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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - EM RENOVADO ENTITANTINO, EIS O SER E O SEU DESTINO - 22


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - EM RENOVADO ENTITANTINO, EIS O SER E O SEU DESTINO - 22

NEUZA MACHADO

Mas o Dicto Desmoronado
Da Estrutura da Nação,
Já Estava Be
m Riscado
Naquelle Abril do Acordão.

Os Cinco Annos Prometidos
A Valer Por Uns Cinquenta,
Embromou o Sem-Vestido
Com Sancta Promessa Benta.

E a História da Grande Glória
Da Construção de Brasília,
Será Por Certo! Notória
– Isto Afirma a Boa Filha! –

A Glória Muito Ajudou
Aos Jaiões da Gran Nação,
Mas o Povinho Ficou
Com a Escudela na Mão.

Os Cinco Annos Traçados
Nos Planos do Gran Jaião,
Com Edital Bem Lançado
Naquelle Anno Brilhão,

Com o Projecto Bem Bolado
Pelo Lúcio, o Vencedor,
As Construções do Assinado
Obtiveram Valor...

E o Costa Foi Laureado
Quomodo Gran Construtor,
Seu Projecto Admirado
No Mundo Superior...

E Outros Jaiões Gloriosos
Brilharam na Construção,
Todos Ficaram Famosos,
Cada Um Com Seu Galão...

E do Lado, Separada
Da Cidade-Capital,
Uma Aldeia Foi Fundada
Para o Pobre Espectral...

Separação Consentida
Pelo Ingênuo-Povão,
Sem Saber Que a Dura Lida,
No Trabalho-Construção,

Era Matéria Perdida
Para os Chamados "Sem-Pão",
A Brasília, Construída
Com o Suor do Peão,

Só Deu Glória Instituída
E Um Grande Dinheirão
À Elite Convencida
Descendente de Patrão.

Em 21 de Abril
De Um Anno Muito Encrencão,
O Sessenta, Mui Senil!,
Do Vinte, Sem-Direção!,

O Mundo Inteiro Assistiu,
Com Desmedid’Atenção!,
No Centro do Gran Brasil,
A Festa-Inauguração

De Brasília-Camelote,
Com o “Rei” e Seu Chapéu,
Na Ágora, o Povarote
(O Pobre Povo Sem-Véu).

No Trono, o da Grande Sorte
De Ter Anjo-Protector
Defendendo o Camarote
De Um Eleito do Senhor.

O Pobrinho do Nordeste
Se’Aclimatou em Brasília,
Para a Cidade-Satélite,
O Pobre Levou a Família...

E o Palácio do Catete,
No Bell Rio de Janeiro,
Perdeu o Gran Minarete
De Alcácer Mui Altaneiro...

O Rio Perdeu o Grado
Do Comando Brasileiro,
E o Povão Ensolarado
Se’Encolheu Em Seu Viveiro...

Foi Este o Desmoronado
Da Estrutura da Nação:
Pois o Grande Passo Dado,
A Grande Transformação,

Trasladando o Gran Reinado
Para o Centro do Torrão,
Remexeu Com o Mal-Formado,
Já Nascido Capengão

(O Terral Especulado
Pelo Senhor-Colonão),
Pois o Tempo Gloriado
(Os Cinco da Construção),

Deixou o Bolso Furado,
O Bolso da Gra’Nação,
E o Pobrizim Mal-Amado,
Sem a Dicta Redenção,

Se Finou Com o Mui Minguado
Salário da Ocasião,
E o Mais-Pobrim, Renegado,
Foi Jogado no Lixão.

O Ápice de Um Gloriado
Sem Muita Sustentação
Desmorona, Endividado,
A Pressionar o Povão.

“Pois a História do Ser,
Do Ser Será o Destino”,
Já Dizia Heidegger,
O Filósofo Entitantino.

“A História do Dicto Ser,
Significando Destino”,
“Destinou” o Acontecer
Da Glória de Juscelino.

E o “Destinado” Se Viu
Em Meio às Transformações,
Naquelle Dia de Abril
Das Maravilhosas Visões.

De Acordo Com o Sentido
Da Dádiva a Ser Pensada,
O Sonho Foi Bem Movido
Para a Glória Destinada.

Cada Acto do Escolhido
Para a Tal Transformação
Permaneceu, Bem Nutrido!,
Na História da Nação.

A Criação de Brasília,
Mesmo Com o Tal’Estrondado,
Autenticou a Planilha
Para Um Novo Eleitorado,

Que Surgiria Depois
Do Sonho Realizado,
Vencendo Um Período Atroz
Que Será Sempre Lembrado.

Aquelle Foi o Alimento
Que Sustentou o Brasil
Durante o Tempo Cruento
Que Veio Logo no Tril.

Mas o Período, Depois,
Já Passou! – Um Furacão! –,
Governança de Algoz
Do Tempo da Inquisição,

Já Não Manda Mais na Gente
Deste Grande Brasilzão:
Agora, o Povo ’Stá Contente
Com a Nova Direção.

E Neste 2011,
Do Onze, Um 25,
A do Narrar Verde-Bronze,
Destravando o Veiro Trinco

Do Gran Pensar Coerente,
Com Muita Satisfação!,
Agradece o Bell Presente
Do Filósofo Alemão.

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