PARABÉNS AO FERNANDO HADDAD, HOJE ELEITO PARA PREFEITO DA CIDADE DE SÃO PAULO
NEUZA MACHADO
Tal qual um ser em momento aflitivo, assim estive nesses dias que antecederam as eleições do segundo turno para a escolha do prefeito de São Paulo. Cheguei até este domingo de 28 de outubro, data que ficará na História do Brasil, em estado de total dependência da decisão da maioria votante dos habitantes paulistas. Desde o dia 07 de outubro, percebi-me sufocada pelas manobras opressivas dos aliados do adversário de Fernando Haddad, manobras cujos objetivos, diga-se de passagem, não visavam apenas a derrota do candidato petista, miravam, outrossim, a derrocada política do Presidente Luís Inácio Lula da Silva, o metalúrgico sem diploma universitário que “ousou” ganhar por duas vezes as eleições presidenciais. Uma “ousadia” de nordestino sem título de nobreza que jamais foi perdoada por seus elitizados adversários preconceituosos, um grupelho formado por famílias ricas que se considera – ainda – acima dos demais brasileiros; evidentemente, existem exceções, graças a Deus!
Vocês, Amigos Internautas, podem estar se perguntando: por qual motivo uma cidadã habitante do Rio de Janeiro, nascida no Estado de Minas Gerais, esperava tanto o resultado das urnas do segundo turno da eleição para prefeito da cidade de São Paulo? Por que tanta angústia por uma eleição que se situa fora de sua jurisdição eleitoral?
Conforme mencionado em outras postagens, sou mineira de nascimento, mas meu crescimento, enquanto pessoa autônoma e politicamente consciente, ocorreu no Estado do Rio de Janeiro. Assim, lá pelo início dos anos sessenta, meus pais vieram de mudança para o Rio de Janeiro, buscando melhorar a vida de seus filhos. Naquela época (e ainda hoje), os jovens mineiros não tinham nenhuma perspectiva de vida saudável nas cidadezinhas do interior, pois a ideia de um trabalho bem remunerado só seria possível se saíssem para as duas grandes metrópoles brasileiras: São Paulo ou Rio de Janeiro.
Mesmo morando no Rio de Janeiro há muitas décadas, ainda preservo muitas das tradições mineiras. Não esqueci o meu Estado de nascimento e adolescência. Continuo amando muito o meu Minas Gerais natal. Entretanto, a mudança para o Rio de Janeiro, em uma época de muito sofrimento para os brasileiros sem nenhuma renda, foi de vital importância para mim. Depois de 25 anos de poder militar no Brasil, já na primeira eleição para Presidente da República, saboreei a liberdade de poder votar com consciência política. Graças àquela mudança para o Rio de Janeiro, o livre-arbítrio de meu pai possibilitou-me ultrapassar as barreiras incomunicáveis das montanhas mineiras, onde o voto, infelizmente, ainda se pauta por pressões elitistas. Durante esses anos todos pude sentir-me livre para observar as forças desiguais dos três centros de poder interagindo em prol de seus próprios interesses: Belo Horizonte, São Paulo e Rio, os quais querem influenciar o governo federal em Brasília, a Capital da Nação brasileira.
Em Minas e, principalmente, em Belo Horizonte, a tradição e o comando das elites da Casa Grande são muito fortes ainda, haja vista que Marcio Lacerda, candidato da elite mineira, ganhou em 2008 e tornou a ganhar agora em 2012. Não importa o partido, o candidato para prefeito da principal cidade mineira precisa estar em sintonia com os interesses dos grandes senhores mineiros (e continuo acreditando que lá o voto ainda é o famigerado “voto de cabresto”). Os mineiros de Belo Horizonte ainda não se libertaram totalmente, mesmo com o Partido dos Trabalhadores ganhando as eleições em algumas cidades interioranas.
Em São Paulo – em que os candidatos prezam por aparentar força, competência e cosmopolitismo –, os eleitores, direcionados pela mídia local, geralmente, escolhem para prefeito aquele que aparenta ter as três qualidades acima citadas, qualidades indispensáveis para governar uma rica metrópole que cresceu desordenadamente.
No Rio – essa cidade que vive de acordo com as ondas, mas cujos habitantes procuram votar de forma desvinculada de ideologias dominantes, buscando eleger o candidato que melhor atenda as suas urgências –, vencerá sempre o candidato, independente de Partido político, que consiga unir em seu projeto político o ideal libertário e a garantia de resolução dos problemas que foram gerados por prefeitos anteriores. Mas, é imperioso ressaltar, a Sorte esteve, nos últimos dez anos, e está atualmente a favor do carioca, graças à proteção de Deus e ao PAC da Presidenta Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores!
Graças à intuição do Presidente Lula, indicando Haddad para concorrer à Prefeitura da cidade de São Paulo, a população carente e os trabalhadores sofridos saíram hoje vitoriosos. O dia de hoje poderá ser visto no futuro como um dia de glória para a camada mais pobre da população paulista. E a vitória de Fernando Haddad beneficiará amplamente o Estado de São Paulo, com reflexos positivos para todo o território brasileiro.
Salve Haddad, sábio-trabalhador, parceiro político de Lula e de Dilma, hoje eleito prefeito para a alegria dos habitantes pobres da maior metrópole do Brasil!
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