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domingo, 17 de maio de 2009

AS AVENTURAS DE CIRCE IRINÉIA

NEUZA MACHADO


AS AVENTURAS DE CIRCE IRINÉIA
NEUZA MACHADO
(Início: 25 de novembro de 2005)






(Foto de Rogel Samuel)


I

A PORTA DO MISTÉRIO

No Anno da Graça de 2005,
era um 25 de novembro espetacular,
fazia um calor de inquietar,
e Circe Irinéia viu uma porta,
um pouco torta,
uma porta meio infinita,
uma porta bonita,
uma porta esquisita,
e Circe Irinéia quis por ela passar,
pela porta fechada,
bem trancada,
impedindo a um qualquer humano destravar,
momentaneamente,
diferentemente,
casualmente,
impedindo-a de o infinito alcançar,
uma porta bendita
interinfinita
que ficava em algum lugar escondido,
perdido,
esquecido,
um pouco difícil de se encontrar:
um lugar destemido de Bom Sonhar.

No Anno da Graça de 2005,
início de noite de uma sexta-feira sem-par,
uma noite de arrepiar!,
uma noite de luar,
a Lua Cheia no Céu a passear,
fazia um calor de suar,
e o Sagitário Centauro estava a comandar
o horóscopo solar
de Circe Irinéia,
a Pensante Plebéia.

E foi nesse dia,
de muita magia,
de Estrela-Guia,
que a Circe Maria
viu uma porta ondeante
ante seus olhos, brilhante!,
uma porta de espantar!,
de muito sarapintar!,
e, sem pestanejar,
sem imaginar
o provável poder do azar,
a Circe Esquisita
quis por ela passar,
pois era uma porta bendita,
meio interdita,
localizada no cogito infinito do repensar,
e Circe Aquarela
Muito Amarela,
às vezes, Barrela,
de cor simples, singela,
corzinha aguada,
cenrada,
coada,
um tanto decoada,
querendo, animada,
ser Dourad’Afamada,
quis através dela
o outro extremo alcançar,
de certo, airosa!,
garbosa e honrosa,
mui curiosa,
imaginosa,
por ver, ansiosa,
desejosa,
o lado oculto,
jamais estulto!,
do Bom Sonhar.

No Anno da Graça de 2005,
um final de novembro estelar,
naquela noite de arrepiar,
Circe Irinéia viu a Grande Porta Inter-Infinita
do Bello Narrar
flutuar
ante seus olhos do Imaginar,
e quis por ela passar!


II

INVOCAÇÃO A JANO ANCESTRAL
PARA A OBTENÇÃO DE UM NARRAR SEM-IGUAL
GLORIFICADOR DO BRASIL IMORTAL

Naquele Anno da Graça de 2005,
no final de seu transitar,
já era um novembro de um calor de assustar
no Brasil Exemplar,
e Circe Irinéia quis o Mistério alcançar,
mas a Porta Infinita,
uma porta bendita,
muito bonita!,
a impedia de o outro lado mirar.

E foi então que, com sincera intenção,
Circe Irinéia
da Neo-Idéia
o auxílio pediu a um deus bem bonitão,
o deus latino da iniciação,
o Jano Romano de Bom Coração.
E a voz de Circe Irinéia
Pensante Plebéia
ecoou na amplidão:

Oh! Jano Imortal!
Senhor da Chave do Segredo da Porta Central,
localizada no Espaço Sideral
de Matéria Invernal,
separando o Além do Aquém Atual,
permita qu’eu conheça o Mistério Ideal
de quomodo passar per o Grande Portal
e, depois, retornar ao Mundo Vital,
quomodo o fez o Dante, aquele Cantor Maioral
da Idade Média Guerreira, momento medieval,
para qu’eu possa a todos contar
(e, quiçá, encantar!)
as minhas aventuras vividas no Mundo Irreal.

E quomodo fosse um trovejar de canhão
uma voz sonorosa ecoou na amplidão
e Circe Irinéia da Nova Canção,
com muita emoção!,
do deus romano recebeu permissão
para no Mundo da Luz passear com paixão,
além de encontrar no trajeto estelar
alguns mitos de agora e alguns mitos de então
e muitos outros que em breve virão.
E, para que, ela,
singela,
não perdesse o fio do trilho da suprema razão,
permitiu, também,
periódicos retornos ao Mundo Cristão.

Oh! Circe Irinéia!,
perspicaz plebéia!,
pela Porta do Além
e também do Aquém
de Jano Romano do Amor e do Bem
você pode passar
e, depois, retornar!
Não a impedirei de contar
e encantar
o que viu
ou presumiu,
antecipadamente,
muito contente!,
em seu caminhar.
Busque em seus sonhos risonhos,
às vezes, medonhos,
nunca tristonhos!,
o melhor jeito de o narrar formatar.

Depois do aval
sensacional
do Neo-Guardião de natureza imortal,
Circe Irinéia da Nova Canção,
no final de novembro do anno em questão,
o 2005 de muita tensão,
de políticos maracoteiros de muita armação,
seu pessoal anno sete de contemplação,
com emoção!,
ela destrancou o Trinco do Mistério em Ação,
chamado por muitos de Trinco da Porta da Grande Ascensão,
aquela que dá acesso à Revelação.


III

DEDICATÓRIA AO GOVERNANTE ATUAL
QUE PASSA POR UM MOMENTO RADICAL
EMARANHADO NAS TEIAS DE POLÍTICOS
INTRIGANTES QUE QUEREM SEU MAL

Mas, esta história que quero contar,
por pertencer a um Gênero do Antigo Narrar,
do passado dos gregos e dos romanos de então,
necessita por certo de total proteção,
a proteção de um homem exemplar
e de boa intenção.
E per a razão de meu cogitar,
ao Luís Ignácio do Pernambucano Rincão,
atual Chefe de minha Nação,
fenomenal governante,
Presidente Presente de meu Brasil Triunfante,
a ele, em primeiro lugar,
esta nova estória vou dedicar.
E por ser ele um homem cristão,
nascido e criado em meio ao povão,
pernambucano ou mineiro ou paulista de ação,
quomodo Governante Presente
de meu Chão Resistente,
certamente!,
não se importará
e acredito! permitirá
que, ao meu Povo Brasileiro da Serra e do Mar,
do Oiapoque ao Chuí e do Grande Sertão,
esta dedicatória
com glória
também chegará.

Então, quomodo estava a contar,
esperando que a dedicatória não se perca no ar,
para você, óh! Luís!, e para o meu Povo Exemplar,
e para o povo global que vive a sonhar,
As Aventuras de Circe Irinéia do Insólito Narrar,
uma parenta arredia
de Odisséia Maria,
desejo tramar.

Assim, óh! Luís! Óh! Meu Povo Exemplar!,
naquele novembro da graça de 2005,
uma data para se lembrar,
Circe Irinéia viu um trinco
de Porta Espetacular,
uma Porta esquisita
transinfinita
a flutuar,
uma Porta Bendita,
uma Porta Bonita,
e quis por ela passar.
Entretanto,
que glorioso espanto!,
óh anosa exigência para um Novo Canto!,
para passar
na tal Porta Singular,
uma Invocação diferente,
ao deus do Portal Imponente,
ela foi implorar:
o Jano Romano, um deus milenar.

Naquele anno da graça de 2005,
com o auxílio de Jano Comandante
do Diferente Ausente Neant,
o Chaveiro Inflamante,
o tal precioso Trinco Intrigante
ela pode destrancar.
Mas, antes de iniciar a empreitada
per a Estrada Dourada,
espiralada,
que ficava do Lado de Lá,
a Circe Irinéia
revolveu sua idéia,
buscou a razão
e, com muita emoção!,
a narrativa bonita
que ia sair de sua mente irrestrita,
resolveu que a Bendita
seria ofertada,
com muita florada,
a você, óh! Luís!,
Presidente Presente de minha Nação,
mesmo sabendo, muito atilada,
que uma emboscada danada,
seus inimigos ocultos da outra fachada
estarão preparando, para você, óh! Luís!,
ao longo da estrada,
a distribuir maletões-mensalões
aos amigos e imigos de sua Morada.


IV

A TRAVESSIA SINGULAR

Naquele final de novembro de 2005,
Circe Irinéia da Diferente Idéia,
de alcatéia,
atravessou a tal Porta Inter-Infinita,
a tal Porta Bonita,
e, de lá, ela pode pensar
e repensar
na melhor forma de o narrar formatar,
para, depois, no futuro,
um futuro sem-muro,
com sincero expressar,
as suas aventuras seguras,
ao povo do Brasil Varonil de Belezas-Mil,
de Belezas Sem-Par!,
e aos povos do Mundo Rotundo
Praláde Profundo!
pudesse contar,
e aos netos e netas pudesse encantar.

E foi assim, tim-tim-por-tim-tim,
com pingos nos iis,
sem-firim-sem-fim-fim,
a tal travessia sem-guia,
tão singular!,
travessia sem-par:
Circe Irinéia da Conceptíssima Idéia,
em primeiro lugar,
movimentou, bem discreta!,
a chave correta
com o seu repensar.
Circe Irinéia pensou e repensou,
e a fórmula secreta
da chave e da trave
ela achou.
Para abrir a tal Porta,
por certo! Bendita,
ela necessitou, bem aflita!,
de inventar uma parlação bem bonita.
E esta era a invocação de Circe Esquisita:

Oh! Chave de Ouro de Jano Imortal!
Que vou girar no contrário estelar,
Abre, para mim, o Portal Sem-Igual,
Para qu’eu possa neste meu neo-cantar,
Aventuras viver, numa forma legal,
E, depois, ao meu Mundo Rotundo voltar,
E com certa certeza informal,
Aos Leitores Futuros,
De um Futuro-Sem-Muro
Vou contar e encantar.

E Circe girou a Chave Brilhante
na grande fechadura rangente, instigante,
e ouviu um barulho intrigante
de porta se abrir,
e sem mesmo imaginar o incerto porvir,
a Circe Irinéia da Conceptíssima Idéia
já estava andando imprudente,
mas por certo segura e contente,
por uma tortuosa viela,
sem guia e sem lente!,
praláde escura.

A Circe andava muito enlevada
na estrada escura e espiralada;
ouvia ruídos e sonata estrilada;
caminhava sem ver a beleza buscada,
pois era noite instigante,
de fato brilhante!,
naquela terra sonhada;
mas a Circe sabia que a madrugad’ansiada
estava por vir muitíssimo animada,
e que um’aventura segura
esperava por ela na curva da estrada.


V

E CIRCE SE DEPARA COM A PRIMEIRA AVENTURA

Depois de atravessar o Portal Sem-Igual,
e sair da viela, escura e sem sol,
a Circe foi andando e pensando,
distraída e informal,
pela Estrada de Sonho
de um País Maioral,
um País Bem Risonho
repleto de cores e desenho floral,
um País diferente
de gente influente,
que ficava no Plano Instigante
Insólito e Insano de seu cogitar,
porém, felizmente,
do outro distante,
o Terráqueo Vital,
multicheio de ódio,
transbordante de mal,
sem boa-sorte,
repleto de morte
e constante de azar,
com guerras inflamantes
e disputas constantes
na terra e no ar.

E um clarão se abriu
no céu cor de anil
de madrugad’ansiada
e uma luz magistral
de belez’anormal
iluminou a Estrada
espiralada e alada
de aura irreal,
com efeitos brilhantes
de tela pintada.

A tal Estrada Catita,
InterInfinita,
era uma Estrada Bendita,
e uma Aventura Bonita
esperava pela Circe Irinéia,
a Andante Esquisita,
numa Mata Fechada,
cheiííínha de árvores e muita florada,
com uma paisagem incomum de tonalidade mesclada,
onde os pássaros cantavam
e os animais se amavam
e um tapete de flores cobria a Estrada
com agradáveis odores.
E a luz refletida nos pingos de orvalho,
orvalho da noite que o dia precede,
sobre as folhas tão verdes da Mata Sagrada parecia,
aos olhos de Circe Irinéia DeMente da Idéia,
a outra face persona de Odisséia Maria,
pedrinhas preciosas
em rede, fermosas,
ditosas,
aplicadas nas folhas brilhosas,
airosas,
das flores-amores da chamada ninféia,
e nas árvores singelas,
tão belas,
da flor azaléia;
e caminhando
e cantando,
às vezes chorando,
a Circe Irinéia da DeMente Idéia
se viu bem defronte ao Castelo da Fada Meméia,
ou Vênus Madrinha da Poderosa Via,
a Suprema Consorte do Rei Sol Quirón Malaquia,
o qual, àquela hora do dia,
mineral,
sideral,
estava viajando pelo Espaço Estelar
Sem-Igual,
fermoso e garboso,
com um manto vistoso,
um manto real
costurado em Dakar,
de Yves Laurent Costureiro Famoso,
montado nas costas cheias de magia
de uma Estrela-Guia,
em direção à Montanha Sagrada de Santa Luzia,
acompanhado e escoltado por Joãozinho e Maria,
os meninos andantes da estória-magia,
fugidos que foram da Velha Sandia,
agora, felizes,
sem grades ou crises,
viviam na Estrada
Praláde Dourada,
protegendo os viajores
da razão desertores
de qualquer enrascada,
vivendo os dois, o Joãozinho e a Maria,
de brisa nortada
e muita alegria,
repletos de amores.


