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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

XXX - MEMÓRIAS DE CIRCE IRINÉIA: FUGINDO DE JANE MAMÃE

XXX - MEMÓRIAS DE CIRCE IRINÉIA: FUGINDO DE JANE MAMÃE

NEUZA MACHADO

Meu casamento aconteceu cedo. Aos dezoito anos fugi de Jane Mamãe por intermédio de vias legais, ou ardilosamente Jane Mamãe livrou-se de mim, encaminhando-me para o casamento. Apenas sei que, pela primeira vez em nossas vidas, acabamos concordando em alguma coisa. Jane Mamãe e Antoinzinho Papai quiseram o casamento na Igreja Católica Romana e no civil, e eu também. Eu estava aflita para sair do jugo de Jane Mamãe, daqueles falatórios intermináveis, daquelas choramingadeiras cotidianas. Isso porque, para livrar-me do domínio de Jane Mamãe, sem casamento, eu teria de tomar uma atitude bastante drástica que, por certo, não me beneficiaria, ou seja, teria de fugir de casa, sem recursos financeiros, arriscando-me a uma provável prostituição. Ora, Meu Caro Ouvinte!, se eu vim ao mundo com a plena consciência de que tudo aqui me seria agradável enquanto vida eu tivesse, não seria a liberdade desenfreada que iria proporcionar-me tal coisa! O casamento foi uma importante mudança em minha vida. Mas os relatos do casamento (foi muito aprazível durante os muitos anos em que durou), da separação (não foi traumática) e outros prováveis ajuntamentos, contar-lhe-ei depois!

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