Quer se comunicar com a gente? Entre em contato pelo e-mail neumac@oi.com.br. E aproveite para visitar nossos outros blogs, o "Neuza Machado 2", Caffe com Litteratura e o Neuza Machado - Letras, onde colocamos diversos estudos literários, ensaios e textos, escritos com o entusiasmo e o carinho de quem ama literatura.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O DOZE JÁ ESTÁ FINDANDO



O DOZE JÁ ESTÁ FINDANDO


NEUZA MACHADO
 

 

 
(Charge do Inigualável Bessinha – Conferir: conversaafiada.com.br)
 

O Doze Já Está Findando...

Satisfação Redobrada...

O Treze Já Vem Chegando...

Esperança Renovada...

 

O Doze Foi Um Escarcéu

De Politicagem Malvada...

Um Vagalhão-Aranzel...

Malvadeza Encomendada...

 

O Doze Soube Mostrar

A Face Dissimulada

De Quem Não Quer Aceitar

A Mudança Desejada.

 

O Bom Para Os Disfarçados

É Riqueza Acumulada...

Um País De Esfomeados

Garante A Burra Recheada...

 

Um País Em Ascensão

Não Agrada Esta Cambada...

Uma Súcia-Enganação

Brigando Na Encruzilhada...

 

Com Medo Do Luís Inácio,

O Herói Da Neo-Moçada...

O Neo-Povão?... No Palácio!...

E O Vei-Riquinho?... Sem Nada!...

 

O Doze Foi Um Escarcéu

De Politicagem Malvada...

Um Vagalhão-Aranzel...

Malvadeza Encomendada...

 

O Poviléu Oprimido

Já Não É Um Extasiado...

Já Distingue O Enfurecido

Contra o Neo-Povão Abonado!

 

O Povo Dito Sofrido

Já Não É Alienado,

O Pachorrar Sem Sentido

Já É Coisa Do Passado...

 

Que O Treze Seja Bem Vindo!...

Em Luta Continuada!...

O Gran Brasil, Muito Lindo!,

Vai Vencer A Empreitada!

 

A Aragem-Isopieze,

Às Vezes, É Descontrolada!...

Que O Anno 2013

Traga Uma Pressão Bem Dosada!

 

Que Venha O Dois Mil E Treze

Com A Esperança Renovada,

E Que A Linha-Isopieze

Não Nos Ligue À Brisa Errada...

 

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

QUEREM DESMERECER O NOSSO REI


 

QUEREM DESMERECER O NOSSO REI

 
NEUZA MACHADO
 
 

 

 

O Povão Brasileiro, depois de uma longa espera, ungiu, em 27 de outubro de 2002, Luís Inácio Lula da Silva como seu rei de fato e de direito. Diferente dos reis antigos, que escravizavam seus súditos, o nosso rei Luís (meu rei, também, certa que estou de minha consciência política) exala pura bondade. Depois de oito anos de brilhante governo (duas vezes eleito), o nosso rei coroou a Presidenta Dilma como sua sucessora, mas não perdeu a sua própria coroa diante dos milhares de brasileiros pobres e remediados que o admiram. Continua um rei, respeitadíssimo pelo Povão, muito amado principalmente nos bolsões de pobreza em processo de mudança para uma vida mais digna (bolsões esses assistidos pelo bolsa-família). O nosso rei Lula significa a esperança de que o Brasil continuará sempre em direção ao tão esperado progresso (pois a miséria extrema, para a maioria dos menos favorecidos socialmente, campeou por aqui, em nossas bandas brasileiras, desde a colonização portuguesa até ao início do século XXI).

 
Mas, ultimamente, insinua-se um sinistro movimento que busca destruir a base de liderança de nosso rei, o que afetaria o presente governo de nossa Presidenta Dilma Rousseff. Tal movimento sinistro nasce nas poucas camadas mais ricas do Brasil, porque os tais veem em nosso rei Luís e em Dilma Rousseff uma ameaça aos seus interesses pessoais e de classe (o nosso rei Luís é muito diferente dos “Luíses” franceses). O movimento, neste momento sinistro, se apoia no patrocínio também sinistro de uma minoria classista, rica e preconceituosa, que pensa controlar a mente do povão brasileiro por meio de uma mídia comprometida com tudo que seja em prol dos ricos (pensa controlar, mas não controla) e que não se preocupa com as necessidades morais e vitais do povão brasileiro (no execrado passado, muito explorado pelos mesmos ricos).

 
Foi veiculado na mídia tupiniquim que “o rei está nu” em sentido pejorativo (uma determinada mídia dita senhorial), como se toda nudez fosse passível de ser castigada. Quem veiculou a notícia esqueceu-se de que a nudez às vezes é sinal de pureza, a pureza que em sinistras anteriores gestões não foi dignificada, mas que agora é vista em sua forma mais crua: cortando o mal na própria carne.