VI

SEGUNDA PARTE DA PRIMEIRA AVENTURA

A Circe, feliz,
se viu na entrada do Castelo
Tão Belo
da Rainha-Fada,
a Fada-Madrinha,
a Idéia Luzia de Cabeça Enfeitada
com lacinhos de fita prateada e rosada,
a Madrinha Boazinha, um tanto avoada,
mas que, com maternal afeto
e ralhar discreto,
protegia a afilhada
perdida na Estrada
de qualquer enrascada,
oferecendo-lhe guarida pedida
e café com torrada,
além do conforto de uma tranqüila madrugada,
dormindo ao som da canção inspirada
de Roberto Cantor de Idade Avançada,
cantando, tão terno!, a música sagrada,
transbordando emoções na voz afinada,
e que saía do rádio que ficava na entrada
do Castelo Tão Belo de Aparência Dourada,
e se espalhava alada
em cantochona toada,
dolente e baixinha, a ninar a afilhada,
para um outro dia feliz de manhã animada,
com aventuras-mil ao longo da Estrada.

E a Circe se viu ali tão cansada!,
pois caminhara flutuando naquela mágica estrada,
mágica estrada de noite cerrada,
que as mãos da Rainha beijou, encantada!,
pois, por certo!, sabia que um teto teria,
da madrugada pro dia,
e, depois, na Estrada da Insólita Passada,
a andar estaria,
feliz e enlevada
e um tantinho avoada,
do racional inclemente,
das guerras tenebrosas
e dos maldizentes,
influentes,
bem afastada.

E a madrugada, por certo!,
no Castelo deserto,
foi diferente.
Os ruídos da noite se tornaram embalantes
na dormideira dormente
de sonhos gigantes,
e a Circe Irinéia flutuava em seu sono,
duplamente sonhando com aventuras sem dono,
estórias saídas de embornal virginal,
sem uma gota sequer de influência fatal,
pois seus sonhos estranhos,
muitas vezes medonhos,
não saíam, jamais!, da forma vital.

Aquele, insistente!,
que aquel’hora ausente
povoava sua mente,
era, por certo!, bem diferente.
A Circe caminhava,
de novo na Estrada,
à procura do Nada,
tão diferente do Tudo que agita a moçada.
Estava ela na Estrada,
Estrada Sonhada,
a procurar o tal Nada,
repleto que era de palavra cifrada,
quando, de repente,
bem à sua frente
apareceu, simplesmente,
uma figura engraçada.
Era o Sapim Querubim da Princesa Rosada,
pedindo a Circe Irinéia, com voz embargada,
que o livrasse depressa, num zás-trás de nortada,
da magia vazia da Bruxa Malvada,
que o transformara num sapo de beira-de-estrada,
tão longe dos seus, também da Amada,
sem a coroa de Príncipe e sem Propriedade Selada.


VII

TERCEIRA PARTE DA PRIMEIRA AVENTURA

O Principim Coroado
da Principesa Rosada
fora amaldiçoado
pela Bruxa Malvada
e obrigado, coitado!,
quomodo ordinário Sapim Arruinado,
sem secretário-soldado,
soldado animado,
a perambular pela Estrada,
esmolambado,
a sonhar com a Amada,
no Castelinho da Fera, com certeza!, trancada.

A Bruxazinha Malvada,
muito apaixonada,
apaixonada que estava pelo Principesco Fermoso
da Estoriazinha de Fada,
não quis aceitar o desamor sem valor
e o horror multicor
do Principim Querubim de Facezinha Corada.
E transformou seu Amor,
o Príncipe Senhor da Florestazinha Encantada!,
num Sapim Bem Feim de Beirada de Estrada,
a coaxar tristemente
cantiga dolente
de almazinha penada,
e a vagar sem destino,
um peregrino girino
em total desatino
a buscar sua Amada.

O Príncipe amava
a Princesinha Donzela,
que, longe, habitava
o Castelinho da Fera.
E a Fera guardava
a Portazinha de Entrada,
a mando da Bruxazinha da Estória Contada,
prisioneira que era
de terrível cilada,
cilada atilada
bem preparada
com feitiçaria falada,
bem declamada
e muito ensaiada
pela Bruxazinha Malvada.
E a Bella suspirava
cantava e encantava,
por certo enlevada,
pensando em seu Bello
a cavalgar pela Estrada,
no Jardim do Castelo
da Ferazinha Amansada,
sem saber que o Amadim
estava enroladim
nas mandingas inimigas
de horrendas parlendas
da Bruxazinha Malvada.

E a aventura da Circe,
nesta sonolência engraçada,
consistia em beijar
o Feioso Sapim da Beira da Estrada.
Ela beijou o Sapinho,
com mui amor e carinho,
transformando o Sagaz
em um Bello Rapaz.
Depois, caminharam,
cantando e dançando,
e os dias passaram,
e as noites voaram,
e a Circe Irinéia no sonho vagando.
E a Circe, sonhando!
Depois, em seu sonho, duplamente sem-fim!,
bem bonitim, sem-firim-sem-fim-fim,
com muito festim!,
a Circe enviou o Principe Sapim,
em um zás-trás de nortada!,
ventarola dourada,
para os braços gentis da Princesa Rosada,
que, há muuuito!, esperava
o Príncipe Valente da Estória de Fada,
para tirá-la, com glória,
da tal velha estória,
muito contente!,
livrando-a, assim, das garras inglórias
da Fera Demente.

Foi este o desfecho d’aventura sonhada.
Aventura no sonho da Circe Afamada,
que dormia, singela!, por certo! encantada!,
no Castelo Tão Bello da Rainha-Fada,
a Vênus Madrinha do Narrar Enrolado,
ouvindo os ruídos que a embalavam
e ninavam
na madrugada dourada,
no plano pomposo do Ativado Repouso,
transbordante de signos e muito animado.


VIII

E CIRCE SE LEVANTA PARA O CAFÉ DA MANHÃ

Depois do instigante sonho,
sonho reanimado no diferente Sonhado,
com o Sapinho Feioso,
anteriormente, Fermoso,
um Príncipe muito Valente;
no Glorioso Passado,
um Príncipe Praláde de Influente,
um destemido, um ousado
que fora amaldiçoado
por uma Bruxa Demente,
por ver seu amor recusado,
a Circe se pôs a pensar,
remexendo o cogitar:
por que a estória de fada,
de seu tempo de criança,
entrou, sem pedir licença,
com pressa e sem detença,
na sua primeira aventura
de um Sonho de Incomum Andança,
após a incrível loucura
pelo Portal Sem-Igual?
E repetindo a questão,
por certo!, bem insistente,
a Circe, com lentidão,
foi refazendo o refrão:
Por que a história do Sapo
foi a sua primeir’aventura,
depois da incomum passada
pelo Portal Sem-Cesura?,
perguntou-se intensamente
a Circe Remotivada,
repleta de suave ternura
e muito et cetera e tal.
E com os pensamentos rolando
em sua mente ativada,
a Circe se levantou
daquela caminh’alada,
cedida, com muito agrado,
por Vênus Madrinha Fada
e a manhã a saudou, com louvor,
naquela Terra Sonhada,
e o Carro de Apolo Cantor
já passava em disparada
pelos domínios do Quirão,
um Rei forte e bonitão!,
o Fermoso Malaquia,
marido da Rainha-Fada,
a Idéia Lúcia Luzia
da Longa Cabeleir’Alada,
uma cabeleira indomada,
com lacinhos, muit’ornada!,
lacinhos bem bonitinhos
de fitinha prateada,
que àquela hora do dia,
o Fermoso Malaquia,
montado em uma Estrela-Guia,
viajava para o Norte,
conduzindo um rebanho de nuvens de alto porte,
umas nuvenzinhas brilhantes,
branquinhas, reverberantes,
em direção ao Santo Monte
avistado no horizonte,
o Monte de Santa Luzia,
local de antiga confraria da dita Fada Consorte,
a Vênus Idéia Luzia
da Santa Luzia afilhada,
ou Idéia Lúcia Maria de Cabeça Coroada.

Por que a Estória Simplória
do Príncipe tão Bello e tão Guapo,
que fora amaldiçoado pela Bruxa do Cerrado,
que o transformara em um Sapo
que jamais seri’amado,
se o mesmo não fosse beijado
por sua Princes’Amada,
aquela qu’estava trancada,
trancada e bem vigiada
por grande e terrível Fera,
no Palácio da Quimera,
fora a primeira aventura,
aventura bem segura,
de sua nova caminhada?,
perguntou-se a Circe Alada,
três vezes!, remotivada,
depois da grande passada
pela Portaria Sonhada,
graças ao aval imortal
de Jano Patulcial
Demiurgo do Portal.


IX

E CIRCE SE DEPARA COM A SEGUNDA AVENTURA

E sem resposta condizente
para uma pergunta real,
a Circe se levantou, diligente,
daquela caminh’astral,
tratou de escovar os dentes
com dentifrício bucal,
despiu-se da camisola florida,
a promotora querida
de sonho transcendental,
e se lavou, bem contente,
com sabonete floral
transparente,
na banheira de água quente
do Palácio divinal
de sua madrinha influente,
a Vênus Fenomenal,
vestiu novas vestes de sonhos
de natureza irreal,
sonhos dentro de sonhos em sentido vertical,
pois estava, certamente,
longe do plano vital,
o da massa consistente
de exigência formal,
do tempo que vai passando
numa linha horizontal,
e os humanos, todos, levando
para um momento final,
sem sonhos, sem esperança
de vida com muita bonança
e sem Paz Universal.

E com os signos rolando
em seu repouso ativado,
a Circe foi caminhando
ao longo de um corredor brilhante,
corredor todo enfeitado,
para o café confortante,
que fora bem preparado
pelo Cozinheiro Gigante
do Castelinho da Fada,
aquela Vênus-Madrinha
do princípio da jornada,
que a abrigara com desvelo
de Mãe Muito Preocupada
com o bem-estar da Filhinha
em sua Nova Passada.

A mesa do desjejum
— com iguaria incomum —
estava bem arrumada
e numa sala iluminada
esperando pela Circe
De Mente Revigorada
para a Dita Caminhada.

A mesa estava repleta
de iguarias de Fada:
docinhos do céu dançavam
uma influente toada,
e alguns pãezinhos-de-mel
recebiam a convidada,
o cafezinho pretinho
e a saborosa coalhada
reverenciavam a Circezinha,
agora muito animada,
desejosa de um café
que a tornasse vigorada,
para andar em linha reta
em sua seguinte jornada.

E foi, ali, bem ali,
na salazinha incomum
da Magnífica Pousada,
saleta de desjejum,
muito bella e abastada,
em uma manhã mui dourada,
pelo Sol iluminada,
com os seus raios ígneos de ouro
entrando pela sacada,
ofertando aos protegidos
de Mentis Revigorada
um precioso tesoiro
de palavras nomeadas,
que surgiam e ressurgiam,
quomodo movente estoiro
de oitocentas boiadas,
que a Circe Irinéia Maria
da Gloriosa Passada,
a Vagamundos Sem-Guia,
a Viajante’Atilada,
e para não perder a costura
desta narrativa enrolada,
foi bem ali, bem segura!,
que a Circe da Port’Alada
viu uma estranha criatura,
e se deparou, abismada!,
com a sua Segund’Aventura.


X

A SEGUNDA AVENTURA DE CIRCE

E Circe se deparou com a sua Segund’Aventura,
pois, em um cantinho da sala,
carregando grande mala,
estava uma estranha criatura,
dizendo, a já predita figura,
que a mala era dela,
da Circe Multi’ Aquarela,
mandada, com mui ternura
e também com muito amor,
por seu Senhor Protector,
o Jano Multi’Esplendor,
um deus fenomenal,
deveras sensacional,
o qual enviava nela,
à Circe Multicolor
ou Circe Muito Singela,
u’a maleta real,
com letras de autêntico valor
provindas de Portugal,
e juntamente com ela,
a tal maleta’esplendor,
o Jano Patulcial
do Grandioso Portal,
enviava à Circezinh’Aquarela
afeto incondicional.

A estranha criatura
saíra do plano considerado real
das Estórias ditas de Fadas
do Sonho em Espiral,
pois a Circe Fermosura
andava, muito bem segura,
no Imaginário-Em-Aberto,
em sua segunda aventura,
fenomenal e irreal,
na Estrada tortuosa,
considerada enganosa,
mas, por certo!, gloriosa!,
do Mundo dito Anormal,
onde alguns duendes famosos
a espreitavam, curiosos,
e, entre si, dialogavam,
todos eles ansiosos
por um dedinho de prosa
com a Circezinha Fermosa,
a protegida querida
do Jano Muito Influente,
o demiurgo do Portal,
aquele Portal diferente
que separa a humanidade
repleta de racionalidade
do Mundo Extra-Vital.

