de Machado.

Os Habitantes do Alto Serrano
eram todos Trabalhadores,
Lavradores da Terra do Delicioso Café,
e não entendiam
o Mistério da Grande Mão Cabeluda:
“Como ela fora parar ali?,
se Naquelles Últimos Annos,
Ninguém das redondezas soubera
de alguma Morte Misteriosa
envolvendo Alguém do lugar?,
ou mesmo de alguma briga,
na qual Alguém Valentão
tivesse perdido a Direita Mão?
Como Aquella Mão
se conservara intacta
por tanto Tempo,
sem ter sofrido a acção
destruidora do mesmo
e a voracidade dos vermes?”,
assim se perguntavam
os Habitantes do Lugar.

A Mão Cabeluda era um Mistério
para aqueles Serranos Mineiros,
os quais moravam
nas proximidades da Gruta.
Por isto, o Bhima,
que muito os amava,
e ouvia sempre seus Espantos
ante as Forças Desconhecidas,
digo, ouvia sempre
seus Questionamentos
sem as corretas respostas
culturalmente abalizadas,
resolveu visitar
a Gruta da Mão Cabeluda,
ou melhor dizendo,
visitar a Mão Cabeluda que, ainda,
jazia inerte
no Interior da Gruta Misteriosa.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A CURIOSA ESTÓRIA DA MONTANHA OCA - 9.3


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A CURIOSA ESTÓRIA DA MONTANHA OCA - 9.3

NEUZA MACHADO

Mas, voltando à história
da Montanha Mágica
da Serra dos Carolas em Minas Gerais,
um Local bem pertinho
do Esplendoroso Monte
do Divino Espírito Santo Altaneiro,
próximo da Protectora Santa Luzia
dos Carangolenses Argueiros,
naquelle dia, o Bhima colocou
um silenciador de motor de carro barulhento
em sua Vimana Brilhante Maravilhosa,
e voou ansioso até ao Terreiro de Terra Batida
da Incomparável Jane Briseides
Muito Fermosa Mamãe,
e ficou, ali, disfarçado de Aragem Vespertina,
naquella Hora Milagrosa em que as duas
(mãe e filha)
se juntavam para contar recontar
e ouvir Estórias de Espantos
e Santos e Seres do Além,
e se entreteceu apreciando
os relatos de Mamãe
sobre o Mistério que cercava
a Montanha Oca dos Transcendentes
Espíritos Milenares do Bem.

Foi aí, então, que o Bhima
ficou conhecendo a história da Montanha
do Sino Bim-Bim-Bá-Lá-Lão
(florezinha na cinta e ginete na mão),
totalmente oca por dentro,
na qual vivia o espírito de um antigo sacristão,
o qual costumava,
nas horas religiosas do dia,
horas de Ave-Maria,
o grande sino, da pequenininha Igrejinha
da localidade, tocar.

Aí, então – continuava contando
a Jane Briseides de Irradiante Atracção
à sua filhinha Diana Valente –,
um certo dia, o sacristão
apareceu mortinho da silva,
assassinado com uma certeira
facada no coração tão bão,
bem encostadinho na parede de pedra
da tal Montanha do Bom Sacristão,
a qual naquella época não era ainda oca,
e que, depois da tragédia, se tornara oca,
e que, naquellas horas sagradas do dia,
horas de Ave-Maria,
podia-se ouvir as badaladas do sino,
quando as crianças inocentes,
naquellas tais horas,
jogavam pedrinhas miúdas
na Montanha Vibrante.

Aí então, por consideração
de Deus Nosso Senhor
de Imortal Coração,
o qual amava fervorosamente
aquelle Sacristão Tão Bão!,
tão cumpridor de seu dever de cristão,
aí então o bom Deus,
não se conformando
com o trágico assassinato
de seu fiel servidor,
transformou a sólida montanha
na Montanha Oca
do Sino Plangente Dim Dão,
só para que os Habitantes da Região
jamais se esquecessem
do Sacristão em questão.

Aí então, a Dianazinha
perguntou à Mamãe do ReCanto Sagrado,
porque o Sacristão foi matado,
se ele era assim tão bão
e por Deus estimado?

A Mamãe, que era uma Incrível
Contadora de Estórias,
sacudiu o seu Embornal
de Insólitas Informações
não muito racionais,
e retirou de lá uma estória bonitinha,
para contar à sua curiosa filhinha.

Então, a Jane Mamãe
explicou tudinho certinho:
O sacristão morreu porque
era muito amado por Deus!
Só ele sabia o segredo
da Montanha de Brilhante
e Verdadeiro
e Eloquente Ouropel,
e, através dela, ele se comunicava
com os Habitantes do Céu.

Aconteceu, Diana!, que lá, no local,
existia um Tal
que era partidário do Mal.
O adepto do Canhoto queria também
conhecer o Segredo Celestial.
Só o Sacristão sabia que,
no Interior Daquella Montanha,
os Anjos-Emissários de Deus
ali pernoitavam,
e, com eles,
o sacristão conversava animado.

O sacristão muito apanhou,
mas não delatou!
Aí, então,
com uma facada certeira em seu coração,
o malvado, sem um pinguinho
sequer de compaixão,
o matou.

Mas, o criminoso recebeu
o castigo do nosso Deus Amado e Adorado!
Ali mesmo, no mesmo local
da crueldade com o Muito Prezado
(aquelle de Deus estimado),
com uma morte horrorosa
ele também pereceu.

O Homem Malvado
morreu engasgado.
Com o ossinho do pescoço da galinha
em sua garganta alojado,
o Malvado correu até ao local
do Crime Assinalado.
O Homem do Mal,
percebendo a hora de sua morte factal,
quis pedir perdão à alma do Sacristão.
Mas, não pode, coitado!,
porque o Danado,
que estava ao seu lado,
não deixou, de jeeeeeeito nenhum!

Enquanto corria,
ele ouvia o Danado
que, por intermédio
de um Estranho Ventinho Alado,
com uma voz sussurrante,
dizia vibrante:
“Já que ocê tá arrependido
do crime a meu mando praticado,
e quer pedir perdão
à alma do Sacristão
por Deus muito estimado,
não vou tirar o ossinho
em sua goela fincado.
E, como ocê não terá voz para implorar,
nem o Deus dos Cristãos irá lhe ajudar”.

“No dia da morte do Homem Malvado”,
assim contou a Jane Mamãe
do contar ritmado,
“os Habitantes da Região,
inclusive o meu avô José Damásio de Amorim
e minha avó Maria Ricarda
da Ilha de São Miguel,
habitantes sitiantes
da Serra dos Carolas,
foram até ao local
e viram o cadáver do Homem Malvado
desaparecer numa Fogueira Sinistra,
dentro de um Estranho Buraco Sem Fundo,
cheio de fumaça sufocante,
um Buraco que apareceu por ali, inesperadamente,
naquelle angustiante instante,
tragando o cadáver do Homem Malvado,
levando-o para as Profundezas Incomunicáveis
do Hades Renegado.

E um Som Desafinado
de Harpa, Sinistra, Intrigante,
foi ouvido por todos que ali
se encontravam naquelle instante.

Assim, no Meio de um Rastro
de Fogo Alucinante,
dentro de um Buraco Sem Fundo,
acompanhado de uma Música Fúnebre
de Harpa Dissonante,
o Cadáver do Malvado
desapareceu para sempre,
e nunca mais foi encontrado!

Até hoje, Diana!, minha menina!,
os Habitantes do Lugar,
naquellas Horas Sagradas,
já assinaladas,
quando as Crianças Inocentes vão, até lá,
para Jogar Pedrinhas na Montanha Ocada
do Som Bim-Bim-Bá-Lá-Lão,
eles escutam o Tilintar
do Sino Sagrado do Sacristão,
e, ao mesmo tempo, escutam, também,
o Profundo Lamento de Remorso
do Criminoso,
um Triste Pedido de Perdão,
através da Melodia de Harpa Vibrante
do Vento Intrigante.

Por isto, a Montanha, até hoje,
é conhecida pelo nome de Montanha do Eco,
enquanto os Habitantes da Região a denominam
de Montanha Oca
ou Montanha do Sino
ou Montanha Vibrante
ou Montanha do Som Angustiante.

Depois de acompanhar,
Invisível Naturalmente,
a Incrível História
de Jane Briseides Mamãe,
o Bhima se afastou dali, de fininho,
silencioso,
e foi para o seu Recanto de Luz.

