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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O BHIMA INTERGALÁTICO NO DECORRER DO TEMPO - 18.1


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O BHIMA INTERGALÁTICO NO DECORRER DO TEMPO - 18.1

NEUZA MACHADO

Saiba Você que,
de Século em Século,
o Bhima procurava
um Recanto Fermoso na Terra
dos Homens Sem-Rumo,
replecto de muita Paz e Luz,
bem distante das guerras
inglórias,
para ali estacionar
a sua Vimana Maravilhosa
Voadora,
e, ao mesmo tempo,
dali, observar
as Dinâmicas Mudanças Históricas
que ocorriam no Mundo.

A sua Casa-Vimana Voadora
era um pequenino
e especial
Veículo Espacial,
inventado
exclusivamente
para ele
pelo Supremo Senhor
de Grande Valor.

O Bhima Intergalático sabia muito bem que,
entre os muitos Sentinelas
do Espaço Sideral,
todos Extra-Terrestres como ele,
a sua Figurinha Estranha
Incomum
e Fenomenal
recebia da poderosa divindade
uma atenção paternal.

De verdade,
o formato exterior
de sua Vimana
era totalmente diferente
dos formatos exteriores
das Vimanas
de seus já há muito esquecidos
Complanetários Parentes.

Ouso dizer Complanetários,
para designar os pares de Bhima,
porque não sei o nome do Planeta
em que ele nasceu.

O nome do tal Planeta
sempre fora um segredo
só conhecido pela Sábia
Väjira Diamante
de Curta Cabeleira Abundante.

A Venerável jamais revelou
a seus discípulos esotéricos
o nome real
do Tal Planeta Sem-Igual,
onde ainda reside o Supremo Senhor
e seu Exército Celestial.

Se o Solitariozinho Bhima
fosse um Humano,
nascido nesta nossa
Terra Azulinda,
eu poderia pronunciar
Conterrâneo,
mas como não sei o nome
do tal Planeta distante,
prefiro referir-me
aos pares do Bhima Sentinela
quomodo
Complanetários Vigilantes.

Mas, quomodo
estava a dizer-lhe,
de tempos em tempos,
desde Àquelle Passado
Remoto,
em que viera vigilar
a Terra dos Homens
por ordem
do Supremo Senhor
de Altíssimo Valor,
o Extra-Terrestre Interplanetário
aprendera a procurar
um recanto,
de muita Paz e Luz,
para ali estacionar
a sua Vimana-Residência
Incomum.

Ele conhecia, muito bem!,
a sua função
de observador
e escrevinhador
dos Acontecimentos
do Mundo em geral,
deeeeeeeesde tempos
imemoriais!!!!!,
mas as Guerras
do Século XX
foram tãããããããão estressantes!,
e ainda eram terríveis
no início do século XXI,
que o pobrezinho,
já um pouco Velhinho,
de vez em quando
afastava-se
da observação
e escrevinhação
das Contendas Sem-Fim,
para desfrutar
alguns instantezinhos
de Pura Solidão.

Assim,
naquelle 24 de Outubro de 2003,
Dia Dedicado
ao Sancto Archanjo Raphael
e aos Gênios da Humanidade,
ele resolvera ficar
quietinho em casa,
só para desfrutar
de um necessário
repouso corporal e mental.

Afinal,
se todos na Terra dos Homens
tinham o seu feriado,
aquelle dia de Outubro de 2003
por certo
era o feriado do Bhima.

Então?
Então, não era ele também
uma espécie de Anjo
do Supremo Senhor
de Memorável Veneração?,
se o avaliassem quomodo
os dizeres dos Humanos?

Então???
Então, bem que ele merecia
o tal feriado,
pois o Bonitinho,
em virtude
das Inúmeras Guerrilhas
da Humanidade Sem-Rumo,
nunca descansara realmente
no nosso Planeta Azulindo,
no qual, de vez em quando,
nesses milhares e milhares
e milhares de Annos-Luas,
principalmente naquelle anno de 2003
nos países ditos de Primeiro Mundo,
sempre apareceu e ainda aparece,
para a Vida de Paz perturbar,
um Decadente
Belicoso Governante
Guerreiro Demente.

Quomodo Vigilante Intergalático
de sua Suprema divindade,
descansar sempre fora,
por ele,
algo não muito esperado.

Mesmo, quando se refugiava
na sua Montanha de Luz Encantada
da Minas Gerais Muito Amada,
as Aventuras apareciam de montão,
graças à Varinha-de-Condão
da Veneranda Discípula da Sábia
do Alto da Conceição.