Entretanto e entre tanto,
para não perder o fio
desta narrativa irreal,
o preclaro desafio
deste cantar matinal
é para dizer que em um cantinho
daquela salet’astral,
um pouquinho escondidinho,
estava uma figurinha,
o anãozinho Ruivinho
da Princesinha Clarinha
da Estória Mundial,
aquela estória singela
da Fada-Bruxa Magrela,
uma Bruxa cheia de mal,
que mandou a enteada
para a Floresta’Encantada,
para ficar, a Malvada,
com o Reino da Nomeada,
enquanto a menina inocente,
sozinha e abandonada,
mas, com certeza!, Valente,
vagava em Mato’Inclemente,
sem apoio, sem pousada.

No entanto, a Fada-Madrinha
da gentil menininha
enviou-lhe os anõezinhos,
os miudinhos bonzinhos,
quomodo bons protectores,
livrando-a de dissabores,
ao longo da caminhada
na Florestazinha’Encantada,
e que, no final dos horrores
e da maldad’inventada,
estaria com seu Príncipe
muito’amada e bem casada.

E eis que um dos tais anões
da tal Estoriazinha de Fada
estava, no tal momento
do desjejum da Circezinh’Atilada,
carregando a grande mala
de Jano Janiculento,
o demiurgo do alento
para Nova Caminhada,
e dizendo à Circe Bella
que a mala era dela,
repleta de amor e vento.


XI

SEGUNDA PARTE DA SEGUNDA AVENTURA DE CIRCE

A Circezinh’Aquarela,
às vezes de cor singela,
agradeceu o presente,
o presente diferente
de Jano Janiculente
(a cidade de Janícula,
do antigo Bell’Ocidente,
de uma região bell vinícola
da Itália Florescente,
foi fundada pelo Jano,
um deus do altar romano,
nos idos de antigamente)
e convidou o Ruivinho,
aquele gentil anãozinho,
para o café matinal,
que já estava bem servido
em mesa monumental
pelo garçom preferido
de sua Madrinha’Astral,
a Vênus do Longo Vestido
Esvoaçante Floral,
que desde o seis de novembro
do Astral Ocidental
(no anno 2005 intrigante
de politiqueiro imoral,
politiqueiro implicante
sem um pingo de moral,
cheio de inveja’inflamante
do aplaudido Comandante
que, no momento, comanda
este Brasilzão Imperante
Sul América Tropical),
o ano vigésimo quinto
do ciclo solar atual,
da Lua Novidadeira
quomodo regente anual,
estava a visitar, a Faceira,
na Terra Sul Ocidental
de Beleza Sem-Igual
(o dito Brasil Maioral),
a Casa de Valor Real
de Capricórnio Influente,
um signo bem racional,
mas que, de vez em quando, a Vidente,
a Lua Cheia Sazonal,
por ser deusa influente,
se metamorfoseia diligente,
sendo vista, incontinenti,
no seu Palácio Real,
que fica além do Gran Monte,
Monte de Belo Horizonte,
separando no Bifronte
o Plano Vital do Irreal.

Mas, continuando a aventura,
a estranha criatura
aceitou lanchar com a Bella,
chamada Circ’Isabella,
às vezes Circ’Irinéia da Prodigiosa Idéia,
idéia além do normal,
que a instigava a viajar
nos Grandiosos Sonhos
do Plano Fenomenal,
sonhos muito risonhos,
distantes do seu real,
o perigoso Mundinho,
Realidade Global,
o Terráqueo Miudinho
do Espaço Sideral,
que seria Bonitinho
e cheio de Seiva Vital,
se não fosse um Inferninho
Repleto de Guerra e Mal,
e se alguns Governantes Atuantes
de Países Maiorais
não propagassem, incessantes!,
as labaredas fatais,
o fogo de guerras quentes,
que mata povos inocentes
em confrontos desiguais,
por incompetências regentes
de tiranias ilegais,
as quais vão levando à frente
as suas ambições tão fatais.

E a segund’aventura
de Circe Muito Louçã
foi lanchar com a criatura,
a tal criatur’anã,
saída das páginas sem censuras
dos Contos de Mil Finais
para o cordel de belezuras
de uma simples cidadã,
nascida nas Minas Gerais,
que, naquela bell manhã,
repleta da magia vazia
provinda dos ancestrais,
encaminhou a Circezinha
para um lanche sem-igual,
ao lado do anãozinho
da História Universal
de Natureza Imortal.


XII

TERCEIRA PARTE DA SEGUNDA AVENTURA DE CIRCE

E ocorreram fatos estranhos
ao longo da tal jornada,
pois muitos duendes risonhos,
saídos de bellos sonhos,
vieram cumprimentar e enlevar
a dita homenageada,
trazendo potes de mel
de uma Fazenda Encantada,
os súditos do tal anão
que sorria, bonachão!,
e tonéis de leite puro,
provindos do Sítio Seguro,
leite da vacaria
da tal Fazenda em questão,
cujo dono, lh’asseguro!,
era o Jano da Portada,
ou Jano Paltuciano,
o demiurgo romano,
um rico italiano
de linhagem abastada.

Mas outros fatos ocorreram
ao longo da matinada,
pois eles se colocaram ao lado
da honrada convidada
para o lanche da manhã,
na longa mesinha da fada,
daquela fada-madrinha
do princípio da jornada,
felizes ao lado da Bella,
a dita Circe Isabella
que atravessara a Portada
e fora caminhar imprudente
no setor tão diferente
daquela Estradinh’Alada
e avistara o Castelinho
da vistosa Rainha-Fada,
a Idéia Luzidia
ou Vênus Lúcia Luzia
da Vestimenta Dourada,
e entrou num sonho lindo,
por certo! muito bem-vindo!,
onde príncipes e anões
de reinos além do Nada
saiam dos sacolões
da Matéria Encantada
para o lanche da manhã
de uma brasileir’atilada,
que resolvera caminhar
em Estrada Interditada.

E os duendes se sentaram
junto de Circe Irinéia,
para o café matinal
de fartura sem-igual,
repleto de pãozinho e geléia
de sabor fenomenal,
mas, antes do ritual,
em agradecimento, rezaram
uma oração divinal,
pedindo ao Deus Principal,
além de grande proteção,
muita saúde eternal,
e um dinheirim suadim
para a comprinha do sal.

E outros fatos ocorreram
na manhã ensolarada,
pois na tal mesa, brilhantes,
repleta de café com torrada,
viam-se pares interessantes
de casadinhos dançantes
feitos de mel e cocada
e uma revoada engraçada
de leves beijinhos-de-coco,
intrigantes,
arruaceiros inflamantes,
buscando sem muito esforço
o estômago da Circ’Alada
e outros quitutes divinos
a tentar a convidada,
e chás preciosos da Índia
e do Ceilão Mui Encantado
se exibiam para a Circe
em forma de procissão,
e os bules lá da Bohêmia
ferviam de agitação,
em volteios sensuais
e muita animação,
e os queijos de Minas Gerais
e outras delícias tais
a compor a animação,
e o cozinheiro faceiro
do Castelinho Encantado
fazendo vênia per a Circe,
que estava, há muitos dias,
em um regime forçado,
e, entre tantas iguarias,
a pobre só beliscou
um naco de queijo assado.


XIII

O INÍCIO DA TERCEIRA AVENTURA DE CIRCE

Uma Terceira Aventura,
com certeza! bem segura!,
estava por acontecer.
Depois do café matinal,
certamente! sem-igual!,
no tal bello amanhecer,
a Circe se pôs a pensar,
remexendo o cogitar:
por que os sonhos risonhos
com fadas e duendes estranhos
vinham sempre balançar
o seu ser
e o seu pensar,
se o seu tempo de menina
esperta e muito traquina
longe estava em seu viver?

E para matar a charada,
com certeza! bem armada!
no Plano do Bem Dizer,
a Circe Irinéia Maria
da Ditosa Fantasia
retomou a alegria
e foi andando enlevada
no Plano do Redizer
e a Imensurável Passada
pelo Portal da Estrad’Alada
ela se viu a reviver,
pois estava em uma Estrada,
insólita e espiralada,
depois de passar, com glória!,
pela divina Portada
do Jano da Velha História
lá de Roma Abençoada
naquela anosa Vitória.
E com certa incomum certeza!,
e com uma incerta realeza,
reviveria com grandeza
a sua Grande Passada,
da Infância da Beleza
até Idade Avançada.
E, repensando a questão,
a Circe da Contramão
despediu-se da Rainha,
a Vênus Lúcia Madrinha,
que no momento do Evento
habitava o Convento
de Capricórnio Ermitão,
mas que em breve passaria
per a Maison d’Alegria
de Aquário Bonitão.

E a Circe se despediu
de sua Fada-Madrinha,
a Vênus Idéia Rainha,
e dos anõezinhos bonzinhos,
do Cozinheiro Faceiro,
dos Bailarinos Casadinhos,
dos Dançarinos Docinhos,
e também dos figurantes,
todos eles inflamantes!,
de anteriores aventuras,
por certo! muito seguras!,
por Terras de Altas Serras,
de Grandes Quimeras-Feras,
de Princesinhas Lindinhas
e Princepinhos-Sapinhos,
e Duendes de montão,
e partiu, quomodo se viu!,
pera tal Terceir’Aventura
que a esperava, segura!,
na Curva da Solidão,
da Solidão Implicante
que parara um instante
no Trajeto Vigorante
de uma Estrada de Sertão,
Sertão de Minas Gerais,
Estado Federativo,
muito rico e mui festivo,
de belezas naturais,
do meu Brasil Campeão,
um Brasil ensolarado
no Globo localizado,
muitíssimo abençoado,
repleto de animação,
e, para não perder o fio
deste parágrafo vazio,
repito aqui neste tril,
e setenta e sete vezes mil:
este chão idolatrado
acolheu, com muito agrado!,
a Circe do Tal Portão,
além de ser o Solo’Amado,
muito rico!, disputado
por mais de uma Nação
do Mundo Globalizado
repleto de confusão,
este Brasil Glorificado,
per Deus do Céu estimado!,
no Mundo inteiro, exaltado!,
na França, homenageado!,
é o Chão Sacralizado
desta narradora em questão.


XIV

A SEGUNDA PARTE DA TERCEIRA AVENTURA DE CIRCE

Mas retomando o neo-narrado,
a Circe do Passo’Alado
saiu do Castelo Bello
de sua Fada Madrinha,
mas, antes da caminhada,
olhou a Folha Sagrada,
aquelazinha que continha
os dias do mês astral,
para saber a datazinha
de seu caminhar sem-igual,
e viu, a Circe Irinéia
da Prodigiosa Idéia,
que, enquanto a mente vagara,
o dezembro já chegara.

E a Circe saiu do Castelo,
o tal Castelo Mui Bello
de sua Fada Madrinha,
mas antes olhou a Folhinha
para saber a datazinha
de seu incomum caminhar,
e viu, a Circe Jussara
do Prodigioso Andar,
que o novembro já passara
e, enquanto sonhando andava
e sua mente já vagava
per a imensidão divinal,
o dezembro já chegara
com as Festas de Natal.

Então, a Circe Andarilha,
uma Mulher-Maravilha
do imenso Brasil Varonil,
lembrou-se de Jano Imperante,
o Chaveiro Importante
do tal Portão Senhoril,
que em resposta à Invocação
do início da Canção
lhe permitira o passar
per o lado do Sonhar,
e que ela poderia,
graças à velha magia
dos Romanos de Além-Mar,
andar por Terras Risonhas
e também per as Estranhas,
e que, por ali, andaria,
sem direção e sem-guia,
mui feliz a passear,
e com certa certeza pia
a sonhar e a meditar,
e quando quisesse e pudesse,
a Circe Irinéia Maria,
a viajante sem-guia,
ao Mundo Real voltaria
e a todos os seus contaria
estórias de encantar.

E repensando o Global,
ou Planeta Terra ou Terral,
repleto de vício e mal,
mas com um lugar bem legal,
lugar do bem e do amém!
considerado integral,
o meu Brasil Maioral,
a Circe Maria Irinéia
da Conceptíssima Idéia
entendeu e compreendeu
o trajeto-incerto correto
de seu novíssimo neo-jogral:
pelo espaço estelar andaria,
infelizmente sem guia,
sem o guia extra-vital
da antiga confraria
do narrador imortal,
sonhando estórias de magia,
com redundâncias vazias
e muito et cetera e tal,
mas com certa certeza teria,
a Circe Irinéia Maria,
de retornar, com maestria!,
uma vez ou outra por dia,
ou mês, ou ano atual,
que seja seu momento legal,
para assistir às ocorrências reais
e outras sentenças tais
de nosso Grande Terral,
onde guerras imensas, terríveis!,
e gran-maldades, incríveis!,
pré-conceitos infelizes,
sem regras, sem diretrizes,
vão derrubando e arrasando
as Cidades Maiorais
e as Anosas Vilas Legais,
além da destruição
do Oriente-Médio Antigão
e seu povo fenomenal
e de tod’azaração
que acontece de montão
no nosso Imenso Pombal.