Como já estava um pouco cansado,
e já era noite na Terra dos Homens,
se recolheu em seu aposento de dormir,
dentro de sua Vimana Casa Voadora
Replecta de Esplendor,
e se preparou para desfrutar
de mais uma noite de sono reparador.

No dia seguinte, ele bem o sabia!,
iria conferir, na Magnífica Tela Mágica
dos Grandes Acontecimentos,
aquella estória da Jane Briseides
dos Literários Inventos.

De qualquer maneira,
o Bhima refletiu antecipadamente!,
aquella Estória da Jane,
por ela fora inventada,
uma vez que a imaginação da dita Mamãe
se originava do Reino do Nada.

Enquanto não, o Bhima
caiu em profundo sono reconfortante.
Enquanto aquilo,
lá na Tal Galáxia Especialíssima,
em seu Planeta de Origem,
do qual se distanciara há milênios,
submetido à sua Função de Guardião
da Milícia Intergalática
de seu Supremo Senhor,
a Mãezinha do Bhima, tristinha!,
rezava por ele ao Deus do Louvor.

domingo, 22 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: DISFARÇANDO-SE DE ARAGEM VESPERTINA PARA OUVIR A CURIOSA ESTÓRIA DE JANE MAMÃE - 9.2


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: DISFARÇANDO-SE DE ARAGEM VESPERTINA PARA OUVIR A CURIOSA ESTÓRIA DE JANE MAMÃE - 9.2

NEUZA MACHADO

Pois Acredite Neste Meu ReConto,
porquanto, naquelle dia, o Bhima voou
em sua Maravilhosa Vimana
de Estimado Querubim
até às Redondezas da Residência
de Antônio de Sousa Aquileu,
Filho do Venerável Ancião
José de Souza Peleu,
um Conceituado Fazendeiro
do Antigo Arraial do Choro Mineiro,
hoje o Lugar é mais conhecido pelo nome
de Santo Antônio do Arrozal,
pertinho de Divino do Carangola,
uma Cidade Fenomenal
de Minas Gerais Sem-Igual!;
pois então, Naquelle Momento Sublime
do Século XX Passado,
o Bhima voou até às Redondezas da Casa
do Antônio de Sousa Aquileu,
por Apelido Glorioso
Antoinzim Tocador de Trombone,
de Violão, de Cavaquim e Bandolim,
só para ouvir as Curiosas Estórias
de Jane Martins de Ogiges Briseides
Damásio D’Amorim.

Há muito!, ele se interessara
pelas Ocorrências Vitais Daquella Família,
principalmente, constantemente,
entretinha-se em se disfarçar
de Aragem Vespertina,
só para ouvir as Tais Histórias,
as Quais a Jane Briseides Mamãe,
a Esposa do referido Antônio,
costumava contar à sua Filhinha
Diana Caçadora Valente
Proprietária de Cem Cachorros Malteses
Invisíveis Mordentes,
com aquelles entretantos narrativos
que somente ela sabia expressar.

A menina era muito curiosa
(e o Bhima também!),
e gostava de ouvir as narrativas
das Velhas Lendas Mineiras,
que povoavam o seu universo sócio-familiar,
incríveis narrativas que, tããão bem!!!,
e tããão encantadoramente!,
sua Jane Mamãe sabia recontar.

Também pudera!,
a Jane Mãezinha era filha
do Venerando Ancião Emilianno de Brises
Contador de Estórias da Carochinha,
aquelle da Árvore da Mortalha Velhinha.
Tá lembrado?

Por esta razão, inúmeras vezes,
o Bhima estacionava a sua
Vimana Maravilhosa
nas proximidades,
só para ouvir os interessantes relatos,
lendários e insólitos,
os quais se tornavam mais interessantes,
quando a Jane Mamãe resolvia recontá-los.

Assim, naquelle dia,
antes de sair do seu Recanto Paradisíaco
Super-Tropical,
aquelle lugar de Pura Maravilha, Sem-Igual,
o qual ele havia escolhido
para ali residir por uns tempos,
antes de sair de seu Recanto de Paz,
o Solitariozinho colocou um silenciador
de motor de automóveis do Século XX
em sua Vimana, outrora "muito barulhenta",
de acordo com as sábias palavras do Sábio;
jogou o famoso pó de pirlimpimpim
da Fadinha Madrinha do Inesquecível Peter Pan
(aquele inigualável pó do disfarce
das estórias infantis)
em toda a Parte Externa de sua Vimana
Super-Veloz Voadora
Maravilhoso Veículo Alado
(para retirar dele "o clarão do sol",
uma vez que o seu "brilho" era detectado
a léguas e léguas de distância),
e voou até ao local desejado.

É bom que Você saiba, desde já,
que, em suas Aventuras do Século XX Passado,
este recurso era sempre apreciado
pelo nosso Bhima do Olhar Maravilhado.

Em verdade, o Século XX
se tornou tããão barulhento,
setecentos e setenta e sete vezes
tããão barulhento!,
que o Bhima não desejava transformar-se
em mais um produtor de barulho
na Terra dos Homens.

Também, esta providência era-lhe necessária,
porque ele, no Século XX,
já não podia chamar a atenção dos Humanos,
os quais já não respeitavam
os Seres Extra-Terrestres
e, com certeza!,
iriam querer Roubar do Senhor Supremo
o Segredo de Fabricação de sua Vimana Voadora.
Roubar Inventos Divinos,
desde o Início do Mundo,
sempre foi a prática preferida
dos Humanos Ladinos.

sábado, 21 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A CURIOSA ESTÓRIA DE JANE MAMÃE - 9.1


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A CURIOSA ESTÓRIA DE JANE MAMÃE - 9.1

NEUZA MACHADO

Naquelle dia, o “Bhima voou
com sua Vimana
num raio imenso,
que tinha o clarão do sol
e cujo ruído
era como o trovejar de um temporal
”.

Estas palavras, descrevendo
As Celestiais Aventuras
de Bhima Guerreiro e Seus Irmãos
,
em um certo período milenar
da História do Mundo,
foram gloriosamente escritas
pelo Sábio Vyasa, na Índia Antiga.

Quomodo já lhe informei,
a Sábia Väjira sempre admirou,
e muito!!!,
a encantadora criação literária
do referido Sábio.

Em verdade, três vezes!!! verdadeira,
o Sábio Indiano e a Sábia Mineira
do Manto Dourado,
em um passado não muito remoto,
tornaram-se muito amigos
e entendiam-se por intermédio
daquelles longos serões
de compridas leituras sem-fim.

Então, foi assim que a Sábia Väjira
ficou sabedora da existência
d'O Bhima Resplandecente
Angelical Querubim
,
tornando-se, portanto,
a sua mais fiel admiradora.

Graças a esta amizade
transtemporal e transespiritual,
pude partilhar com a Sábia,
na qualidade de discípula curiosa,
o conhecimento correto
da existência daquelle que fora considerado,
em um certo momento da História Oriental,
"o mais poderoso entre os poderosos".

Orgulho-me de tê-la tido quomodo minha Mestre,
pois foi graças a lendária Väjira
que me interessei em acompanhar de perto
As Aventuras do Extra-Terrestre Bonzinho,
por meio de uma raríssima intuição
quanto à sua extraordinária presença,
voando incognitamente
pelos céus da esfera terrestre,
e pelos céus do Brasil Varonil,
em Pleno Final do Segundo Milênio,
e já apreciando aterrada
os acontecimentos
do Início do Terceiro Milênio.

Assim, recordando-me das encantadoras
narrativas da Sábia Väjira
do Multicolorido Manto de Pano Cetim,
passo a recontar-lhe tim-tim-por-tim-tim
o que aconteceu com o Bhima,
quando ouviu de Jane de Ogiges Briseides
Martins Damásio D’Amorim,
a Jane Mamãe,
a Mamãe da Diana Andarilha das Estórias Sem-Fim,
pela primeira vez,
a História da Montanha Oca
da Serra dos Carolas Divinais
de Minas Gerais
.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A FRONDOSA ÁRVORE DA MORTALHA - 8.3


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A FRONDOSA ÁRVORE DA MORTALHA - 8.3

NEUZA MACHADO

A árvore era tão frondosa que havia lugar,
embaixo dela,
para as crianças recrearem.
Enquanto os mais velhos conversavam,
as crianças brincavam de roda,
de pique-será,
de amarelinha,
de bola-de-gude,
e muitas outras brincadeiras infantis.
E eram muuuuuuiiitas criaaanças!!!