O facto, três vezes!, verdadeiro,
era que, desde o Meado do Século XX,
quando do nascimento
da Veneranda Diana dos Anjos Reis,
em uma manhã radiosa,
em que a Aurora Fermosa
surgiu matutina e muito dengosa,
o Bhima se apegara,
por demais da conta!,
àquella menininha magrelinha
filhinha da Briseides Joaninha.

Com o passar dos Annos,
o afeto pela Dianazinha Magrinha
foi aumentando,
e naquelle momento,
muitos Annos Passados,
o Bhima já não podia pensar
em viver longe
da Dianazona Gordinha.

A bem da verdade,
ele já havia se apegado
ao círculo familiar
do Antônio Aquileu
muito antes do nascimento
da Dianazinha Menininha.

A cada falecimento,
de cada um dos integrantes
da numerosa Família,
era um sofrimento sem-fim
para o Bondoso Extra-Terrestre
da Terra e do Ar
e de Mundos Afins.

Foi o que aconteceu,
por exemplo,
quando dos falecimentos
dos Filhinhos Pequenininhos
do Antoinzim Aquilim.

O primeiro foi o Alício,
o terceiro Filho
do Antônio Aquileu,
afilhado daquella Alice
das páginas atrás,
tá lembrado?,
que de febre desconhecida morreu,
quando o Antônio Aquilão
morava ainda
no Alto da Fermosa
Serra da Conceição.

O Bhima, um ser incorpóreo,
sentiu muito a morte do Menininho.

Depois, já morando perto
da Sancta Luzia do Carangola,
a padroeira dos Cegos Borromeus
de toda a região,
o desafortunado Antoinzim
perdeu mais dois Meninins:
a Menininha Aparecida
TãoBreve NaVida,
e o Meninim Altamirim do Prado
de Jesus Afilhado.

A Jane Mamãe
quase morreu de tristeza
e paixão,
foi definhando
sem explicação,
salvou-a o Amor
do Antônio Aquilão.

O casal só ficou,
naquella ocasião,
com o Zé Aquileu
e o Tatão Aquilão,
os seus Filhinhos do Coração.

Mas, então,
no Anno Seguinte nasceu
a Diana Valente
Caçadora de Incríveis
Aventuras Diárias,
aquella privilegiada
proprietária de Cem Ferozes
Invisíveis Cachorros Malteses,
todos originários da Ilha de Malta
e das Ilhas Canárias
e da Ilha de San Miguel,
enviados a ela,
para a sua necessária protecção,
pelo Supremo Senhor
da Antiga Nação,
uma vez que o mesmo
sentia por ela
uma especial affeição.

No entanto,
esquecia-me de dizer-lhe
que os referidos Cachorros
eram pura invenção.

A Diana de Bom Coração
saía sozinha,
e os Cachorros a seguiam
em sua imaginação.

O único que via
a malta exemplar
protecgendo a Diana,
quando ela saía
de casa para Aventuras
mirabolantes
caçar,
era o Bhima Bonzinho,
que também a seguia
com muito carinho.

Assim,
naquelle dia 24 de Outubro de 2003,
o Bhima resolvera descansar,
quomodo já lhe informei
anteriormente,
para com isso
o seu Feriado aproveitar.

Como ele estava ali
na Montanha do Divino
Espírito Santo,
aquelle seu Lugar Preferido,
mas também o Lugar Preferido
da Sábia do Sábio
e da Diana Caçadora
Praláde Valente,
o Bhima, muito prudente,
preparou-se
para descansar a mente
e, ao mesmo tempo,
bisbilhotar o que se passava
no Terreirão de Terra Batida
da Grande Vidente.

A Grande Vidente,
por certo,
penso que Você
já compreendeu
o meu relato!,
era a Sábia Väjira
do Manto Azulado,
às vezes Escarlate,
às vezes Dourado.

Entretanto,
abandonou a Ideia
de Bisbilhotice
no Terreiro da Sábia,
porque preferiu Bisbilhotar
e anotar
o entretanto de vida
que iria acontecer,
naquelle Dia,
com a Diana
de Atitudes Rompantes
Discípula da Sábia
Caçadora de Muitas Aventuras
Intrigantes Mirabolantes
em seu Longo Viver
de Mulher Viajante.

Mas, o Bhima
cuidava em descansar,
pelo menos por uns
Segundinhos,
na sua Caminha Azulada
e Flutuante,
localizada
em um ReCanto Aconchegante
de sua Vimana Brilhante.


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