XV

A TERCEIRA PARTE DA TERCEIRA AVENTURA DE CIRCE

E a Circe Irinéia
da tal Neo-Idéia
retornou com louvor
da Imaginação Com Ação,
para uma aventura segura
no Mundo Cristão.
E então? Por que não?
Era Noite de Natal
no Brasil Maioral,
e o brasileiro-cristão
fazend’oração,
e as Forças do Mal
do Mundo Vital
querendo manchar
a pureza sem-par
do nosso Local,
e a Circe Irinéia
da Nova Canção
foi reverenciar
o Deus-Menino da gênese de Abraão,
o Deus do Segundo Milênio,
aquele de então,
o vigésimo da Girândola
que controla a Imensidão,
o Jesus Cristo Menino,
o Porta-Voz Interino
da Nova Anunciação,
quomodo manda o ensino
do Cristianismo Latino
da Atual Tradição.

E, ali, na Igreja iluminada,
com velas de cera singelas
e Luz Elétrica Dourada,
que saía abrilhantada
de mil e tantos bocais,
a Circe da Port’Alada,
muitíssimo emocionada,
repleta de adoração,
rezou per seus ancestrais,
os seus parentes vitais,
os consangüíneos legais,
os quais e et ceteras e tais,
respeitando e aceitando
as forças gran divinais,
há muito!, já tinham partido
para as Regiões Eternais,
levando o sentimento doído
e o choro doloroso sentido
de seus parente-iguais,
aqueles que, na roda da vida,
já sabiam que a partida
para o Etéreo Eternal
já era processo firmado
em Testamento assinado
per Deus Pai Celestial.

E Circe Irinéia da Prodigiosa Idéia
invocou os ancestrais sem-iguais
que, há muito!, se trasladaram
para as regiões eternais,
regiões bem guardadas
per os Santos Imortais
e per os Anjos e Arcanjos
das Esferas Divinais,
pedindo aos ditos parentes
que rogassem ao Deus-Menino,
Aquele Filho Divino
de nosso Deus Principal,
paz e luz influentes,
muita fartura e sementes
e alegrias permanentes
para o Brasil Maioral.

Rezando per o Brasil,
a Circe Irinéia viu
um estranho ser ao seu lado,
com uma túnica cor de anil
e um longo manto dourado,
na brônzea tez ele trazia
um cristal brilhante incrustado,
e nos ágeis pezinhos se viam
os coturnos do passado,
e quomodo o arrulhar da cotovia,
num baixo tom compassado,
a sua voz se diluía
naquele espaço sagrado,
dizendo à Circe Maria,
que abismada tremia
com a emoção do pasmado,
que a sua reza sadia chegara
com alegria
em ouvido consagrado,
e, dali em diante, ela veria
o progresso, a calmaria,
a paz e a alegria
em sua Nação muito’amada,
e que em breve o Brasil seria
uma Terrona aclamada,
em cada canto e recanto
da Terra Globalizada,
e que a Europa vestiria
as cores de nossa Bandeira’Amada,
e que a França aplaudiria
a nossa Pátria’Adorada.


XVI

A QUARTA PARTE DA TERCEIRA AVENTURA DE CIRCE

A Circe, muito’enlevada!,
ficou um tempão sem ação
diante da figura dourada
que estava ali de plantão,
dentro da Igreja Sagrada,
atendendo a multidão
(de fiéis) que se ajoelhava
pedindo aos Céus proteção,
pois a fera maldade’alada,
há muuuito! já circundava
o nosso rico Rincão
(Governanças já passadas
dilapidaram a Nação),
e o Governante Atual
do anno 2005 Astral,
cheio de boa intenção,
estava a se debater pra valer
no foetento lamaçal,
no lamaçal imoral
de antiga corrupção
de politiqueiro boçal
repleto de armação,
de pseudo’amigos’inimigos,
companheiros invejosos
de seu carisma invulgar,
os quais com intrigas enrustidas
e ações controvertidas
estavam a tripudiar
das sinceras intenções
e das honestas ambições
do Governo Popular,
pois os políticos maracoteiros
não queriam perder seus poleiros
e muito menos seus dinheiros
(dinheirão irregular),
e uma’armadilha gigante,
contra o Governo’Atuante,
estavam todos a armar,
sem saber que a massa errante
da pobreza imperante
nele estava a acreditar,
e que a tal armadilha ultra-milha
iria se perder no ar,
e que as intrigas inimigas
não o iriam derrubar.

E a Circe então perguntou
àquele estranho senhor
da Era Medieval,
uma Era diferente de nossa Era Atual,
o seu nome de valor,
para que pudesse, com louvor!,
agradecer o presente,
e com palavras de amor,
num futuro redentor,
contar para toda a gente
que uma aventura legal
buscou-lhe, na Catedral
de Jesus Cristo Inocente,
em um dia festival
em que o Brasileiro Sofrido
e até o Rico Instruído
do dito Mundo Global
celebram, com devoção!,
o nascimento de Cristo
da Salvação Imortal,
e que o Calendário Neo-Santo
de nosso Tempo Atual,
um Tempo mui influente,
por certo!, fenomenal!,
assinala a Data Santa
quomodo Dia de Natal,
e todos festejam e louvam
o nascimento mortal
do Filho Sensacional
de nosso Deus Sem-Igual,
aquele que veio ao Mundo
em um Passado Profundo,
diferente do Ideal
do Antigo Grego Influente
e do Romano Inclemente
de Ferocidade Animal,
e deu a sua Vida divina
e a sua Luz interina
em troca da salvação
de seu humaníssimo irmão,
para que o Ser Humano pudesse,
com regras e muita prece,
alcançar e desfrutar
de uma vida imortal,
repleta de santas benesses,
depois do Juízo Final;
e respondeu-lhe o tal senhor,
em meio a uma aura irreal:
O meu nome é Protector
do Trono Celestial,
sou o primeiro viajor
da Era Medieval
que por aqui aportou
antes de Pedro Álvares Cabral
.”


XVII

CONCLUSÃO DA TERCEIRA AVENTURA DE CIRCE

Contemplando a imensidão
de devotos do único Deus de Abraão,
os quais reverenciavam
o Filho de Deus, Irmão
dos sofredores ignotos
que vêm ao Mundo Cristão,
cujas vozes se elevavam
(e a todos emocionavam)
pedindo aos Céus proteção,
a Circe se viu sonhando
com um Brasil’Constelação,
uma Supremacia Sadia,
Honrosa e muito Envolvente,
levando pra toda gente
alegria e mansidão,
mostrando ao tal Mundo Fatal,
o 2005 Final
do Século XXI Guerreiro,
momento de muita armação,
que, além do lucro e dinheiro,
vale mais um Hospitaleiro,
equilibrado e altaneiro,
um seguidor influente
das regras do coração.

Os antigos ancestrais
de Circe da Andação,
todos de Minas Gerais,
um Estado do meu Rincão,
estavam ao lado da Bella,
numa longa procissão,
pedindo juntinho a ela
proteção per a Nação,
rogando ao Jesus Menino
muito pão e devoção
para os humildes brasileiros
deste meu rico Rincão,
e aos ricos milhardeiros
(aqueles que não abrem a mão)
um pouco de seus dinheiros
doados com o coração;
e todos cantavam um hino
de sublime invocação,
agradando ao Deus-Menino
que encantado sorria,
ao lado de São José,
repleto de muita fé,
e de sua Mãe Virgem Maria,
enviando ao Infinito,
Morada do Ser Bendito,
perene contemplação.
E todos reverenciavam
e louvavam a Jesus Menino,
nascido quomodo humano,
em um período grã insano
da Antiga Civilização,
mas Filho de um Ser Divino,
o Deus do Povo de Abraão.

E o Protector, encantado,
sorria para a multidão,
pois se sentia bem-amado
naquele Mundo Cristão.
E, abençoando a platéia,
olhou para a Circe Irinéia,
que continuava a sonhar,
e disse-lhe baixinho no ouvido
que o seu emocionado pedido
iria a Deus agradar,
e que Ele, com certeza!,
não Se iria incomodar
com suas Aventuras Seguras
no Reino do Bom Sonhar,
e que a proteção permanente
de Jano Janiculente
do Antigo e Velho Narrar,
um deus muito influente
de um Passado Milenar,
não ofendia ao Divinal
de Parecer Imortal,
uma vez que fora Ele,
desde o tempo de Adão,
que criara a Terra inteira,
do início até então,
e que, de qualquer maneira,
tudo o que existe e consiste
no Grande e Velho Mundão,
sejam deuses ou ilusão,
a verdade verdadeira
ou muita superstição,
tudo isso e muito mais,
seja pagão ou cristão,
fora moldado e formado
per Sua Divina Mão;
e que ela, a Circe Maria,
a Vagamundo Sem-Guia,
a viajar poderia
no Mundo da Invenção.


XVIII

E CIRCE REPASSA PER O GRANDE PORTÃO

Enquanto a Circe sonhava
com um Grã Brasil Cordial,
livre dos aventureiros
de formação imoral,
o Protector se afastava
da Imensa Catedral
para levar ao Deus Supremo
de nossa crença atual
(aceito pelos romanos na Era Medieval)
os pedidos dos fiéis naquele Dia de Natal.

Mas, enquanto a Circe’ansiava
por um Brasil Maioral,
o seu humano ser foi saindo
daquela Santa Catedral
e uma forma etérea assumindo,
em forma de corpo astral,
levando-a, quomodo fingindo,
até ao Grandioso Portal
de Jano Janiculindo,
o deus transitorial,
o que separa o Passado Findo
do Futuro Sem Final,
pois o seu mês já vinha vindo,
depois das Festas de Natal,
o janeiro onzeneiro
do romano atemporal,
mês dedicado ao Padroeiro
Jano do Grande Portal,
mês do passo primeiro
para um anno sem-igual,
o 2006 Aguadeiro
de um Novo Milênio Astral,
o de Aquário Aventureiro
da Esfera Universal,
do cantar avanguardeiro
ou do prazer pessoal
para a Circe do Luzeiro,
o que ilumina o Portal,
pois com eiro ou sem beiro
o caminhar é legal,
é um passo alvissareiro
na busca do Irreal,
é o empreendimento primeiro
para um cantar sem-igual,
e mesmo que o cantar altaneiro
não agrade ao pessoal,
à elite do dinheiro
e do saber imperial,
a Circe do Mês de Janeiro
de Nossa Era Atual,
um novo tempo guerreiro,
mas de guerrilha imoral,
guerrilha de embusteiro
sem apoio nacional
(e depois do final festeiro
do 2006 corriqueiro
da Nova Etapa Anual),
escreverá um livro inteiro
no idioma brasileiro
contando, ao Mundo Não-Guerreiro
do Futuro Alvissareiro,
o que viu e o que ouviu
no Mundo Não-Funcional,
sobre este momento cruento
repleto de sombra e mal,
o Tempo Veloz Passageiro
do Relógio Horizontal,
enquanto andava sorrindo
no Plano, por certo! lindo!,
do Mundo Extra-Vital,
conhecido per alguns
quomodo Duração Vertical,
guardado e monitorado
pelo Glorioso Porteiro
da Ambivalência Imortal,
o Jano do Mês Primeiro
da Nova Folhinha Astral.

E a Circe repassou novamente,
tão feliz e tão contente!,
pelo Portão Principal
de Jano Janiculente
da Transição Temporal,
desde o nascimento inocente
até ao momento final,
com a memória consciente
de que o 2006 exigente
seria um grande anno, sem-igual!,
pois lhe traria a semente
de uma quarta’aventura’influente,
já escrita em sua mente
desde o 2005 Final,
pois o 2006 Inclemente
seria o anno ideal
para o Brasileiro Altaneiro
fazer em seu Grande Poleiro
uma faxina geral.


XIX

NAS BEIRADAS DA QUARTA AVENTURA DE CIRCE

E a Circe do Brasil Cordial
repassou, bem contente!,
pelo poderoso Portal
de Jano Janiculente,
aquele deus maioral
do Anoso Bell’Ocidente,
o Guardião do Portal
dos idos de antigamente,
o Grande Portal Sem-Igual,
o tal Portal imponente,
que separa, fantasmal,
o Passado do Presente,
o da passagem legal
par’um novo canto-semente
de natureza legal,
mui certamente influente!,
um cantar inicial,
quomodo o cantar potente
do Algonquial Imortal
de uma Era Inconsciente.

E com a permissão importante
do Chaveiro do Presente,
o tal Jano Imperante
dos romanos de antigamente,
a Neo-Circe Transmigrante,
um pouco ansiosa e sem lente,
foi caminhando, anelante,
por um caminhar diferente,
pois era noite fechada
na Estrada Espiralada,
cheia de curva exigente,
a que protege a mente alada
da insana deprimente.