Em seus frondosos galhos,
gerações e gerações
de divindades-passarinhos,
de diversas raças,
fizeram seus ninhos,
chocaram seus ovinhos
e criaram seus filhotes-adivinhos.

A árvore testemunhou,
naquelles setenta e sete annos de convívio
com o Emilianno de Brises,
todos os acontecimentos importantes,
e mesmo os sem importância,
da vida daquella família.
E, naquele momento
(“- Óh!!! Não!!!”),
o Velhíssimo estava a cortar a sua anosa
poderosa árvore de estimação!!!!!

Enquanto aquilo,
no quarto do Casal Pioneiro,
a Velha Justiniaña de Ogiges,
praláde centenária
(era bem mais velha do que o marido!),
costurava Duas Artísticas Mortalhas.

Naquelle Tempo, se usava costurar
as próprias Mortalhas
antes da Morte Certeira, Eternal.
Aí, o Bhima compreendeu tudo!
O velho Emilianno estava a cortar
a sua estimada Árvore Poderosa Altaneira,
para preparar dois caixões,
de indestrutível madeira;
um caixão para ele próprio,
e, o outro, para sua Velha Companheira
de Annos e Annos de Convívio Conjugal,
e Muita Trabalheira.

O Emilianno, Sábio!,
na Mocidade,
plantara a sua Árvore da Vida e da Morte,
inigualável, de qualidade incomum.

Naquelle Momento (Século XX),
estava a derrubá-la!
Com a resistente madeira da Árvore Yekiti’bá,
iria fabricar os caixões,
os quais levariam a ele
e Sá Justiniaña de Ogiges,
sua Velhíssima Companheira,
para debaixo da Terra de Akitsushimá.

Naquelle Momento
o Solitariozinho compreendeu
o Velho Inventor
de Histórias Praláde Mirabolantes!

Ainda meio entristecido
com a atitude do Velhíssimo,
o Bhima retornou ao seu Inigualável Recanto de Luz,
para mais uma Noite de Sono na Terra dos Homens.
Ele sabia que os caixões iriam ficar
guardados ainda por um bom Tempo.
O Velhíssimo Emilianno de Brises
e sua Velhíssima Consorte
Justiniaña de Ogiges,
a herdeira do nome provindo
Daquella Mágica Ilha
Famosa e Fermosa
(uma Ilha Portuguesa, com certeza!),
ainda iriam viver bastante,
até aos Cento e Cinquenta Annos cada um.
Mas, não teriam mais a Frondosa
Árvore de Estimação
para os acompanhar até lá.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: À SOMBRA DA ÁRVORE E AS LIBÉLULAS VOANDO - 8.2


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: À SOMBRA DA ÁRVORE E AS LIBÉLULAS VOANDO - 8.2

NEUZA MACHADO

O fato é que o Emilianno de Brises
era do tempo do Povoamento
daquella região tão amada por Bhima.

Um reino europeu estava a se apossar,
já há uns Quatrocentos Annos,
mais ou menos,
daquellas extensas e férteis terras tropicais,
localizadas na América do Sul
de Inigualáveis Belezas
e Esplendores Gerais.

Na verdade, o Povo Muito Amado do Bhima
era uma mistura de várias etnias,
cujo sangue colonizador provinha justamente
daquelle tronco branco europeu
de descendência latina.

Mas, é bom que se esclareça!,
desde já!!!,
a cor que predominava entre eles
era a Maravilhosa Cor de Jambo Dourado,
graças a uma saudável mistura
do sangue branco português
com o sangue ebanístico
provindo da África
e, também, graças à mistura
com o sangue amarelo-ouro
dos silvícolas puris
que povoavam a região
antes do aposseamento,
sem contar a Magnífica
Contribuição Divinal
do Apolíneo Sol Esplendoroso
do Trópico de Capricórnio Sem-Igual,
o qual acariciava aquelas peles moirenas,
na maior parte das Efemérides Terrenas,
nos Ardentes Verões Tropicais
e nas Primaveras Floridas
Multicoloridas
Praláde Especiais.

E, Assim, Naquelles Muitos Annos,
o Extra-Terrestre Bhima também acompanhou,
de longe, evidentemente!,
o desenrolar daquella amizade
entre o Emilianno de Brises
e a sua Árvore de Estimação.

Enquanto ela crescia,
crescia a força do Intrépido Emilianno;
crescia o seu Valor de homem
trabalhador e honesto;
crescia o seu amor
por Sá Justiniaña de Ogiges,
sua estimada companheira
dos ternos aconchegos amorosos
e das labutas diárias;
cresciam seus inúmeros filhos e filhas,
todos fortes e bonitos e valerosos,
também, trabalhadores,
quomodo o pai que os protegia.

Com o passar dos annos,
o Emilianno se tornara
uma presença marcante
no lugar em que morava,
e, aos sábados e domingos,
a sua casa se alegrava,
sempre cheia de visitas,
as quais eram muito bem recebidas
por ele e por Sá Justiniaña,
sua bem amada mulher.
Sob a sombra da grande árvore,
muitas visitas saborearam,
naquelles muitos annos,
os deliciosos quitutes
preparados por Sá Justiniaña,
uma inigualável cozinheira
de inigualáveis manjares
da tradicional cozinha mineira.
O tempero de suas iguarias
era conhecido nos quatro cantos da região,
quiçá do Mundo Todo,
e, aos sábados e domingos,
as pessoas vinham de longe,
trazendo cereais, legumes e verduras,
quomodo era o costume,
só para terem o prazer de almoçar e jantar
e tomar café-com-leite e bolinhos mineiros
em casa de Sô Emilianno e Sá Justiniaña,
e, ao mesmo tempo,
ouvir as suas fantásticas narrativas,
uma vez que o carpinteiro e marceneiro,
além de lenhador e caçador,
era um reconhecido contador
de Histórias da Carochinha,
aquellas incríveis histórias inventadas
para o entretenimento geral.
Sob a sombra da Grande Árvore,
muitas visitas saborearam,
naquelles muitos annos,
também, as deliciosas histórias
do Gran Ancião do Mágico Terreirão.

O Bhima sempre observara, de longe!,
aquellas reuniões sabáticas e dominicais
em casa do Emilianno de Brises,
parente longínquo
do antiquíssimo Brises Homérico.
Naquelles annos todos,
o Bondoso Extra-Terrestre nunca, jamais!!!!!!,
presenciara atitudes de desagrado,
por parte do casal,
em relação às constantes visitas
dos finais semanais.
Eles as recebiam com muita alegria e satisfação.

E é bem verdade também,
é importante que se diga!,
que Sá Justiniaña não trabalhava sozinha
no preparo de seus saborosos quitutes.
As mulheres visitantes
também arregaçavam as mangas
de seus vestidos de passeio
e iam ajudá-la no preparo
da inigualável comida.
Então, a grande cozinha do velhíssimo casal
se transformava em uma sala de bate-papo,
melhor do que qualquer sala de bate-papo
dos dias atuais,
melhor do que qualquer sala de bate-papo
Via Internet.
As mulheres colocavam
seus assuntos rotineiros em dia,
e os homens esperavam a hora da comilança,
conversando e pitando cigarros de palha
recheados de fumo-de-rolo,
abrigados debaixo da frondosa
árvore de estimação.

Enquanto não, as libélulas voavam
e os pássaros cantavam!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A ANOSA ÁRVORE DA MORTALHA - 8.1


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A ANOSA ÁRVORE DA MORTALHA - 8.1

NEUZA MACHADO

E a Sábia Väjira Diamante Mineira
contou-me o caso que aconteceu
com o Senhor da Árvore da Mortalha,
o Velhíssimo Emiliano Martins Sant’Anna,
papai da Jane Briseides
e Vovô da Veneranda Diana:

Naquelle dia,
lá pelo Meado do Século XX Anterior,
o Bhima, ao assestar seu Binóculo Mágico
em direção a uma Pequena Comunidade
da Zona da Mata de Minas Gerais,
percebeu uma diferente movimentação
no Pátio da Casa
do Velho Marceneiro e Carpinteiro
Emiliano Martins de Sant’Anna,
mais conhecido pela alcunha
de Emiliano de Brises,
uma vez que ele era descendente
do afamado Brises Homérico
dos Gregos Antigos.

“O que estará acontecendo com o Emiliano?”,
pensou o Bhima,
muito ocupado em entender
o que estava a ocorrer
com seu velho amigo.

