XXV - MEMÓRIAS DE CIRCE IRINÉIA: VOLTANDO AO ASSUNTO DO VESTIDO BONITINHO
NEUZA MACHADOMas, voltando ao assunto do bolero do vestido de alcinhas. Em uma das várias casas de minha infância, em uma Cidade de Minas Gerais, existia um porão, onde era guardada toda tralha sem valor. Jane Mamãe sempre guardou tudo. Até ao final de sua vida teve mania de guardar caixa plástica de margarina, de iogurte, caixas de ovos, papel, copos de plástico, latas vazias de salsichas, de leite em pó, et cetera, etc., etc., etc. Assim, naquele tempo, Jane Mamãe já guardava tudo, mas não usava nada nem recriava objetos, como fazem os artistas. Ela simplesmente amontoava coisas inúteis dentro de casa e no porão. No porão existia uma pilha de revistas velhas, e foi exatamente sob essas revistas que escondi o bolero-lero que tanto me incomodava. Jane Mamãe nunca desconfiou de minha traquinagem, tenho plena certeza (se, naquela época, tivesse desconfiado, teria recebido uma surra inesquecível), e eu pude vestir o vestido de alças até o fim (dele, naturalmente). Em princípio, pensei que Jane Mamãe não fosse permitir o uso do vestido, mas o seu hábito de economia falou mais alto e, felizmente, pude usufruir o meu amado vestido de alcinhas, talvez a única peça de roupa feita por Jane Mamãe que realmente me agradou.
Morre Manga, um dos maiores goleiros da história, aos 87 anos
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