A Circe tateava, impotente,
no tal caminho espiral,
um caminho muito escuro,
buscando o rumo seguro
de quarta demanda irreal,
por certo! aventura imprudente!,
quando deu, de repente,
um passo em falso, inseguro,
e caiu, inconsciente,
num imenso lamaçal,
um lamaçal circundante,
fecundo, matricial,
brilhando, com luz instigante,
naquela escuridão fantasmal,
levando a Circe Adamante
a um plano evolucional,
onde a Terra Neo-Brilhante
se acasalava palpitante
com um Jorro de Água Abissal,
formando a massa larvante
de seres, descomunal,
estranho cortejo vagante
a buscar um ideal,
o início fermentante
de um Novo Mundo, Original,
em que o Ser Humano Atuante
tivesse uma vida normal
na Esfera Dominante
do Planeta Terra Global,
um Planetinha Importante
de Nossa Unidade Central.

E a Circe se debatia
no imenso lodaçal,
pedindo ao dono da Via,
de natureza imortal,
que a tirasse, com honraria!,
das gosmas do lamaçal,
pois só o que ela queria
era uma Aventura Irreal
no Mundo da Fantasia,
para um Novo’Incomum Jogral
ou Narrativa Sem-Guia,
sem um Virgílio Atual
e sem a Canoa Vazia
do Canoeiro Imortal,
pois o que ela tanto queria
era um cantar irreal,
saído com maestria
do Plano Fenomenal
ou Mundo da Fantasia
ou do Canto Original,
respirando a maresia
do tal Mar Involucral,
o que encantou Camões, um dia,
e o Pessoa Sem-Igual,
e com tal cantar de valia,
no Atual Milênio Legal,
se atravessasse a lama fria
do imenso pantanal,
com palavra Estrela-Guia,
à moda de Portugal,
o Brasil logo seria
um País Monumental.


XX

A QUARTA AVENTURA DE CIRCE

E a Quarta Aventura de Bella,
com muito et cetera e tal,
a nossa Circe Isabella,
ou Irinéia Ideal,
surgiu, um pouco amarela,
no meio do lodaçal,
a tal Aventura Singela
do Sexto Anno Legal,
época de muita querela
no Terceiro Milênio Astral,
do fundo ctoniano
do inconsciente vital,
pois, para que andasse sem dano
no Plano Dito Anormal,
a Circe do Atravessar Insano
Naquele Portal Maioral
teria de enfrentar um Titano
de força descomunal,
saído das profundezas
do Pensamento Vital,
ajudado, com muitas certezas!,
per o tal Atemporal,
um Tempo de mil belezas
ou de feiúra letal,
seguidor das correntezas
do Repensar Sem-Igual,
e, para explicar com clareza
o que aqui vai ao Embornal,
o tal Titã desta empresa
era um ser descomunal.

Mas, a Circe se debatia
com muita incomum destreza
naquela lama vazia
de informal natureza,
procurando a Obliquosa Via
da Cogitação Normal,
em busca da vera clareza,
mesmo imaterial,
buscando o conceito exigente
saído do consciente,
do Pensamento Vital,
para agradar a massa errante,
a humanidade vibrante
que se equilibra, alheante,
no tal Caos Involucral
da Realidade Atual,
mas, per a verdade do dia,
o que ela tanto queria
era passear com maestria
no irreal além-vital,
por isto, anteriormente eu dizia,
a pobre Circe teria
de enfrentar o Brutal,
aquele da segunda dinastia
do Poder Supra-Real,
vencido, com seus irmãos,
pel o Zeus Olimpial,
o Chefe muito imperante
da terceira divinal,
naquele tempo, já distante!,
do Grego Evolucional,
mas que, vez por outra, incomodante,
o dito Titã Implicante
(com a sua Irmandade Vagante)
sai do Espaço Abismal
e vem, com força renovante,
perturbar o Ser Mortal.

E ali estava o predito
cheio de força brutal,
impedindo a travessia,
repleta de muita magia,
per a Quarta Aventura Vazia
em um Estrato Inicial,
cumprindo o veredicto de Jano,
Chaveiro Sensacional,
pois o tal passeio esquisito
da nossa Circe Maria,
a Vagamundo Sem-Guia
do Imenso Brasil Cordial,
só alcançaria bel valia
no Mundo Extra-Vital,
se a dita Circe Sandia
lutasse com galhardia
com o tal Elemental,
o Selvagem Indomado,
por certo! muit’aclamado!
em Templo Primordial.

Ali estava o Maroto,
o Elemental Natural,
com o seu cabelo veiroto
na cabeçorr’anormal,
iluminado por vela,
uma luz passional!,
e a Circe na passarela
do tal Vazio Informal,
procurando a senha bella
pra sair da Trev’Astral,
a lutar com a Estrilella
da Sabedoria Geral.


XXI

CONTINUAÇÃO DA QUARTA AVENTURA DE CIRCE

E nesta Segunda Passada
pelo Portal da Cesura,
que separa a Espiralada
de Nova Via Futura,
per um’aventur’ansiada
em um Mundo Sem Ditadura,
de muita palavr’alada,
ainda não significada,
por certo! muito animada!,
Quarta Aventura Segura,
a Circe da Port’Alada
viu estranha criatura,
chefiando uma manada
de seres, em viatura
saída das profundezas
e de várias estranhezas
do Conhecimento Vital,
trazendo junto com ele
força descomunal,
um exército de Ciclopes
do tal Mundo Elemental,
com os olhos reverberando
naquela escuridão natural,
ao lado, quomodo Comando
do dito Titã Principal,
o Gigante Ctoniante,
ser instintivo e brutal,
o amedrontador circulante
de aspecto sem-igual,
o desmesurado atalante,
o indigente anormal,
hoje simples figurante
em nosso Cantar Geral,
já que a força renovante
da literatur’atual
consegue domar o Implicante
com o expandir personal,
pois não há mito que resista
ao humano herói triunfal,
aquele que luta e labuta
com as feras forças do mal,
e para não perder o rumo
desta cantig’atual,
quem teria de vencer o sumo
da pasmaceira geral
(que perdeu o metro certo
do cantar original),
seria a Circe Irinéia
do Neo-Cantar Triunfal,
pois a dita cuja teria
de lutar com o Anormal
e seu aterrador Insano
da Força Material,
a que impõe ao ser humano
uma vida, de fato!, banal,
teria de lutar, a Escolhida,
com o Indigente Fatal,
também com os outros Atlantes,
Centopéias Figurantes,
os Hecatônquiros Gigantes
do Antigo Fenomenal,
pois só assim, adelante,
uma Quint’ Aventura Instigante,
certamente! incomodante!,
ela teria, triunfante,
no Mundo Extra-Vital,
per o orgulho das netas:
a Letícia Angelical
e a Isabelle Tão Meiga
do Lindo Olhar Matinal,
e a Laurinha Menininha
do Rochedo Divinal,
e outros netos seletos
do Futuro Sem Final.

Mas, nesta Segunda Passada,
estava ali, afinal,
um Titã, filho de Gaia
e de Urano Imortal,
com sua turma revoltada,
um bando excepcional
de Gigantes Atuantes
e Hecatônquiros Atlantes
e Ciclopes Importantes
de força terrestre brutal,
a impedir que a Irinéia,
ou Circe da Nova Idéia,
repleta de sonho e meiguice,
quomodo já antes lhe disse,
passeasse no Astral,
querendo mostrar a ela
que a sua aura singela
não convinha ao Funcional,
pois o Mundo da Magia,
segundo a Burocracia,
jamais admitiria
uma heroína informal,
e se ela quisesse e pudesse,
com muita glória e honraria!,
certamente!, ela, teria
de vencer seu pessoal.


XXII

FINAL DA QUARTA AVENTURA DE CIRCE

E a Irinéia Brasileira,
uma mulher altaneira,
ou Circe Novidadeira,
enfrentou o Azagal
do dito cujo Atalante,
e outros Titãs Mui Possantes,
além de enfrentar também
o grupo excepcional,
o pessoal maioral
do tal Titã Importante,
os quais não queriam que a Circe,
repleta de sonho e meiguice,
seguisse per adelante;
pois foi com real maestria
e uma destreza sem-guia
que a Circe da Nova Empresa,
com um donnaire de nobreza,
derrubou o tal Gigante,
ao ligar seu celular,
um gran invento sem-par
do finalzinho singular
do Segundo Milenar,
e que, no ato do Enguiço,
estava o tal a serviço,
com muito vigor e viço,
de uma mulher particular,
por certo de se notar!,
um aparelhinho vermelho,
repleto de teclazinha,
que estava, hospitaleiro,
em sua chique bolsinha;
e com esta ideazinha,
diferente! singular!,
quomodo sempre convinha
a uma mulher milenar,
a dita cuja espertinha
telefonou depressinha!
para o Jano Romanar,
pedindo-lhe, insistente,
que lh’enviasse urgentemente!
uma idéia de arrasar,
para que ela pudesse e houvesse,
com muita honra e louvor!,
sair daquela enrascada,
repleta de ditador,
per, com a alma lavada,
com muita garra inventada,
vencer a batalh’alada
de seu feroz opositor,
e depois, bem animada!,
sem-guia, sem diretor,
sair buscando, em disparada,
pela tal Estrad’Alada,
a Galáxia Espiralada
da Idéia Renovada,
uma Neo-Cantiga inspirada
em homenagem à Pátria Amada,
o seu Brasil Redentor.
E foi o seu pedido atendido
pelo Jano Romanor.

No meio da tal contenda,
surgiram, excepcionais,
palavras de pura lenda,
com magias sem-iguais,
mostrando à Circe Estupenda
quomodo lidar com os tais.

E enquanto os Titãs urravam,
querendo acabar com ela,
fonemas se manifestavam,
saindo de uma viela,
de um labirinto minóico,
sem portada e sem janela,
mostrando o cantar heróico
de uma narradora singela,
repleta de furor estóico
para vencer a querela.

E em um zás-trás de nortada,
com muitas palavras e xis,
a Circe, um pouco afolada,
aveziboõ e feliz,
bastiu uma trama arretada,
para vencer o Infeliz
e sua Malta Vegada,
palavras desconexadas
provindas de core fis,
pois, oimais, a jaiamada
non a faria profaçada
nos segres de heróis viris,
pois ela, dama atilada,
seria per sempre honrada
pelas hostes feminis.

E o eixeco acabou: afolados,
os jaians se afastaram, coitados!,
aenvidos, exerdados,
certamente profaçados,
alguns em âmedes deitados,
outros, acaijamados,
foram parar, aviltados,
nas profundezas sandis.


XXIII

E CIRCE SE APROXIMA DA QUINTA AVENTURA

E a Circe da Nova Corrente
continuou a caminhada,
pelo Exerdado Recente,
pela Estrada Espiralada,
deixando para trás os dementes,
a Giganteada Arretada
que ficara em sua frente,
naquela travessia enrolada,
pois, saindo, à tangente,
a Circe da Port’Alada
vislumbrou luz insistente
de matéria renovada,
mundo informal e silente
de epopéia ressagrada,
per além do tal vigente
e da sensação vigorada,
longe do conceito exigente
da imaginação atrelada,
perto da luminosidade florente
de uma Era Desejada,
posterior à Moderna Inclemente,
repleta de sombra cifrada,
com muita guerrilha incandescente
e traição puridada,
de veirolia maldizente
e língua muito afiada,
a transformar boa gente
em gente mal-afamada,
colocando o bom na corrente
e soltando gente malvada,
tapando o sol com uma lente
de procedência profaçada,
exigindo que o Humano Existente
siga com a mente tapada;
assim é o anterior século indecente
da Circe da Port’Alada,
por isto a busca premente,
na Neo-Era Começada,
de uma Canção Pré-Vidente,
de uma canção renovada,
para elevar sua Gente
a uma posição destacada,
acreditando no Presente
de sua Pátria Adorada,
com Governo Competente
de idéia renovada,
fazendo-A andar pra frente
e sendo no Mundo aclamada,
pois quem veio, de repente,
da pobreza amargurada,
para se tornar Presidente
de uma Nação Mal-Amada,
transformando-A em semente
de Nova Era Abençoada,
não será um imprudente,
um desertor de Brigada,
a levar, inconsciente,
seu nome pra derrocada.