Arregalou bem seus
grandes olhos de Extra-Terrestre,
amendoados e brilhantes,
e ficou a apreciar,
de longe, naturalmente!,
os movimentos provenientes
do grande terreiro de terra batida.
Olhou com bastante atenção
e se horrorizou
quando constatou
a terrível realidade:
o Velho marceneiro e carpinteiro,
um antigo vigoroso lenhador,
e ainda caçador de onças pintadas
e jaguatiricas noturnas,
nas horas vagas,
além de ser um notável contador
de estórias da Carochinha
aos Sábados e Domingos,
estava a derrubar a sua
Velha Árvore de Estimação.
Não!, o Bhima não podia acreditar
em seus grandes olhos!
O Velho adorava sua velha árvore!
“Então?!!!, por que está ele a derrubá-la,
meu Santo Antão!?”, perguntou-se.

Enquanto apreciava a força do
Venerável Ancião, quase centenário,
em seu trabalho de derrubada
da árvore gigantesca,
lembrou-se do dia em que, o mesmo,
no esplendor de seus vinte annos de idade,
havia plantado a muda da árvore Yekiti’bá,
ali, naquelle mesmíssimo lugar,
no Centro do Pátio de Terra Batida,
em frente à sua casa de recém-casado exemplar,
e o cuidado e carinho que lhe dedicara
naquelles setenta e sete annos
de convívio diário.
“Então, por que o Velhíssimo Emiliano
resolveu derrubar a sua árvore de estimação?”,
pensou o Bhima pela segunda vez.

Ali, os dois conviveram amigavelmente
em todos aquelles annos.
Poucas pessoas conheciam
a existência do Extra-Terrestre,
e o Velho Emiliano de Brises
era uma dessas poucas pessoas,
uma vez que ele era um criativo contador
de histórias de entretenimento.

O Bhima bem se lembrava da aflição
do rapazola Emiliano
(nascido em um anno qualquer
da Segunda Metade do Século XIX),
naquelles primeiros meses de vida da árvore,
quando a pobrezinha se viu enfraquecida
pelos ardentes inclementes raios solares
e quase morreu.
O Emiliano de Brises,
naquella sua época terrena
de incrível força varonil,
ficou muito angustiado.
Ele ficou tão angustiado!,
mas tão angustiado!,
que dedicava a maior parte do tempo
aos cuidados com a árvore recém-plantada.

Naquella época, o Bhima bem o sabia!,
o Emiliano já era um reconhecido
marceneiro e carpinteiro,
mas era também um forte lenhador,
seu trabalho era derrubar árvores
só com a força de seus braços,
nas proto-Fazendas da região.
O motivo das derrubadas
era a necessidade de expansão territorial,
e a maior parte das terras,
daquella região da Zona da Mata Atlântica Mineira,
como bem se pode adivinhar!,
no Século XIX, era de Mata Virgem Intransitável.

Por isto, o Emiliano não via nenhum mal
em derrubar algumas árvores, isto é certo!,
mas, também, plantava-as em grandes quantidades,
em pequenos vasos,
para repô-las em outros locais
pouco acessíveis aos seres humanos,
locais esses que estavam sem árvores,
talvez, por um processo de desmatamento natural.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: PRIMEIRAS AVENTURAS NO PASSADO MITIFICADO - 7.3


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: PRIMEIRAS AVENTURAS NO PASSADO MITIFICADO - 7.3

NEUZA MACHADO

A bem da verdade, as suas Primeiras
Aventuras na Terra foram escritas em sânscrito,
e o Bhima bem sabia que as traduções posteriores,
em outras línguas,
quase sempre, deturpavam as escritas autênticas,
e, pior ainda, ele próprio não aprendera o sânscrito,
naquella época,
uma vez que se preocupara mais em aproveitar
a oportunidade de ser um jovem semi-humano,
e, ainda por cima!, filho de reis.

Sim!, fora muito interessante a experiência!
Ele pode nascer e crescer à moda dos humanos,
pelo menos uma vez,
para sentir o gostinho de vida que os ditos sentiam.
Por esta razão, naquelle momento,
em pleno Início de Século XXI,
podia dar-se ao luxo de amar ternamente
aqueles Serranos escolhidos,
habitantes daquelle Alto de Serra Of Hinterland,
chorar com as suas tristezas e alegrias
(porque também
– ele aprendera com os terráqueos brasileses! –
o ser humano chora de alegria!),
rir descontroladamente, et cetera, etc,
do jeitinho mesmo que os humanos costumam fazer.

O Senhor Supremo fora muito justo com ele!
Deixara que adquirisse certos sentimentos,
para que não se sentisse sempre
Um Solitário na Terra dos Homens.

Por isto, naquelle momento,
ele estava assistindo ao desfile das Misses,
diante da televisão inventada pelos humanos.
Por isto, ele não estava satisfeito com o resultado,
porque, exatamente quomodo os humanos,
a sua preferida estava a perder pontos
diante do seleto júri.

O Bhima Sentinela estava pensando que tudo aquilo
era uma tremenda enganação,
uma vez que algumas Misses,
não tão bonitas assim!,
estavam sendo classificadas entre as dez mais.
Inclusive, aquella que
no momento estava a receber o cetro,
segundo o seu Conhecimento Interplanetário,
ela não era a melhor entre as melhores.

Quomodo um bom mineiro,
(ele já se considerava um mineiro!)
estava torcendo pela candidata de Minas Gerais,
sua Terrinh’Amada!,
e ficou deveras incomodado quando
a mesma foi desclassificada,
sem nem ao menos ficar entre as dez finalistas.
“Não!, neste Concurso de Miss Brasil
existe maracutaia!”,
pensou, aborrecido!,
ao desligar a tal televisão,
quando acabou o desfile.

Ele não se conformava por ter perdido
o seu precioso sono
com aquela baboseira toda.
Segundo o seu entendimento,
apesar da beleza da ganhadora do concurso,
o resultado não fora justo.
De acordo com a sua própria
concepção de beleza feminina,
de beleza das Terráqueas, bem entendido!,
a candidata de Minas Gerais
naquelle Anno de 2003,
fora castigada pelo seleto júri
por ser a mais bella de todas.
Inclusive, aquela história
das respostas inteligentes
quomodo pontuação primordial
estava muito mal contada!
Se tivesse recebido autorização do Supremo,
teria se materializado entre os seletos jurados,
teria feito uma nova pergunta para a vencedora,
e, aí sim!, os sonolentos telespectadores do Brasil
teriam apreciado um grandessíssimo fiasco!

Anteriormente, enquanto
estava assistindo
ao Evento das Misses,
Evento este que, em outras épocas,
mobilizava milhões
de telespectadores
de sua Amada Nação Brasileira,
recordou-se das bellas mulheres
da História da Terra,
desde que a deusa Afrodite
da Ilha de Citera
recebera dos Gregos Antigos
o título de a mais fermosa
divindade feminina
do Olimpo Grego Pagão.

Não!, absolutamente, não!,
a tal moça do anno de 2003 não possuía
os pré-requisitos necessários
para que fosse considerada a mais bella,
de acordo com as próprias lembranças
em relação à sedutora deusa citeréia,
aquella que fora concebida por Urano
logo depois de sua castração.

“A coitadinha da Miss é tão magra!”,
pensou exclamativamente,
naquele momento, muitíssimo irritado.
Como uma moça magrela,
mais parecendo uma tábua de passar roupas,
alcançou ser considerada a mais bella
de sua Terra Verde-Amarella?

Não!, com certeza houve maracutaia!
Bonita, realmente, fora a deusa grega,
com aquelles largos quadris,
cintura fina de pilão e peitos abundantes,
próprios para gerarem pelo menos
uns dez semi-humanos fortes e vigorosos,
e, pelo menos, umas dez mulheres mortais,
replectas de amorosas seivas vitais.

Lembrou-se, por exemplo, também,
de Helena de Tróia
(a amada do Rei Menelau
e também do ilíaco Príncipe
Páris Alexandre Nicolau),
aquella bella que fora o pivô
de uma sangrenta guerra
entre gregos e troianos.

E, acompanhando a História Geral
do Mundo Terráqueo Vital,
recordou-se da famigerada Cleópatra
e seus inúmeros casos amorosos,
aquella poderosa rainha egípcia
que se deixou picar por uma cobra venenosa.

