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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

XIII - MEMÓRIAS DE CIRCE IRINÉIA: DESCENDENTE DE UMA DAMA DA ILHA DE SÃO MIGUEL

XIII - MEMÓRIAS DE CIRCE IRINÉIA: DESCENDENTE DE UMA DAMA DA ILHA DE SÃO MIGUEL

NEUZA MACHADO

Retomando os Laços de Família, sou descendente também, por lado materno, de uma Nobre Dama Proveniente da Ilha de São Miguel, uma Ilha Portuguesa, com certeza. Esta Ilha é aquela das maravilhosas toalhas bordadas, rival inconteste da Ilha da Madeira.

Mamãe sempre falava de uma Avó alvíssima, belíssima, também proprietária de perspicazes e lindos olhos azuis, e que essa Avó possuía tesouros incríveis no fundo do baú das lembranças indeléveis. Jane Briseides Mamãe contava (nos raros momentos de bom humor), e eu me encantava com a narrativa, que, quando ainda era uma menina, sempre que ia visitar a Avó Maria Ricarda e o Avô José Damásio de Amorim, em sua Propriedade Agrícola (lá no Alto dos Carolas, perto do Arraial de São Manuel do Boi, perto da Cidade de Carangola, perto do Divino Espírito Santo de Carangola), a Avó Maria Ricarda (mesmo morando na roça) retirava do Fundo do Baú caixas artísticas de biscoitos finíssimos, latinhas lindamente coloridas de chás aromáticos e mui preciosos, bombons de chocolate estrangeiros, balas de todas as qualidades, et cœtera, et cœtera, etc.

Dessa Minha BisAvó desconhecida, oriunda da famosa Ilha Portuguesa, agora Personagem de Ficção, nesta minha narrativa, herdei o gosto pelo refinamento social, o amor pelas tardes preguiçosas regadas a chá inglês (ou oriental) e biscoitos finos; herdei também o amor pela Velha e Miscigenada Aristocracia Mineira (agora, tão decadente!).

No passado, ao observar Minha Mãe Jane Briseides (uma mulher tão linda!), com seus hábitos incultos e atitude campesina, tão possessiva com a família, e, ao mesmo tempo, tão subserviente com os mais poderosos, custava-me acreditar que ela fosse descendente de tão ilustre Senhora. Mesmo assim, acredito que essa BisAvó aristocrática tivesse existido, sim Senhor!, porque conheci minha própria Avó Justiniana Maria de Amorim (a filha da Maria Ricarda), a Mãe de Mamãe, e sempre reconheci nela os traços e atitudes dessas pessoas que nasceram em berço de ouro.

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