A Circe logo saiu
daquela estranha encruzilhada,
longe do Gigante Senil
e sua Malta Invocada,
pois o mês de janeiro primeiro
já findava a caminhada,
no anno 2006, enredeiro,
de maledicência enfezada,
e o mês de fevereiro
se aproximava, em revoada!,
prometendo ao politiqueiro
de cantoria malvada,
muita mentira e dinheiro
e muita matéria inventada
para derrubar o Grã Guerreiro
da pobre gente esfaimada,
o Incomum Brasileiro
de Nossa Pátria Adorada;

e no anno 2006 do Terceiro
da Era Descontrolada,
só guerrona no estrangeiro
e guerrinha em nossa Morada,
o rico, em seu poleiro
com sua rica cambada,
desprestigiando o Brasileiro
que governa a Esplanada
e o Palácio Altaneiro
da Capital Consagrada
sem saber que os fofoqueiros,
com platéia organizada,
estavam, muito ligeiros!,
a preparar-lhe emboscada,
uma malta de embusteiros
de palavra enviesada,
querendo recuperar seus poleiros
de uma fase já passada
e a pensar que os brasileiros
não têm memóri’atilada.


XXIV

A QUINTA AVENTURA DE CIRCE

A Quint’Aventura’Alada
de Circe do Olhar Brilhante
aconteceu de madrugada,
com imaginação instigante,
porém, muito bem patrocinada
per Jano Muito Importante,
o Chaveiro da Portada
e da Canção Vigorante,
quando andava per a Estrada
do Pensamento Intrigante,
buscando a Via Afamada
da Imaginação Renovante,
com rol de parol’inventada
e sinalização estreante,
de curva desgovernada
e cobra muito enrolante,
de palavra’agilizada
e sem preceito dominante.

Já raiava a madrugada
de um dia de fevereiro,
e a Circe andava cismada
per a Estrada do Porteiro,
aquele da Port’Alada,
o Jano Janiculeiro,
quando, assim, bem de repente!,
apareceu na sua frente
o Velho do Canto Veiro,
brandindo na lesta mão,
repleto do siira primeiro,
o inconfundível Bastão
do Peregrino Aguadeiro,
o tal Bastão Antigão
de Madeira Pessegueiro,
per a sensata expulsão
de nefasto caminheiro,
seja qualquer cidadão
do Terceiro Milongueiro
que se afaste do jargão
do Português Pioneiro
para usar o tal calão
de meu povo brasileiro,
pois as regras da Canção
do tal Cantar Altaneiro
não aceitam a criação
de um cantar neo-siiraeiro,
e que, se a dita cuja quisesse,
em tal caminhar desordeiro,
teria de enfrentar o estresse
de um embate justiceiro.

Era a Quint’Aventura
de Circe do Neo-Andar Primeiro:
lutar com a Estranha Criatura
do tal Bastão Pessegueiro,
que, em antiga investidura,
matou um Garboso Guerreiro,
impedindo a Abertura
para um Tempo Sobranceiro,
a exigir norma e clausura
e ordem no Reposteiro.

E o tal Veiroto gritava,
brandindo o incrível Bastão,
e à Circe ameaçava
com palavras de montão,
dizendo à Nova Singela,
muito arrogante e pimpão!,
que, naquela Passarela,
a Circe não passaria, não!,
e que, mesmo possuindo, ela,
o apoio de Janiculão,
e, mesmo com a elegante courela
que estava em sua mão,
na qual a Circe Isabella
guardava o celular vermelhão,
para pedir vel’ambarela,
uma luz na escuridão,
ao Jano da Prima Era,
o Chaveiro do Portão,
ela teria, com maestria!,
até a oitava do dia
da Festa de Santa Luzia,
a Santa de seu Rincão,
celebrada em dezembro
do Novo Calendário Cristão,
abjurar da Escudela,
na qual, presunçosa ou singela,
a Reptada Sandela
retirava a Exerdada Canção
repleta de afolida linguagem,
per uns, manancial de bobagem,
pois, por mais que guarnecida
e querida
per os termos atuais,
tal linguagem exerdida,
à Portuguesa consentida
não chegaria jamais.


XXV

FINAL DA QUINTA AVENTURA DE CIRCE

A Circe muito lutou
contra o Veeiroto ladino,
e espertamente mostrou
que possuía bom tino
para mostrar ao Estradal
o seu conhecimento geral
das normas do bem falar
do proto-português latino,
além do medieval medial
cantado per o Trovador Super Fino,
Trovador Provençal
ou Segrel Trebelhino,
de Faro Fenomenal
e Justa Sobressinal
para driblar o Destino,
e, assim, a levar seu cantar
até ao Futuro Veirino.

E a Circe da Port’Alada
teve de lutar com ardor
para seguir siiralada
no Caminho Inovador,
pois, o Veeiro da Estrada
eixecava com furor,
o Veeiro da Vegada
dos Segres do Redentor,
o que a queria mal menada
no tal Mundo Ditador
da Terceira, iniciada
no 2001 do Terror.

Enquanto o Antiquado eixecava,
repleto de ânimo e furor,
brandindo o Bastão Trebelhada
quomodo fosse um doutor,
a Circe, automatizada,
se metamorfoseava em Xairel,
saindo, desajeitada,
daquele eixeco cruel,
pois, oimais, ela queria
um siira de maestria
para encadear seu Cordel,
e, dali em diante, ela teria
uma bem menada versaria
para sair do tal local,
deixando o Veiroto Afolado,
totalmente profaçado,
um pobre velho sem sal,
um veeiro muito sem-guia
a transformar seu Cajado
em Verça sem serventia,
já que o pobre coitado,
às exigências do inovado,
nunca se submeteria,
e o que a pobre Circe queria
(e muito havia sonhado!),
era um cantar diferenciado,
siiralento, renovado,
bem bastido, trebelhado,
destramente aquilatado,
para num Futuro Seguro,
muito além do próprio Muro,
mostrar aos Pósteros a valia
de uma Mulher Queixo Duro,
uma Veeirota Sadia
do Terceiro Inseguro,
que, em pleno Segre Danoso,
o vigésimo primeiro
a começar tenebroso,
um Cantar Miraculoso
a trovar ela estaria,
pois, oimais, doravante,
mesmo de noite ou de dia,
dali em diante, firmante,
uma Venturosa Cantante,
de seu Povo Neo-Gigante,
a nossa Circe seria.

Depois do embate arretado,
a nossa Circe do Povo,
do tal Povo Esmolambado,
que vivia a pedir socorro
ao Mundo, sem resultado,
até que veio o Vitorioso,
no 2002 glorioso,
para transformar nosso Fado,
tirando do Poleiro Enganoso
um Grupão aventalhado
repleto de almofre aleivoso
e rosto mal-encarado,
morando em alcácer vistoso
e com carrão importado,
um grupo praláde danoso,
com senho mui desonrado,
a dilapidar, estamenhoso,
nosso dinheirinho minguado,
redigo, a Circe do Povo
saiu do entrevero cuidado
e, num zás-trás vitorioso,
partiu per o Sexto Pasmado.


XXVI

NAS PROXIMIDADES DA SEXTA AVENTURA DE CIRCE

O Sexto Pasmado’Alado
da Irinéia Sem-Guia
surgiu, muito bem bolado!
na manhã de um novo dia,
um dia espiralado,
repleto de Vera Magia,
no tal Caminho Dourado
onde anda a Alegria,
pois o Março assinalado,
do anno 2006 Fantasia,
já vinha desordenado
e com bastante euforia,
com Marte Demiurg’Ousado
numa aparente apatia,
pois estava a descansar
resguardado do Combate
da Mitologia Milenar
no Castelo Geminado
dos Gêmeos Joãozinho e Maria,
aqueles lá do Primado
desta narrativa vazia,
ou seja, o Primeiro Pasmado
de nossa Circe Sem-Guia,
os fugidos do Cercado
da Anosa Velha Sandia,
pois, então?!, o Marte, alojado,
estava lá por uns dias,
deixando o seu Forte Agitado
com as dependências vazias,
a telefonar passionado
per Afrodite Afrodisia,
ou Vênus do Prazer Sagrado,
a deusa da Sinergia,
do Afeto Tresloucado
e da Atraente Simpatia,
que estava a passear
no Castelo de Além-Mar
de Aquário Aguadeiro,
diretamente a brilhar,
com seu encanto sem-par,
desde o seis, mui altaneiro,
o seis de Março Invulgar
do Calendário Solar,
o Guia do Mundo Inteiro,
pois o Humano Secular
não dispensa um retomar
ao Pensamento Primeiro,
já que o Mito, milenar!,
continua a comandar
as decisões do Terreiro,
o Grã Marte Singular,
aquele Impetuoso Guerreiro
do Romano Aventureiro,
aqui, continua a imperar,
é guerrona no estrangeiro
e guerrilha em nosso lugar,
é o rico milhardeiro
querendo destruir, sofismeiro!,
as boas intenções do Guerreiro
de nossa Pátria Sem-Par,
o Grã-Pernambucano Altaneiro,
de origem popular,
que nos idos de janeiro,
do quarenta e cinco solar,
se tornou um Caminheiro
neste Planeta Vulgar,
para em Escórpio atuar
e, no Futuro, comandar
o Grande Povo Brasileiro
com seu carisma invulgar,
pois, mesmo sem ter dinheiro,
à metade do Terreiro
que não tem roupa e poleiro
e salário alvissareiro
e conta no estrangeiro,
o nosso Grande Guerreiro,
o nosso Luís Brasileiro,
a esses, soube encantar,
e desde o 2002 pioneiro,
do tal Milênio Terceiro,
está com os ricos a lutar,
pois o Marte Justiceiro
decidiu, quomodo se viu,
ao passar e repassar
per o Astral Verdadeiro
de nosso Sistema Solar,
que o Escorpiano Sem-Beiro,
a guerra, contra Embusteiros
de parolada sem ar,
ainda neste ano encrenqueiro
do 2006 Fofoqueiro
o Luís irá ganhar,
pois ReNovo Mandat’Ordeiro
o povo está a esperar,
a garantir ao Brasileiro
o respeito popular.


XXVII

OS ENTRETANTOS INICIAIS
DA SEXTA AVENTURA DE CIRCE

Mas, continuando o narrado,
a Circe do Portal’Alado,
o Portal Hospitaleiro
de Jano Janiculeiro,
andava, distraída e informal,
naquela Estrada, Sem-Guia,
do tal Caminho Real,
repleta de Vera Magia
e Cogitar Passional,
quando percebeu, na dita Via,
um Vulto Sensacional,
era o Marte da Astrologia
lhe acenando, espectral,
mostrando à Circe Maria
que a Sexta Aventura do Dia
era de fato anormal,
pois longe dali ele vivia
em temporária Casa Astral.

No entanto, quomodo já lhe dizia,
ali estava o guerreiro animoso,
um espectro que surgia,
atemporal, belicoso,
com sua agressividade e energia
e porte muito fermoso,
uma figura vazia,
pois seu corpo poderoso
estava a passear no Terreiro
dos Gêmeos Joãozinho e Maria,
e, ali, no seu Outeiro,
sua Casa da Alegria,
onde, depois de fevereiro,
a Circe se hospedaria,
o dito cujo não estava,
a Casa estava vazia,
mas o Maroto lh’acenava,
a sua imagem luzia,
e à nossa Circe chamava
para passar raro dia,
pois, mesmo estando el’ausente,
passeando intermitente
en’nun’outr’hospedaria,
un’aventur’inferente
a dita Circe teria.

Retomando o neo-narrado,
para um explicar corriqueiro,
a Circe do Port’Alado
ou Circe do Bell Narrar Primeiro,
andava descompassada
dês o mês de fevereiro,
desde que lutara animada
com o Velho do Pessegueiro,
e andava em nova jornada
no Caminho Aventureiro,
quando percebeu, mui avivada,
que o final de março, o primeiro
da Astrologia Avançada
do Astrólogo Pioneiro,
já passava em revoada
para o Abril do Carneiro,
e o Castelo da Estrada
era o de Marte Guerreiro,
cuja figura dourada
estava refestelada
na Casa dos Gêmeos, no Outeiro
que fica bem na entrada
de Junho Hospitaleiro,
e que a nossa Circe da Estrada,
com Fôlego de Caminheiro,
teria de inaugurar a tal Passada
sem o Marte Aventureiro,
pois, na dita Cas’Estrada,
só se via, espectrada,
a figura do Guerreiro
com a sua Manta Dourada.

Pois, inaugurando o roteiro
de um Anno de Pasmaria,
a casa do Sobranceiro
estava mesmo vazia,
pois, de fato, o deus guerreiro
estava longe do Viveiro,
passeando, juvenil,
no Castelo Hospitaleiro
dos Gêmeos das Faces Mil,
e, acá no mês altaneiro,
que chamamos mês de Abril,
o visual justiceiro,
o glorioso perfil,
o rosto novidadeiro
que a nossa Circe luziu,
era a sombra do Alvissareiro
a brilhar no Azul Anil.