Sim!, aquelas foram mulheres bellas.
Por exemplo, também,
a Marta Rocha Brasileira,
dos Meados do Século XX Passado,
com suas duas polegadas a mais nos quadris,
a primeira Miss de seu País Varonil,
aquela Marta inesquecível,
que tão bem soube representar
as mulheres bellas
de sua Terrinha Tropical Muito Amada,
naquelle já distante Anno
do Início dos Cinquenta,
apesar de não ter abiscoitado o prêmio.

De qualquer maneira, o Bhima bem o sabia!,
a jovem do cetro, naquelle Anno da de 2003,
não iria ganhar a faixa
de A Mais Bella do Universo Sem-Fim,
porque a realmente bella do dito Concurso,
naquelle seu País Tropical (naquele momento,
ainda, terceiromundista),
replecto de antigos veirotos oportunistas,
anosos ditadores de maracutaias enganadoras,
sequer fora selecionada.

Assim pensando, desligou a tal Televisão
Inventada pelos Humanos,
se aconchegou entre as macias cobertas
de seu Leito Azulindo Sonhante Flutuante,
para um Curto Soninho
de Pouquíssimas Horas Repousantes,
porque já era de Madrugada
e, logo, teria de Acordar,
para Mais Um Dia de Vigilância
na Terra dos Homens Agilizar.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: TEMPO VENERADO DE UM PASSADO MITIFICADO - 7.2


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: TEMPO VENERADO DE UM PASSADO MITIFICADO - 7.2

NEUZA MACHADO

Naquelle Tempo, muuuito Antigo!,
O Bhima escolhera a Índia
quomo terra de nascimento.
Chegou à Terra quomodo
um semi-humano
(ou um semideus,
de acordo com o entendimento humano),
filho da mortal rainha Kunti
e de uma divindade masculina,
chamada pelos habitantes de lá
de deus do vento.

Todos esses acontecimentos
em sua vida foram idealizados
e realizados pelo Supremo Senhor,
para que o Extra-Terrestre
pudesse servir-se da Vimana Voadora
diante dos humanos, e, assim,
se tornar conhecido no Mundo Real
por intermédio dos
famosos versos épicos
do Mago Vyasa.
Por isto, a Humanidade toda,
há muito!, já conhecia
As Aventuras de Bhima na Índia Antiga.

Por isto, tão somente por isto,
a Maga Väjira, há muuuito!,
se tornara amiga do peito do Bhima,
O Extra-Terrestre Bonzinho.
Graças aos versos famosos
do Mago Vyasa,
uma grande parte da Humanidade
passou a ter conhecimento
da Incrível Vimana Voadora,
o Maravilhoso Veículo Espacial,
impulsionado a mercúrio,
o qual, por muuuitos séculos,
e até hoje,
encanta alguns fiéis leitores
da grande obra épica
do magnífico Mago indiano.

A Vimana Voadora,
o precioso presente recebido
das mãos magnificentes
do Supremo Senhor,
num piscar de olhos,
levava aos Quatro Cantos da Terra
o Bondoso Astronauta Extra-Terrestre,
o qual, naquelle tempo,
era considerado um jovem
cheio de vontades reais.

No Passado Épico,
ele ficara muito grato ao Supremo Senhor
por conceder-lhe tamanho privilégio,
mas, só não compreendeu o motivo
d’o Mago Escritor da época
ter passado para os pósteros
uma imagem de sua pessoa Extra-Terrestre
muuuito contendora,
a qual, absolutamente,
não era verdadeira.

Os humanos da Época,
e das Épocas Seguintes,
por causa dessa imagem literária,
chamavam-no de “Bhima, o Terrível”,
ou então, de “Bhima,
o mais poderoso entre os poderosos
”,
e outros epítetos que o colocavam
quomodo um ser belicoso.

Não!, isto absolutamente não era verdade!
Mesmo convivendo com os humanos,
com certeza, mascarado de ser humano,
Bhima sempre fora
um Extra-Terrestre Bondoso!
O Bhima não conseguia
atinar com o motivo
dos exemplos literários,
os quais, tais exemplos,
foram escritos pelo Mago Escritor
da Índia Antiga,
aquelle que, pela primeira vez,
colocara em palavras
e caracteres pictóricos
suas Aventuras na Terra;
portanto, repito,
ele não compreendia o motivo
de o Sábio ter colocado
a sua figura semi-humana
quomodo um ser belicoso.

domingo, 15 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: CONCURSO DE BELEZA - 7.1


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: CONCURSO DE BELEZA - 7.1

NEUZA MACHADO

Naquelle dia, à moda dos Terráqueos, o Bhima
resolveu assistir
a um Programa de Televisão.

Aí, assi, assim,
acionou o Botão
da Grande Tela de Televisão
(Televisão Inventada pelos Humanos,
que fique bem entendido!),
repito, acionou o Botão
da Grande Tela de Televisão,
uma Tela localizada
em um Canto Acolhedor
de sua Vimana Voadora,
e foi assistir ao
Concurso de Miss Brasil do Anno 2003,
o qual estava a se realizar
naquelle Paradisíaco País
de sua predileção.

Bem se lembrava o Bhima,
por diversas razões!,
o quanto lhe fora muito custoso
comprar aquele Aparelho de Televisão,
inventado pelos Terráqueos.

Em Primeiro Lugar, ele se recusava,
terminantemente,
a adquirir qualquer objeto
que o desviasse de seus afazeres
de Sentinela do Espaço Sideral.
Ele achava que o Entretenimento
à moda dos Humanos
era pura perda de Tempo.
Em Segundo Lugar, ele se perguntava:
“Como arranjar o dinheiro necessário
para a compra do Aparelho
de Televisão dos Terráqueos,
se ele era um Extra-Terrestre que
raramente se Travestia de Ser Humano?”

A Primeira e Única Vez Que o Supremo
o Fizera Nascer Quomodo Humano,
e conviver com outros Humanos,
como se fosse um deles,
fora há Muuuito Tempo.
Bem se lembrava do Acontecimento.
Naquelle Tempo Anterior,
ele Escolhera a Índia
Quomodo Terra de Nascimento.

Naquelle Tempo, muuuito Antigo!,
O Bhima escolhera a Índia
quomo terra de nascimento.
Chegou à Terra quomodo
um semi-humano
(ou um semideus,
de acordo com o entendimento humano),
filho da mortal rainha Kunti
e de uma divindade masculina,
chamada pelos habitantes de lá
de deus do vento.

Todos esses acontecimentos
em sua vida foram idealizados
e realizados pelo Supremo Senhor,
para que o Extra-Terrestre
pudesse servir-se da Vimana Voadora
diante dos humanos, e, assim,
se tornar conhecido no Mundo Real
por intermédio dos
famosos versos épicos
do Mago Vyasa.
Por isto, a Humanidade toda,
há muuuito!, já conhecia
As Aventuras de Bhima na Índia Antiga.

sábado, 14 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: RELEMBRANÇAS DA FESTA RELIGIOSA NO INDAIÁ - 6.3


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: RELEMBRANÇAS DA FESTA RELIGIOSA NO INDAIÁ - 6.3

NEUZA MACHADO

Ah!, como o Solitariozinho amou
e amava ainda cada Povo Escolhido,
Desde que viera à Terra pela Primeira Vez!
Amava, tanto!, tanto!, tanto!,
que, mesmo voando, de vez em quando,
para Lugares Distantes,
submetido às Ordens do Supremo Senhor
de Inigualável Valor,
o qual o impelia a se locomover
em sua Vimana Voadora
das Grandes e Prosopopaicas Ocorrências,
para observar as Terríveis Mazelas da Terra
ou os Maravilhosos Momentos Irrepetíveis,
repito, amava cada Povo, tanto!, tanto!,
que mesmo submetido a Tais Exigências,
para cumprir sua Obrigação
de Sentinela do Espaço Sideral,
jamais esquecia o Povo Escolhido
do seu Momento Existencial.

Então, Naquelle Dia do Terceiro Anno
do Terceiro Milênio,
o Bhima foi apreciar aquelle
Acontecimento Sem-Igual
Da Festa Pascal no Indaiá,
Acontecimento jamais visto
em Outras Partes da Terra Global.

Quomodo sempre,
ele estacionou a sua Vimana
Maravilhosa Voadora,
em uma Nacarada Nuvem Acolhedora,
e ficou, lááá de cima!,
a admirar a Movimentação,
e a ReLembrar, ao Mesmo Tempo,
o Modo de Vida do Povo do Lugar.

