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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

XX - MEMÓRIAS DE CIRCE IRINÉIA: O SÍTIO DA BEIRA DA ESTRADA

XX - MEMÓRIAS DE CIRCE IRINÉIA: O SÍTIO DA BEIRA DA ESTRADA

NEUZA MACHADO


No Sítio (que se localizava à beira da estrada de rodagem), fomos morar numa casa de meeiro (meeiro é o lavrador que toca serviço a meia com o dono das terras), mas Antoinzinho Papai já não trabalhava, por essa época, na roça, não, mas sim na Cidade. Papai era chefe-maquinista em um grande Entreposto de Cereais. Era ele quem controlava e manejava as máquinas que apuravam os cereais da região. Cereais diversos (arroz, feijão, milho) que, depois de limpos e curados, eram colocados em grandes sacos (de estopa ou de algodão rústico) e enviados para os armazéns das grandes capitais. O Sítio pertencia ao Patrão de Antoinzinho Papai, um Senhor oriundo do Rio de Janeiro que o considerava muito e sabia dos problemas que o nobre enfrentava com Jane Mamãe. O Sítio se localizava distante da Cidade uns trinta minutos a pé. Até que o Sítio era um lugar aprazível. Só tornou-se um lugar insuportável porque Jane Mamãe (uma herdeira de perdidos sobrenomes da antiga aristocracia mineira) cismou em mandar nos empregados muito mais do que o próprio dono.

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