O PODER DA PALAVRA INSULADA PARA GASTON BACHELARD - 2
NEUZA MACHADO
As narrativas lineares-prolixo-descritivas não me fascinam. Prefiro as narrativas complexas (mesmo que sejam longas). Prefiro concentrar-me no embate com as insólitas palavras insuladas que me obrigam a inúmeras retomadas reflexivo-dialéticas. Os conceitos filosóficos de Gaston Bachelard propiciaram-me o aprendizado translúcido de como transpor a “penumbra” que envolve certas palavras pertencentes à “literatura em profundidade”, comumente chamada de “Literatura-Arte”.
Eis aqui o poder da palavra para Gaston Bachelard:
“O excesso de pitoresco de uma morada pode ocultar a sua intimidade. Isso é verdade na vida; e mais ainda no devaneio. As verdadeiras casas da lembrança, as casas aonde os nossos sonhos nos conduzem, as casas ricas de um fiel onirismo, rejeitam qualquer descrição. Descrevê-las seria mandar visitá-las. Do presente pode-se talvez dizer tudo; mas do passado! A casa primordial e oniricamente definitiva deve guardar sua penumbra. Ela pertence à literatura em profundidade, isto é, à poesia, e não à literatura eloquente, que tem necessidade do romance dos outros para analisar a intimidade. Tudo o que devo dizer da casa da minha infância é justamente o que preciso para me colocar em situação de onirismo, para me situar no limiar de um devaneio em que vou repousar no meu passado”. (Gaston Bachelard)
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Há 33 minutos
Muito bom o seu blog... super interessante..
ResponderExcluirTenho um blog, e sua visita seria uma honra...
http://tecladobrasileiro.blogspot.com/
Gostaria de saber a sua opinião sobre estes textos...
Diga-me q q você acha... comeent...
Quem sabe atehh eu seja digno de ser seguido...
hihihii
um grande abraço
Rogério, obrigada por sua visita ao meu blog.
ResponderExcluirConte com minhas visitas no seu blog também.
Fico feliz por saber que um jovem como você gosta de literatura. Estarei sempre lendo seus textos.
Um grande abraço,
Neuza