Em alguns Territórios Adiante,
em Outros Países da Terra Flamejante,
os Focos de Guerra
se disseminavam, abundantes,
e, no entanto, aquelle Pequeno Povoado
de um Maravilhoso Altaneiro
Alto de Serra Mineiro
era uma Localidade
de Pura Religiosidade
e Amor Verdadeiro.

É bem verdade que algumas pequeninas
Guerrinhas Particulares Aconteciam,
por supuesto!, Acontecimento Normal!,
mas, no Geral,
Aquelle Povo Escolhido era um Povo
de Apreciada Paz Celestial.

Naquelle dia, por exemplo,
em Cada Cantinho Calminho
do Território do Varonil Brasil,
e Em Especial Naquelle Esconsinho
Daquelle Alto de Serra do Indayá
das Minas Gerais de Belezas Mil,
os Habitantes da Região
estavam Comemorando a Páscoa,
ou seja, a Ressurreição de Jesus,
o Filho do Único Deus,
Rei dos Cristãos e também dos Hebreus.
Desde as Quatro Horas da Madrugada,
de Um Domingo de Abril,
do Terceiro Anno do Terceiro Milênio
das Ocorrências Incomuns Inesperadas,
o Povo Serrano do Indaiá já estava acordado
para Relembrar e Aclamar,
com Cânticos Religiosos
e Oferendas e Rezas,
a Ressurreição Per-Sempre Exaltada,
que Ocorrera, Realmente,
há Uns Dois Mil Annos Antes,
mais ou menos.

O Bhima bem se lembrava
do que acontecera
com o Senhor Jesus do Infinito Amor
no Início da Era Cristã.
Naquelle Tempo, estacionara
a sua Vimana Voadora
justamente em Território Judaico,
ocupado pelos Romanos,
para, ali, Testemunhar
a Grandeza e Sofrimento
do Filho Muito Amado
de Deus Onipotente do Texto Sagrado.
Ah!, como ele era grato ao Senhor
por permitir-lhe ser uma
Testemunha Ocular
de Uma Era do Mundo Excepcional!

Naquelle Momento
dos Annos Iniciais do Século XXI,
por exemplo,
Naquelle Alto de Serra das Minas Gerais,
do Altíssimo Infinito da Imaginação,
Sobre Uma Cor-de-Rosa Nuvem Acolhedora,
ele viu as Pessoas do Lugar,
vestidas com suas Roupas de Domingo
muito bem passadas,
encaminhando-se em direção
à Centenária Igrejinha do Povoado.
As Mulheres, as Crianças e Alguns Homens
entraram na Igrejinha
e começaram os Cânticos e Orações
em Ritmo Cadenciado.
A Maior Parte dos Homens
ficou do lado de fora, no Adro,
mas a fé e a emoção se espelhavam
em Cada Rosto Iluminado,
numa clara demonstração de que
todas as Atitudes de Louvor
ao Homenageado, o Santíssimo Jesus,
eram por demais sinceras.

Naquelle dia, emocionou-se
mais do que lhe era permitido
pelo Supremo Senhor.
No entanto, ele não temeu nenhum castigo
Por parte da Grande divindade,
porque, ele bem sabia!,
com certeza, o Senhor Supremo
também deveria estar muito emocionado
com as Sinceras Homenagens.
O Bhima tinha Conhecimento de que
todas as Formas de Louvor,
de Cada Religião do Mundo,
chegavam aos Olhos e Ouvidos Divinos.
“Então, não era Ele mesmo o Homenageado?
Não fora Ele mesmo que enviara à Terra,
Naquelles Annos Antigos Finais,
uma Parte de Si,
para que a Humanidade o recebesse
quomodo seu Filho?
E seu Filho Muito Amado, por certo,
era um Desdobramento Vital e Espiritual
de Sua Própria Grandeza Suprema
Sem-Igual?!!!”
Assim pensando, volveu seus Grandes Olhos
de Extra-Terrestre para baixo,
ajustou a Luneta Mágica das Múltiplas Ocasiões,
e ficou horas entretido
com a Notável Movimentação,
Espectante,
que se desenvolvia entre
os Humanos da Localidade,
naquelle Dia de Festa instigante.

Lá por volta do Meio-Dia,
depois da Celebração Religiosa,
iniciada às quatro horas da madrugada
com as devidas paradas para as refeições,
apreciou os Habitantes
do Lugar Serrano voltando,
todos com as suas Famílias Reunidas,
para os Recessos de Seus Lares,
onde passariam a tarde
em agradável convívio,
saboreando os deliciosos quitutes,
preparados com muito carinho
pelas Mamães-Cozinheiras-Mineiras,
e Findariam o Dia com Grã Sabedoria,
com Chave-de-Ouro,
certos de que cumpriram bem
seus Deveres Religiosos.
No Dia Seguinte,
o Bhima bem os conhecia!,
todos estariam envolvidos
por seus Pesados Trabalhos Diários.
Eram todos Honrados
Trabalhadores da Terra!
Naquella Terra Fértil,
Daquellas Montanhas Mineiras,
plantavam e colhiam,
para o sustento de todos,
os cereais e legumes e verduras,
e tudo mais que se pudessem plantar.
Mas, o Domingo era Sagrado
para Aquelles Trabalhadores do Indaiá!

Depois de apreciar
a Comemoração da Páscoa Cristã,
o Bhima recolheu-se no interior
de seu Veículo Maravilhoso Voador,
temporariamente estacionado
naquelle Alto de Serra Of Hinterland,
acionou o botão que transformava
a Sala de Atividades Diárias
em um quarto de dormir,
e foi repousar à moda dos Terráqueos.
A segunda-feira do dia seguinte
também seria um Feriado,
Naquelle Imenso País Tropical,
e ele teria de estar descansado,
para reiniciar mais um dia de Vigilância
na Terra dos Homens Sobressaltados.
O Bondoso Extra-Terrestre
se predispôs a dormir,
porque sabia que, apenas e tão somente
naquelle Paradisíaco Lugar,
a Noite seria calma e acolhedora.

Por ora, estava em Férias!,
a abandonar temporariamente
suas Preocupações com as Contendas
do Mundo Rotundo.
E ele sabia que, nos Dias Seguintes,
Novos Momentos
Tridimensionalmente Mágicos
Aconteceriam,
e ele teria de estar por perto,
para Anotar Todos os Incríveis Pormenores.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: LEMBRANÇAS REAIS DE UM ALTO DE SERRA DE MINAS GERAIS - 6.2


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: LEMBRANÇAS REAIS DE UM ALTO DE SERRA DE MINAS GERAIS - 6.2

NEUZA MACHADO

Foto: Município de Orizânia - Minas Gerais - Créditos para o Site orizaniamarketing.com.br



Naquelle Anterior Século XX,
o Guardião Terráqueo e Intergalático,
o Bhima Sentinela,
escolhera um Fermoso Alto de Serra
dos Oiros e Esmeraldas das Minas Gerais,
origem de seus deslumbramentos
(bem pertinho da casa
da Sábia Väjira Diamante
dos Curtos e Anelados e Brancos
e Revoltos Cabelos Brilhantes),
para se tornar humano de vez em quando,
e, com tal aparência, apreciar com mais nitidez
os acontecimentos ao seu redor.

Sim!, de vez em quando
era-lhe permitido,
pelo Supremo Senhor de Altíssimo Valor,
o privilégio de se Metamorfosear de Humano,
só que, infelizmente,
ele não poderia agir
do mesmo jeito que os mortais,
teria sempre de ficar olhando de longe,
sem se intrometer na Dinâmica
de Vida dos mesmos.

Por esta razão, de Anno em Anno,
de Século em Século,
por Milhões e Milhões e Milhões de Annos-Luz,
sempre Escolhia um Lugar da Terra
para ali Estacionar
a sua Vimana Virtualíssima Voadora,
e, ali, viver uma Antenante Loooooooonga Temporada
a observar os Humanos.

Ah!, quantas Comemorações
idênticas àquella que estava a se realizar no Indaiá,
naquelle Domingo de Páscoa de 2003,
o Bhima Sentinela havia apreciado!
Quantas comemorações,
ali, naquelle mesmíssimo lugar,
ao longo do já Passado Século XX,
e em Séculos e Séculos Anteriores,
comemorações realizadas
por aquelle Povo simples
e singular de sua predileção.