XXVIII

A SEXTA AVENTURA DE CIRCE

E a sombra de Marte Possante
rebrilhou na Estrad’Alada,
com seu capacete brilhante
e sua roupa dourada,
com a lança flamejante
e sua espada pesada,
a dizer à Circe Amante
para descansar da jornada
em seu Castelo, no Monte,
que ficava na entrada
de um Novo Mundo Instigante,
sem a veloria passada,
e que, no tal Castelo Gigante,
estaria bem cuidada,
e, em um ratito do instante,
muito bem acompanhada,
pois a sua Casa Brilhante
era do Amor a Morada,
e a Sext’Aventura’Andante
a faria enamorada
de um guapo Jaião importante,
desconhecido da moçada
que habita o Belo Horizonte
da Terra Ocidentalizada,
Jaião de fala rompante,
mas com ternur’avivada,
com um olhar mui brilhante
de clarividência notada,
pois três olhos, do Incomodante,
se mostram na Triface Espelhada,
Chefe de um Território Altaneiro,
além da Magia Falada
do Romano’Aventureiro,
o Jano da Port’Alada,
aquele deus pioneiro
da Fronte Reduplicada,
aquele que, no mês de Janeiro,
com uma das caras fechada,
divide o Presente Ligeiro
em História já passada,
e, com a outra face, brejeiro!,
prevê Duração Animada.

Seguindo, então, o conselho
de Marte Muito Brilhante,
a Circe se aproximou d’um Espelho,
que estava ali, bem defronte!,
o qual lhe falou, o Olheiro,
que era bem-vinda no Monte
de Áries Alvissareiro,
o Espectral Comandante,
e que em seu Grande Terreiro
se hospedava, itinerante,
o Jaião do Grande Lumieiro
dos Três Olhos, o Incomodante,
um Renovado Guerreiro,
um Desconhecido Habitante
de um Mundo de Raro Luzeiro,
um Plano Praláde Instigante,
tridimensional, pioneiro,
paralisador, fulminante,
além do Pensar Conselheiro
de nossa Razão Atuante.

Falando assim, o Espelho
mostrou-lhe uma Porta Gigante,
e acionou um aparelho,
uma campainha falante,
e, logo, do Reposteiro,
saiu um ser flamejante,
era o curioso Porteiro
do novo Jaião atuante,
que acompanhara o Estrangeiro
àquela Terra Distante
de Mito Mui Sobranceiro,
mas de conceito imperante,
levando a Circe, hospitaleiro,
ao tal encontro intrigante,
acalmando-a, o Escudeiro,
com seu olhar penetrante.

No entanto, o Estrangeiro
não seguia a tradição,
pois veio, todo Luzeiro!,
transbordante de Emoção,
dizendo, metamorfoseiro,
repleto de boa intenção,
à Circe do Portaleiro
Jano Janiculão,
que um Novo Canto Pioneiro,
saído do coração,
estava no Bell Roteiro,
a dignificar a Nação.


XXIX

CONTINUAÇÃO DA SEXTA AVENTURA DE CIRCE

E na frente da Circe estava
um radioso ser, bonitão!,
e o todo dele exalava
um cheirinho muito bom,
seiva de narciso emanava
daquele ser em questão,
e à Circe revigorava
com suave proteção,
pois a dita cuja já andava
a tropeçar no Estradão,
naquela Estrada Dourada
de Jano Janiculão,
desde que saíra, assanhada,
da secular discussão
da tal veiloria afolada,
que não quer passar o bastão
per uma cantante atilada
nascida no meu Rincão,
minha Pátria Idolatrada,
o meu Brasil, o meu Chão.

Pois diante da Circe estava
o Bello e Grande Figurão!,
e um perfume rodeava
o brilhante Anfitrião,
seiva de Narciso exalava
do tal corpo saradão,
perfume que impregnava
a dita figura em questão,
o Incomum que se hospedava
na Casa de Marte Brigão,
cuja sombra se afastava
para ir à direção
à Montanha Espiralada,
à Casa do Saber em Ação,
à Casa Muito Falada
dos Gêmeos Maria e João.

A nossa Circe o fitava
repleta de Vera Emoção,
pois o dito cujo a encarava
com seu poderoso Olhão,
no meio da testa brilhava
uma pedra de expressão,
uma Safirona Azulada
fitando-a com atenção,
revelando à Circe’Alada
um erro meio antigão,
de crença mal-informada
do Antigo Mito Pagão;
o Terceiro Olho da Frontada
do novo Jaião-Garotão
não era verde, nonada!,
não era esmeralda, não!,
era Pedra Abençoada
pelos Jões do meu Sertão,
os da Esperança inquebrantada
e Amor por seu irmão,
da Justiça desejada,
da Paz, da Contemplação,
da Vitória alcançada
contra a Triste Inquietação,
pedra da Coragem aumentada,
símbolo do meu Rincão,
pois o Céu da Pátri’Amada,
meu Brasil Revelação,
é de cor muito azulada,
brilhando na amplidão,
protegendo a Bell Moçada,
com zelo e dedicação,
da ira descontrolada
dos ricos e da traição
de gente mal-afamada
com veneno no linguão
e que se diz filiada
à nossa Revolução,
e, depois, em debandada,
sai, quomodo um roldão,
cheia de inveja notada
pel quem ganhou a Eleição,
falando mal, malfadada!,
de quem lhe ofereceu proteção
em anterior Querelada
em defesa da União,
gente de língua malvada,
cheia de má-intenção,
uma ciumeir’acirrada,
uma tristonha incursão
na História Assinalada
de nossa Valente Nação,
enfim, o Grã Olho da Frontada
do tal Jaião bonitão,
a fitar a Circe’Alada
de Jano Janiculão,
era uma Safira Azulada,
bem no Centro do Frontão,
e a outra cor assinalada
dos outros dois, em questão,
era a dit’acastanhada
de contemplativa função.


XXX

CONTINUAÇÃO DA CONTINUAÇÃO
DA SEXTA AVENTURA DE CIRCE

Mas, eu lhe dizia, Irmão!,
da Sexta Pasmad’Alada
de Circe do Grã Portão,
quando a nossa Espiralada
se aventurou no Estradão
que leva à Nova Jornada
do Reconto Sem-Razão,
seguindo a Trilha de Nada
da Medial Narração,
longe da Veira Duplicada
de Jano Janiculão,
pois a Novíssima Portada
do Novo deus Bonitão,
o tal da Port’Espelhada,
no mês de Marte Brigão,
com três olhos na Frontada
brilhando na Imensidão,
Brilho de Cor Animada
Além da Imaginação,
pois, o Olho Grã Mirada
do dito cujo Jaião,
a fitar a Circe’Alada
de Jano Janiculão,
era uma Safira Azulada,
bem no Centro do Frontão,
e a cor’outra assinalada
dos outros dois, em questão,
era a castanha-dourada
de contemplativa função,
a mostrar à Convidada
a sua Nova Missão,
realçar a Pátri’Amada
neste Mundão Sem-Razão,
em epopéia edificada
na Terceira Dimensão,
e, depois, voltar centrada
per o seu Bello Rincão.

E a Circe foi levada
até a um grande salão,
pel a mãozona dourada
do tal Jaião bonitão,
que usava bec’alinhada,
a beca da ocasião,
uma guarnacha mesclada
com um grandioso cabeção,
à moda Medial Passada,
quomodo fosse um Ermitão,
mas, que pendia, arriada,
sem muita ostentação,
descobrindo a face dada
do inovoso Jaião,
e, na cintur’assinalada
um diferente cordão,
uma Soga Entrelaçada
de Alfambar Vermelhão,
de boa barba ensinada
e sorriso bonachão,
voz melíflua, sussurrada,
de Jaiãm aveziboõ,
a se trebelhar, puridada,
fazendo sembrante bõom,
per agradar a Bem-Menada,
no momento, a Galardada,
mas, forânea na Alcaçada
de Marte Muito Brigão,
pois não conhecia a Alada
o novo ser em questão,
e, para completar a Andaçada,
a dita cuja Exerdada,
a da Palavra Cifrada,
estava sozinha, aforada,
com a Fiúza bem lassada,
totalmente lazeirada,
distante de seu Rincão.

E o Novo da Neo-Portada
de Inovadora Invenção,
que será apreciada
pel’os outros que virão,
era de cor muito dourada,
quomodo um ser em ascensão,
e na face rebrilhada
do dito cujo em questão,
entre os olhos da Frontada,
a brilhar na Imensidão,
via-se a Safir’Azulada,
mirando a Circe Exerdação,
pois exerdada ela estava
nas Leis de Nova Canção,
a sua Canção Puridada
não seri’apreciada,
per os Doutores d’Alcaçada,
a que comanda a Invenção
nas Praças Fortificadas
de nosso imenso Mundão,
com coladiços na entrada
e milhões de aforação.


XXXI

O ACONTECIMENTO DA SEXTA AVENTURA DE CIRCE

E o tal ser mui imponente
chamou a Circe de lado
e lhe apresentou, diferente,
um salão remobiliado,
com mobília transparente,
provinda de lugar sagrado,
e a lazeirice da Sem-Guia
sumiu de muito bom grado,
pois a maravilha do dia
era o tal lugar alado,
e, no ato, o qu’ela queria
era entender o Doado,
a dita já não sabia
quomodo guardar seu recado,
o relato que faria
ao voltar pr’o seu Cercado,
uma vez que, o que luzia
era de fato! intrincado,
e transmitir não poderia
a essência do Avistado,
pois estava em sala vazia
repleta de móvel inventado,
e grave a primazia
de recontar o Pasmado,
e a nossa Circe Maria
gastou um tempão dilatado,
só per ordenar a assũarazia
de parolão resgatado,
pois já sabia, a Sandia,
que, em matéria de narrado,
oimais, viajaria
somente em Estradão Bell Minado,
mesmo buscando a Alegria
em seu caminhar compassado,
pois, muita curva, sem-guia
e sem palafrém bem blindado,
a Neo-Circe enfrentaria
per recontar seu Narrado,
pois, o tal da dita Via,
o dito Neo-Nomeado,
Fé Dada não possuía
no Mundo Ocidentalizado,
nem na Nobre Confraria
do Mito Glorificado,
o Antigo, o da Magia
do Romano Nomeado,
e a nossa Circe sabia
que teria, com real meestria,
de nomear o Achado,
o Mundo da Secrelia
teria de ser Bem Narrado,
oimais, neo-lazeiria,
ao caminhar no Ofertado
a nossa Circe Maria,
com muita garra e fiuzaria,
levaria no Costado.

Então, quomodo revela,
Quomodo revela o narrado,
o Narrado Espiralado
de nossa Circe Aquarela,
um novo Jaião nomeado
estava, ali, juntinho dela,
a lhe mostrar, o Alhurado,
uma Saleta Amarela,
um corezinho non falhado
per a compreençõn da Galera
de nosso Terron Azulado,
a nossa Trevosa Esfera,
muito bem assũarado,
antecoante alvoroçado,
bastindo um tramoso arretado,
querendo acabar com ela,
tadinha da Circe’Alada,
nesta Nova Passarela,
vai ficar, a Bell Coitada!,
muito bem refestelada
em âmedes, e sem courela,
sem celular e sem-nada,
se, em antes da hora primada,
não preencher a Escudela
com muita palavra cifrada
forânea na Estradella
da Antiguidade Endeusada,
per gente avantalhada
e querendo a Míngua da Bella,
a nossa Circe’Espiralada
ou Irinéia ou Isabella,
querendo-a mui malfadada
na Incomum Caminhada
da tal Nova Passarela.
Por isto, redigo a Cuidada:
a dita Circe’Atilada
estará em Just’Arretada,
se, em antes da Hora Primada,
non resolver a Querela.


XXXII

ENTRETANTO DO ACONTECIMENTO
DA SEXTA AVENTURA DE CIRCE

E para preencher a Escudela,
quando voltasse ao Cercado
de nossa Pátria tão bela,
o nosso Brasil Adorado,
a nossa Circe Singela
repensou o Ofertado,
o Ofertado sem janela,
sem sumo e sem norteado,
pois em sua Nova Escudela
só tinha parolão cifrado,
sua Escudela Singela,
sem palavrão bem traçado,
repleta de nome-barrela
do fundo do barro tirado,
barro de Antiga Querela
do Proto-Português falado,
a fortificar a Almofrella
de tecido enviesado,
cobrindo a testa da Bella
em seu cantar ritmado;

e nossa Circe Isabella
flutuando no Pasmado,
já que o trajeto sem vela
vigorava no Alhurado,
bem longe da Alcaçadela
de Doutor Fortificado,
o que comanda a Estrilella
do Português Bem-Falado,
o que impõe palavra bella
de Mundo Convencionado,
o que não permite, na Passarella
do Cantar Revigorado,
a inclusão de Neo-Novella
com palavrão rebuscado,
mas que, no cantar da Aquarela
é muito bem trebelhado,
é parolão-escudela
no Mundo da Luz firmado,
é Justa Com Sentinela,
se voltar per o Cercado,
pois a nossa Circ’Isabella,
ou Circe do Portal’Alado,
será forânea na Viela
do tal cantar endeusado,
se por Mulher e Singela,
o seu cantar puridado,
repleto de siiralela,
não agradar ao Ancorado,
mas asinha será vela
no Futuro Siiralado,
e a nossa Circe Aquarela
fazendo sembrante dado,
a encher a Escudela
com Parolão Segredado,
per revelar à gente dela,
do Futuro Nomeado,
a Venturosa Passarela
do conhecer Ofertado,
pois, oimais, o narrar dela
seria no Mundo exerdado,
e cada parolão da Escudela
non seria aenvidado.

