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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: GRANDE FESTA BRASILEIRA - 3.1


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: GRANDE FESTA BRASILEIRA - 3.1

NEUZA MACHADO

Naquele dia, o Coro da Guarda Celestial Sem-Igual
Cantou Glórias ao Senhor Supremo,
aquele que tudo vê
e sabe das coisas e acontecimentos
que estão ainda por vir.

Naquele dia,
a Comunidade Inferior Brasileira (a Comum-Unidade do Povão Brasileiro) Estremeceu
de Pura Felicidade
com o Clamor dos Desamparados,
os quais estavam, finalmente,
recebendo a Recompensa Vital
por Tantos Annos de Espera Pela Terra Prometida.

Naquele dia, o Secularmente Anunciado
Foi Reconhecido Por Todos
e a Festa de Boas-Vindas
estendeu-se por quase uma semana.
Toneladas e toneladas de fogos-de-artifício
espocaram em milhões e milhões e milhões de luzinhas coloridas
avisando a todos,
aquelles que ali estavam de corpos presentes
agitados e felizes,
que o Salvador do País,
preanunciado há Quinhentos Annos pelo Mago Nostradamus,
agora, finalmente, estava à frente da Nação Brasileira
para elevá-la ao Panteón da Glória Universal,
e, ao mesmo tempo,
o Muito Esperado Salvador do País,
estava ali também
para retirar da Terrível Miséria Extrema
os Oiteeeeeeeenta Milhões de Miseráveis
(os Deserdados da Boa Sorte)
que, Desde Tempos Imemoriais,
Abarrotavam o País.

Invisível à Multidão
que rodeava o Palácio Governamental,
um Pensativo e Feliz Extra-Terrestre
a tudo presenciava,
por meio de sua Poderosa e Estupenda
e Incrível Luneta Mágica das Grandes Ocasiões.

O nome do Extra-Terrestre era Bhima,
e ele era o Guardião da Terra Azulinda,
pois fora retirado
(com honras e glórias)
da Grande Milícia Intergalática de seu Supremo Senhor,
pelo próprio Senhor Supremo,
para solitariamente observar e anotar
todos os acontecimentos que envolviam,
em uma época muuuito antiiiiiiga, felizmente já passada!,
os terráqueos brasileiros,
e mesmo os acontecimentos futuros,
agradáveis ou não,
grandiosíssimos ou não.

Do Alto de sua Vimana Voadora,
um Maravilhoso e Incrível Veículo Estelar,
gentilmente ofertado
pelo Supremo Senhor do Universo Sem-Fim,
Bhima deu graças ao Mesmo
por ter tido o privilégio de assistir
a mais uma Mudança nas Eras do Mundo.

Sim!, com certeza, aquele Instante Sublime,
que estava a ocorrer diante dos seus Grandes
e Luminosos e Amendoados Olhos,
era um Momento Indescritível que assinalava
uma Mudança de Era,
melhor dizendo,
da Era Moderna para a Era Pós-Moderna
(se posso, desde já,
nomear a tal Era quomodo Pós-Moderna).

Aquele País em Festa
(acrescentando também
o seu Brasileiro Povão Sofredor e Generoso)
já estava ligado ao coração de Bhima
há muito annos,
antes mesmo de sua descoberta,
por um Elo Inquebrantável
que os levaria juntos
até ao Finalzinho dos Tempos
(mesmo que, no Porvir, o tal País,
naquelle momento um País Terceiromundista,
fosse destituído de seus Valores Nacionais
por Outro Infelizmente Mais Forte Belicosamente).

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