O Bhima Interplanetário
bem se lembrava do dia
em que o Senhor Supremo
o preparara para a sua estadia
na Terra e lhe dissera:

Bhima! Bravo Sentinela
de minha Guarda Celestial!,
você viverá milênios e milênios e milênios
na Terra dos Homens
com a função de observar
e registrar tudo o que ocorrer por lá.

Civilizações e Civilizações
irão acontecer extraordinariamente,
e, também, irão desaparecer melancolicamente.

Ao longo dos Milênios e dos Séculos,
e dos Annos, e dos Meses,
e dos Dias e Noites,
das Horas e dos Minutos e dos Segundos,
você terá a permissão
de se locomover livremente,
e, em cada Século,
você terá também o direito de escolher
o lugar de seu interesse para, ali,
estacionar a sua Magnífica e Brilhante Vimana Voadora.
Você receberá de meu supremo poder
o direito de adquirir, de vez em quando,
por uns tempos,
a ilusão de que você faz parte
do Povo do lugar escolhido.

Todo esse direito dar-lhe-ei!,
apenas advirto-lhe que, jamaaais!,
em hipóóótese alguma!,
você deverá envolver-se
com os problemas
da Humanidade Muito Amada,
e tentar solucioná-los!


O Bhima bem que se lembrava
dessas Palavras do Supremo Senhor!,
mas não entendia o porquê de o mesmo
ter permitido ao seu coraçãozinho
de Extra-Terrestre Bonzinho
a aquisição sem-igual de emoções
só conhecidas por Seres Humanos Solertes.

Ele bem sabia que em seu Planeta de origem,
localizado em uma Desconhecida Galáxia Celestial,
de acordo com o entendimento dos humanos,
tais sensações, quomodo alegria e tristeza,
amor e ódio, raiva, melancolia, et cœtera,
não existiam, e, no entanto,
ao longo dos milênios, dos séculos, dos annos,
dos meses, dos dias e noites,
das horas, minutos e segundos rotundos,
todos os Sentimentos
só conhecidos por Seres Humanos
foram se alojando e se cristalizando
em seu coraçãozinho de Amores Profundos.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: MARAVILHOSA FESTA RELIGIOSA NO INDAIÁ - 6.1


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: MARAVILHOSA FESTA RELIGIOSA NO INDAIÁ - 6.1

NEUZA MACHADO

Assim Contou-me a Sábia Väjira
do Manto Escarlate Inigualável,
às vezes Amarelo, às vezes Rosado,
às vezes Dourado,
Filha de Antoinzim Aquileu,
um Lendário Cantor
Tocador de Violão,
Antigo Habitante
do Alto Carangolense da Conceição,
Um Lugar Paradisíaco
Localizado Na Parte Leste
Das Minas Gerais
Do Brasil Varonil,
replecto de ouro, prata,
diamante, rubi,
esmeralda, turmalina,
e inúmeras outras gemas praláde preciosas.

Naquelle dia, o Bhima foi
até a Parte Externa de Sua Vimana Voadora,
ajustou a Poderosíssima Lente de Sua Luneta Mágica
das Grandes e Incomuns Visões
em Direção a Uma Montanha das Minas Gerais,
Aquella Montanha Especialíííssima,
escolhida por ele para ser
a sua Terra Natal do Século XX,
de acordo com os costumes Humanos,
e passou a apreciar
uma Movimentação Sem-Igual
na Antiga e Amada Vila do Indayá,
pertinho da Cidade do Divino Espírito Santo de Carangola.

Do Alto de uma Incomum Nuvem Nacarada,
uma Repousante Nuvem Protectora,
apreciava a Movimentação
dos Habitantes do Lugar,
naquelle dia de Domingo Sagrado,
todos vestidos com suas melhores roupas
das Grandes Ocasiões.

Aquelle Era Um Dia de Festa no Indayá
(um Pequenino e Altíssimo Povoado Maravilhoso,
pertinho de Divino do Carangola),
e o Extra-Terrestre conhecia muito bem o motivo
de toda aquella Alegria Sem-Igual do Povo de lá.

Desde que tomara, pela primeira vez,
a forma humana, há milhões e milhões
e milhões de Annos-Luz atrás,
e se misturara com os Habitantes
do Lugar Escolhido (na ocasião!)
em um Passado Remoto,
habituara-se a apreciar, por demais da conta!,
os Costumes Familiares Sociais e Religiosos
daquelle Antigo Povo Escolhido pelo Magnificente Senhor,
Tão Querido
ao Seu Coraçãozinho de Extra-Terrestre.

(Ele sentia muita pena de si mesmo,
porque não poderia nunca
acompanhar os seus Escolhidos.
Eles eram mortais, o que não era o caso dele,
um Sentinela Intergalático
oriundo de uma Distante Galáxia Especialíssima,
na qual residia o Grande Senhor).

Por isto tudo, a Cada Nova Forma Social
do Mundo dos Humanos,
e nos Diversos Momentos da História Geral,
e em Cada Lugar Escolhido,
os Encantamentos com os Humanos
se sucederam indefinidamente.

Assim, não foi sem razão que,
naquelle Terceiro Anno do Terceiro Milênio
da Iniciante Era de Aquárius,
por Um Momento de Sublime Deslumbramento,
Lágrimas Quase Humanas vieram
aos seus Brilhantes Olhos Interessantes.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: LEMBRANÇAS INESQUECÍVEIS DO PASSADO MITIFICADO - 5.3


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: LEMBRANÇAS INESQUECÍVEIS DO PASSADO MITIFICADO - 5.3

NEUZA MACHADO

Quantas Guerras Terrestres o Bhima assistira,
naquelles Longos Séculos e Milênios,
obedecendo assim às ordens do Supremo Senhor!
Ele já nem se lembrava mais
de seus Parentes Extra-Terrestres,
os quais, há muito!, se haviam espalhado
por Outras Galáxias Sem-Fim,
obedecendo, eles também!,
ao mando da poderosa divindade eternal.
Eram, eles, os Grandiosos Vigilantes
Intergaláticos do Espaço Sideral.

Mas, o Bhima presenciara também
momentos de raras alegrias,
como, por exemplo,
a Aclamação Sem-Igual realizada
por aquele Povão Brasileiro Fenomenal,
até Àquelle Momento Terceiromundista,
um Povão Até Àquella Data Sofredor,
o qual seria, com certeza,
em um Futuro Muito Próximo,
Mas, Muuuito Próximo Mesmo!,
Habitante do Maior e Mais Respeitado
País do Planeta
(Território Sem-Igual
adotado por ele com especial carinho e amor),
Aclamação aquella que Alcançara,
Naquelle Instante Assinalado,
os Quatro Cantos da Terra Azulinda,
Por Ocasião Daquella Grandíssima
Magnificente Incomum Vitória Eleitoral
Muitíssimo Bem-Vinda e Muito Esperada
Por Grande Parte da População Brasileira,
que, até Àquelle Momento,
Coitada!
Não tinha Nada!

Afastando temporariamente
as preocupações com o seu Povão Muito Amado,
concentrou-se em se emocionar com a visão
da Tal Guerra Terrível do Mundo Agitado.
Infelizmente, não lhe fora dado
o direito de interferir
na Horrenda Contenda
que ocorria do Outro Lado do Mundo
Naquelle Mês de Abril de 2003,
e, infelizmente também,
não lhe fora permitido antever
o Vencedor Lutador.

Mas, lembrava-se das Palavras
do Grande Senhor
do Capacete Dourado,
fazendo-o recordar-se da Luta Desigual
entre o jovem David
e o Gigante Golias do Texto Sagrado.

Por um Pequenino Intervalo de Tempo, pensou:
“Será que alguma Civilização Poderosa
estará prestes a findar seu domínio implacável, será?
Qual dos dois Contendores é o pior?
Qual é o preferido do Supremo Senhor?
Qual deles é o frágil David?
Qual deles é o Gigante Golias,
Parente Inclemente do Gigante Adamastor?”

Pensando assim, recolheu-se
à sua Maravilhosa Máquina Voadora,
fez algumas anotações sobre a Guerra
(para serem lidas em um Futuro Distante),
ajustou os Controles Remotos
da Brilhante Vimana Super Bacana,
desfez a Nuvenzinha que ele mesmo criara,
e saiu depressinha dali,
ansioso para se ver bem longe
de Todo Aquelle Horror Destruidor.