Mas, voltando ao Estrangeiro,
ao novo Jaião bonitão,
era o tal hospitaleiro
e não seguia a tradição,
pois veio, todo Luzeiro!,
transbordante de Emoção,
dizendo, carioqueiro,
repleto de boa intenção,
à Circe do Portaleiro
Jano do Bell Pagão,
que um Novo Canto Siiraleiro,
saído do coração,
estava em seguro Roteiro,
per dignificar a Nação,
e que a Circe do Pasmeiro
teria nomeação
para bastir o Enredeiro
da dita Nova Canção,
e que o povo brasileiro
obteria sagração
no Segre do Grã Luzeiro.

A Circe, muito encantada!,
ficou um tempão sem ação,
olhando, revigorada,
aquele ser bonitão,
com a Safiron’Azulada
brilhando na amplidão
daquela sala dourada,
a Safira puridada,
no meio do Bell Frontão,
o Terceiro Olho da mirada
de um Proto-Revelação,
de boa barba ensinada
fazendo sembrante boõ,
alta ventura animada,
ventura aveziboõ.


XXXIII

NOVO ENTRETANTO DO ACONTECIMENTO
DA SEXTA AVENTURA DE CIRCE

E o dito cujo Bonitão
chamou a Circe de lado,
mostrou-lhe um Grande Telão
em um canto pendurado,
onde se via o Brasil,
o nosso Torrão Adorado,
repleto de cores mil
abrilhantando o Cercado,
com a brilhante cor anil
iluminando o Doado,
e o verde das Florestas
em cada canto espalhado,
e as florezinhas das mil festas
dançando o samba sagrado,
e o brasileiro altaneiro
com seu falar ritmado,
agora, todo festeiro,
por se ver admirado
na Europa e no Celeiro
do Americano Indomado
e no Oriente Hospitaleiro
do Pensar Revigorado,
e a Circe, ainda no tril,
ficou um tempão dilatado,
retirando com esmeril
as farpas do neo-pensado,
pois precisava, a Tão Sana,
a nossa Circe Tri-Plana,
de um continuar ritmado,
per gloriosa ou singela
realçar o seu Doado,
a narrativa com vela
para iluminar o Achado,
ou seja, mostrar a Escudela
repleta de nome cifrado
de uma Era Tão Bella
do Proto-Português falado,
revelando à Exerdadella,
nascida em um Brasil Exerdado,
que, oimais, a Cidadela,
seu Brasilzão estimado,
ainda nesta Segrelella,
seria glorificado,
e já na próxima Passadela
deste nosso tempo agitado,
a Nação Verde-Amarela
do Céu Azul Afirmado,
o Brasil-Verde-Aquarela
seria no Mundo Aclamado,
e a nossa Circe Andarella
ficou um tempão dilatado
remexendo a Escudela
repleta de nome cifrado,
pois não sabia a Isabella
quomodo recontar o Achado,
quomodo pintar, em tela
e com parolão animado,
a tal nova Passarela
do neo-contar ritmado,
pois, só com esta Tramela
abriria o neo-narrado,
as palavras da Singela
exigiam outro Pensado,
já que o trajeto da Bella
estava em nível elevado,
e a pobre Circe Isabella
se via em Estradal bell-minado,
quomodo acender a vela,
para iluminar o Achado?
E a Circe na Passarela
do renovo meditado,
uma brasileira sem sela
e sem palafrém bem blindado.

O tal Jaião bonitão
olhou a Circe com agrado,
e o olho do seu Frontão
ficou mais iluminado,
e sussurrando um refrão,
com parolão intrincado,
o novo ser em questão,
do tal olhar azulado,
reafirmou a intenção
de abençoar o Cercado
da Circe do Grã-Portão
de Jano do Bell Passado,
dizendo à Circe Bella
que o seu Brasil Muito Amado
seria uma Nova Estrela
no Terceiro Assinalado,
pois a Velha cairia,
isto, já, ponto firmado,
e que o nosso Brasil seria
Novo Império respeitado,
pois o Antigo findaria,
per ganancioso e estouvado.


XXXIV

APOGEU DA SEXTA AVENTURA DE CIRCE

E cheio de boa intenção,
o Dito da Safir’Azulada,
teclou um simples botão
da tal Telona Espelhada,
e indicando a direção
de uma luz maravilhada,
falou com voz de trovão:
Óh, Circe da Port’Alada
de Jano Janiculão,
da Estrada Duplicada,
mas, ainda, presa à razão
da mitologia doada
pelo romano pagão,
você entrou numa Portada
diferente, e, de antemão,
já lhe direi, minha Amada!,
aqui, é Maravilha Sem-Chão.
Esta Alcaçadela Blindada
de Marte Muito Brigão,
nesta Era Assinalada
do Vinte e Um em questão,
non é Alcácer, nonada,
e não estamos em abril, não!,
já é temporalidade passada
na Folhinha da Razão,
já é outubro na Estrada
do 2006 trapalhão,
e na domaa assinalada
per uma nova eleição,
o Protector da Bell Moçada
ou Brasileiro Sem-Tostão
estará en just’arretada
em defesa do Povão,
pois a direit’atilada
quer recuperar o bastão,
e muita intriga forjada
terá de enfrentar o Jaião,
o seu Luís da Alcaçada
da Capital da Nação
terá luta triplicada
per vencer a oposição,
a oposição aventalhada
com intriga de ocasião,
que prepara set’alada
per derrubar seu Irmão,
seta mal atirada
por besta sem benzição,
seta de língua malvada
de antiga tradição,
a tradição endeusada
pelos ricos do seu Rincão,
que enche os bolsos e não dá nada
aos que não têm um tostão.
Por isto, redigo a Cuidada,
minha Circe da Andação!,
a sua Pátria Adorada
e o Chefe da Alcaçada,
o seu Brasil Real Ação,
sairão da enrascada
(há muito!, mal preparada
per um grupo bem enrolão),
depois da luta acirrada
e da real traição,
a Prima Gerência, aviltada
per os Imigos da Nação,
a Gerência Bem Menada
do Pernambucano Grã Irmão
será novamente aclamada
pel o Povão Sem Tostão,
e, em uma Segunda Rodada,
driblando a real ambição
de uma cambada malvada
que não quer o bem do Irmão,
no vinte e nove da Cuidada
Folha de Transição,
de outubro, da messe alada
e Nova Estrada em Ascensão,
uma luta mal armada
em uma data bem marcada
no 2006 em questão,
no mês de Escórpio, revelada
será a nova Gestão,
será briga bem traçada
no plano da Criação,
será luta bem travada,
Escorpião e Escorpião,
e o Brasileiro da Alcaçada,
o Luís Revelação,
em uma Segunda Empreitada,
vencerá a Eleição,
uma eleição bem menada,
por certo abençoada,
sem um pingo de armação.


XXXV

FINAL DA SEXTA AVENTURA DE CIRCE

E num ratito de instante,
a Circe olhou o Telão,
e viu a figura brilhante
do Luís Revelação,
acenando para o povo
de seu País em Ascensão,
a começar tudo de novo,
com amor no coração,
sabendo que algum intrigante
rodeará o seu Cercado,
pois muita fiúza anelante
se dissolveu no passado,
e que o Incrível Instante
era no Céu aclamado,
a Fiúza Atuante
já tinha lugar reservado
no Panteón Inflamante
de um povo Muito Bem Menado,
e o Luís, dali por diante,
teria de trabalhar redobrado,
para acabar com o Estressante
que quer o Brasil Mal Amado.

E o nosso Luís Comandante
acenava, emocionado,
por ver seu Povo Atalante
a aplaudir, siiralado,
o Povo Neo-Deslumbrante,
em Passado Mal-Firmado,
aenvido profaçado,
mas que, de hora em diante,
seria no Mundo aclamado,
pois seu Representante
Neo-Jaiante
fora no Segre aclamado,
seria um Novo Eixecante
em defesa do Minguado,
o de vida angustiante
neste Mundão Destroçado.

O Luís eixecaria
com a força do Verbo Dado,
com toda a fiuzaria
de quem nasceu exerdado,
com a força do gosto acerbo
da linfa de seu passado,
com o paladar sem sabor
do alimento faltado,
com a lembrança do valor
de um infante, maltratado,
que muito e muito suou
para vencer o Escalado,
e para tirar do horror
o seu povo bem-amado.

E agora estava, o Vencedor,
ali, no Grande Telão,
transbordando muito amor
per seu povo, e com emoção,
o Luís Vitorioso
falava à sua Nação,
prometendo um Ano-Novo
com muita Luz, muito pão,
e que todo rebordoso
de desagradável parolão,
qualquer unzinho invejoso,
ou político falastrão,
ou os inimigos do seu povo,
os não-de-bem com a Nação,
qualquer Jaião enganoso
a enganar a multidão,
a esses o Luís Venturoso
vencerá com galhardão,
mesmo que seja algum Manhoso
ligado à sua Facção,
pois companheiro ávol, danoso,
o Luís tem de montão,
querendo que o Glorioso
caia em contradição,
inimigo secreloso
com fachada de bonzão,
lambendo as botas do Bondoso,
mas, com inveja no olhão,
beijando o Vitorioso,
mas, por trás, um Grã Felão.

A tudo a Circe assistia
na Tela de Animação,
pois há muito já vivia
além do Grande Portão,
só a Bella não sabia
aquele Novo Estradão,
nem o ser da dita Via,
o tal Jaião saradão,
aquele que protegia
o Luís e a Nação,
que morava em sala vazia
a necessitar neo-parolão,
para mostrar a assũarazia
de um Mundo de Louvação.
E, agora, o que ela queria,
a Circe do Gran Portão,
com grande e nobre valia,
era voltar pro seu Rincão,
pois, oimais, ele teria
no Mundo um Grã Galardão.


XXXVI

A SÉTIMA AVENTURA DE CIRCE

A Sétim’Aventur’Alada
de Circe Anunciação
aconteceu na tal Estrada
de Jano Janiculão,
a tal Estrada Sonhada
que leva à Revelação
de Nova Luz, puridada,
a da Notória Invenção,
da Narrativ’Atilada
a glorificar a Nação,
por Deus-Pai abençoada,
o meu Brasil, o meu Chão.

Então? Então a Circe da Portada
se despediu, com emoção,
do da Safir’Azulada
bem no centro do Frontão,
o de boa barba ensinada
e sorriso avezeboão,
aquele da Face Sarada
e Bell Amor no Coração,
a abençoar a Pátri’Amada
de Circe do Grã Portão,
a que andava Espiralada,
sem Guia, sem Proteção,
per Estrada Interditada
pel’os Donos da Razão,
a procurar, ritmada,
a Nova Lei da Canção.

Mas, para retornar à Estrada
da Clara Imaginação,
a Estrada Sacralizada
nas Leis da Velha Canção,
Via já consagrada
pel’os Doutos da Nação,
a Veirota Via Afamada
de um Gênero já Antigão,
a Circe da Port’Alada
teria de erguer sua mão
e, com Bandeirola Blindada,
acenar, co’a rendição,
e explicar, à neo-moçada
e aos neo-doutos da Nação,
que a sua Canção puridada
só visava uma intenção,
glorificar a Pátri’Amada
em cada canto do Mundão,
uma vez que, a Circe’Alada,
não possuía um tostão,
per comprar Carta Selada,
a colocar no Panteão
das Figuras Nominadas,
os Imortais da Nação.

E a saudade já constava
no roteiro da Andação,
e a Circe já buscava,
com muito jeito e armação,
a Via que se bifurcava
numa dupla direção,
procurando desarmada
o trajeto da Razão,
pois a nossa Circe’Alada,
ou Neo-Circe Exerdação,
já andava, espiralada,
no tal Reino da Invenção,
e o que mais queria, a Aluada,
era voltar pro seu Rincão,
e o que mais a incomodava
era a perda do Cordão,
o tal Cordão da Estrada
que leva à Revelação,
tadinha da Eixecada,
teria de enfrentar Doutor Jaião,
o Jaião da Língua Colonizada,
ao retornar ao Rincão.

E para retornar, bem menada!,
à antiga condição
de Mulher Bem Formatada
no tal Mundo da Razão,
a Circe da Port’Alada
teria de enfrentar o Jaião
da Norma Qualificada
pel’o Português Avozão,

mas, est’Aventura Indomada,
a Sétima do meu Cordão,
não vou contar-lhe, nonada,
ficará em incubação,
pois, ao caminhar pela Estrada,
retornando ao seu Mundão,
reviu a face duplicada
de Jano Janiculão,
a lembrar à Incomodada,
com sincera explicação,
que retornar a Passada
para o mundo da Razão,
não desmerecia a neo-jornada,
que fizera com paixão,
e que nov’aventura doada
estava a vir na Contra-Mão.

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