Não!, mesmo acatando ordens severas,
ele não queria ver pobres crianças inocentes
e adultos indefesos sendo sacrificados
em nome da Insanidade
de Alguns Governantes do Mundo.
Seus grandes e amendoados
e brilhantes olhos de Extra-Terrestre
não podiam acreditar que,
em Pleno Início de Terceiro Milênio,
um Qualquerzinho Poderoso Governante,
de uma Nação Poderosa Qualquer,
pudesse enviar, ao outro lado da Terra,
tropas de soldados bem treinados,
aviões com bombas mortíferas
e outras armas terríveis,
só para medir o seu próprio Poder.

Por mais que os Annos passassem
e o Futuro lhe premiasse
com uma Era de Paz,
jamais olvidaria aqueles corpos dilacerados,
ensanguentados,
jogados na poeira daquella Cidade Fascinante,
Antiga Cidade Fascinante,
vistos de uma certa incerta distância,
é bem verdade!,
já que a Divindade proibira-lhe
o envolvimento direto
com os Sofrimentos dos Terráqueos.

O Intergalático já vira demais!
As Guerronas do Passado,
também presenciadas por ele,
foram Guerrinhas de Adolescentes,
se comparadas com a violência
daquela Guerra do Início do Terceiro Anno
do Terceiro Milênio.

Assim, Acionou os Comandos de Sua Maravilhosa Vimana
e Tratou de ReTornar ao Seu Divino Recanto de Paz,
Naquelle Alto de Serra Of Hinterland
das Minas Gerais
de Seu Amado
Brasil.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: CONTINUAÇÃO DAS LEMBRANÇAS DO PASSADO MITIFICADO - 5.2


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: CONTINUAÇÃO DAS LEMBRANÇAS DO PASSADO MITIFICADO - 5.2

NEUZA MACHADO

Se o Solitariozinho Quisesse Assistir
às Ocorrências Históricas do Momento,
em Alguma Tela de Visão Panorâmica,
à moda de Uns Poucos Ricos Terráqueos Sortudos
do Início do Terceiro Milênio,
teria só de se disfarçar de Ser Humano Ricaço,
entrar em uma Grande Loja
de Aparelhos Televisivos,
e comprar uma grande televisão colorida caríssima,
uma maquininha inventada no Século anterior,
e que era o entretenimento preferido
dos poucos Humanos muito muito ricos
e de alguns dos muitos muito pobres Humanos também
que compravam a tal televisão com muuuito sacrifício.
Com isto, assistiria aos programas televisivos
por certo sensacionalistas e, infelizmente, partidários políticos,
os quais noticiavam a tal Guerra Cruenta
em Primeira Mão,
e não sofreria tanto por ver,
de corpo presente,
milhares de crianças e adultos
sendo exterminados por armas
de grande potência destrutiva.

Já estava preste a pedir
ao Supremo Supremo Senhor
que atualizasse a sua Magnífica Tela Mágica do Futuro,
recebida há milhões e milhões e milhões
de annos-luz atrás.

Ele não queria acreditar,
mas as Invenções Humanas estavam
quase ultrapassando os modelos
criados pelo Supremo.
“Seria possível que ele estivesse a permitir
tal progresso científico aos Humanos,
ou estariam os Humanos
a se apoderar dos inventos do Magnificente?”,
indagou-se, preocupado.

Mas, de qualquer maneira,
muito em breve!,
muito em breve, mesmo!,
o Bhima iria comprar uma televisão
inventada pelos Humanos!

Eram estas as indagações
que se apoderaram de sua alminha,
quando este, finalmente, terminou
os preparativos para o início da viagem.
As ditas indagações, por certo!,
estavam sendo registradas
pelo Senhor Supremo de Altíssimo Poder,
uma vez que a grande divindade
tinha sempre acesso
à sua mente de Extra-Terrestre,
quomodo tinha também conhecimento
de todos os pensamentos dos Seres Humanos.

Em verdade,
o Supremo Importantíssimo conhecia intimamente
todas as Criaturas do Universo Sem-Fim;
todas evidentemente criadas por ele.

O Bhima bem sabia que seus questionamentos
chegavam aos Magnificentes Ouvidos
e tinha consciência também,
ao indagar pensativamente
sobre as ações do Poderoso,
que arriscava-se a ser castigado
por tanto atrevimento.
No entanto, era-lhe impossível deixar de lado
essas questões que o atormentavam,
e o Bondoso confiava
nas atitudes justas do Magnificente.

Sim!, o Supremo era muito justo!,
e se, depois de milhões
e milhões de Annos-Luz,
começava a questionar
algumas descobertas científicas
realizadas no Mundo,
principalmente, aquelas Máquinas
inventadas pelos Humanos,
aparentemente superiores à sua Vimana Voadora
e à sua Luneta Mágica das Grandes Ocasiões,
isto tudo ocorria, certamente!,
com a Complacência do mesmo.
Mas, enfim, o incômodo era-lhe necessário,
uma vez que fora o próprio
de Poder Magnífico que assim exigira-lhe.

E ele voou então
até ao Centro de Toda Aquella Confusão.
Voou até ao Centro da Contenda
entre a Tribo do Norte Ocidental, poderosíssima!,
e a Tribo dos Dinâmicos Habitantes
daquella parte médio-oriental do Planeta,
cujas terras quase sem vegetação e desérticas
estavam replectas do preciosíssimo petróleo negro,
o disputadíssimo ouro negro do Século XX anterior,
o qual jazia em suas desconhecidas profundezas.
O Bhima bem sabia que o negro petróleo médio-oriental
era o verdadeiro motivo da disputa,
naquelle Terceiro Anno
do Terceiro Milênio Assinalado.

E foi com o seu Coraçãozinho
de Extra-Terrestre confrangido,
replecto de uma tristeza tão antiga,
que presenciou,
assestando o seu ultrapassado,
mas ainda mui poderoso!,
Binóculo Mágico das Grandes Ocasiões,
muito parecido com aquelles
que eram comprados nas Feiras-Livres
do Veiroto Século XVIII,
muito parecido também
com aquelles binóculos muito usados
pelos nobres de antanho
nas ricas galerias dos suntuosos Teatros
daquelle século e do século seguinte,
repito, foi aí então que presenciou,
replecto de tristeza quase Humana,
aquella horrorosa, tenebrosa,
tenebricosa Guerra do Terceiro Anno
do Terceiro Milênio,
Momento de Passagem Astral
para o Domínio Temporal de Aquárius.

O Bhima viu, com seus grandes e amendoados
e brilhantes olhos de Extra-Terrestre Bonzinho,
olhos que jamais a Terra Encantada haverá de comer,
crianças e pessoas civis do Médio Oriente
sendo massacradas impiedosamente
pelas tropas aliadas ao Terrível Contendor
de Guerrilhas e Dilatadas Guerras Inglórias.
Ao olhar para baixo,
não se envergonhou de seu choro,
porque as Cenas que presenciava eram as piores,
as mais terríveis que seus enormes
e amendoados olhos de Extra-Terrestre já vira,
desde quando aportara na Terra,
há milhões e milhões e milhões de Annos-Luz atrás.

Ah!, como o Pobrezinho chorou!
Enquanto chorava por aquelles pobres desgraçados,
sete milhões e sete mil e setecentos
e setenta e sete vezes desgraçados mortais,
coitados!,
resolveu acionar o Botão
da Tela Mágica do Passado,
para rever algumas Guerrinhas Famosas
da História da Humanidade.
Realmente, elas foram pequenas,
se comparadas com as Guerras do Século XX
e, naquelle Momento,
se comparada com a Guerra que ele,
o Bhima Extra-Terrestre,
estava a presenciar.
Realmente, as Guerras do Século XX
foram terríveis, impiedosas,
mas aquella do Início do Terceiro Anno
do Terceiro Milênio
se mostrava a mais tenebrosa.

Amargurado, recolheu-se a um Cantinho
de sua Linda Casinha Voadora,
temporariamente estacionada
em uma Melancólica Nuvem Cinzenta
criada por ele mesmo,
uma vez que, naquellas terras desérticas,
naquellas areias escaldantes do deserto,
as nuvens no céu eram matéria bem rara;
recolheu-se para chorar desconsoladamente.
O Sol Causticante do Deserto Imperante
impedia o acúmulo de nuvens benfazejas,
prenunciadoras, quase sempre,
de Chuva Abundante.
Por esta razão, fora obrigado
a criar uma melancólica nuvenzinha cinzenta de nada,
para nela estacionar a sua Vimana
Esplendorosa Praláde Preciosa.