 
A tal minoria preconceituosa não aceita o nosso rei. Não aceita que ele seja ovacionado por 80% do povo brasileiro, incluindo a aclamação de uma preocupante vassalagem estrangeira e de um também preocupante grupo de governadores de estados brasileiros que foram até a cidade de São Paulo para oferecer-lhe apoio e desagravo político. Excetuando os 80% de brasileiros que o têm como rei de fato e de direito, penso que os 20% de brasileiros que restaram nesta minha conta desejam destruir o nosso rei.

 
(Esses 20% não se conformam: Quem é ele, o nosso Lula, para querer ser o rei do Povo Brasileiro? Um pobre coitado que nasceu em uma “manjedoura” lá em Pernambuco!... Quem é ele para ser um homem aclamado em todas as partes do mundo, se nem diploma universitário conseguiu ao longo de sua vida. Quem é ele que não sabe falar a língua inglesa? Quem é ele para querer superar as grandes cabeças coroadas pelos ricos? Quem é ele, esse “sapo barbudo”, para almejar tão alta honraria no Brasil e no Mundo?).

 
Sua bondade e amor à Pátria, sua necessidade de transformar o Brasil em potência mundial, seu trabalho como governante, assistindo a todos os brasileiros, oferecendo-lhes uma base mais segura monetariamente, seu esforço em pagar a nossa já passada dilatada dívida para com o FMI (e pagou, graças a Deus e à sua determinação pessoal, ao seu trabalho hercúleo para transformar o Brasil em Nação progressista), nada disso foi, é, ou será suficiente para aplacar a vontade desses infelizes de colocar o nosso rei Luís no ostracismo.

 
A inveja e o ciúme político, o preconceito da elite, a ambição desenfreada dos estrangeiros que para aqui vieram e se tornaram nababos, enriquecendo-se à custa do trabalhador brasileiro, a ruindade daqueles despolitizados que não amam o próprio país, todos os inconformados ganaciosos degradantes se esmeram agora na ânsia de destruir o nosso querido Ex-Presidente Lula (querido por muitos e muitos e muitos da classe média quase rica e pela maioria do pobre assalariado, em outras palavras, por 80% do Povão brasileiro).

 
Querem excluir o nosso rei de nossa História de Pura Maravilha (aquela História que queremos cultuar) e querem macular tudo de bom que ele ofertou às camadas mais necessitadas. Querem tomar os louros de sua vitória governamental e se apropriar de seu legado. Mas não vão conseguir. Sua força não vai ser inferiorizada. Ele não vai cair, porque o seu Verdadeiro Povo (o Povo Escolhido) estará ao seu lado, amparando-o se for necessário, com muita consciência de que ele poderá levar alguns tombos ao enfrentar as rasteiras sinistras dos que se julgam poderosos oponentes, mas o nosso rei Luís estará sempre firme em seus humanos propósitos. Sabemos que o nosso rei Luís Inácio não é uma divindade extraterrestre ou angelical, é apenas um ser humano com defeitos e qualidades (muito mais qualidades do que defeitos) e que jamais será honrado como “imortal” na Academia Brasileira de Letras do Rio de Janeiro. Mas será sempre, historicamente, mesmo contra a vontade dos oponentes, o Salvador da Pátria Brasileira nesses anos iniciais do Terceiro Milênio.

 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

LULA E DILMA: QUE DEUS OS PROTEJA EM 2013!


LULA E DILMA: QUE DEUS OS PROTEJA EM 2013!

 
NEUZA MACHADO

 
 

 

"Construir um Brasil que avança está em nossas mãos" - http://blog.planalto.gov.br


Hoje vou enaltecer o inigualável Salvador de minha Pátria Luís Inácio Lula da Silva (hoje, e sempre que houver oportunidade estarei predisposta a louvá-lo, conscientemente segura de que ele é merecedor, conscientemente segura também de que ele é um ser humano passível de possuir qualidades e defeitos, é bem verdade!, mas certa de que suas qualidades são infinitamente maiores do que os defeitos). Neste momento, vou exaltar o nosso Ex-Presidente Lula, porque ele merece e merecerá sempre o meu reconhecimento de brasileira que acompanha desde os anos sessenta a história política do Brasil. Vou exaltá-lo sem medo das críticas depreciativas da minoria de preconceituosos insatisfeitos, porque ele já se encontra devidamente reconhecido em meio ao Povão que o admira e devidamente reconhecido mundialmente: oitenta por cento dos Brasileiros e o Mundo graças a Deus já globalizado pela Internet já sabem quem ele é. Os outros vinte por cento (coitados!) não se conformam com a positiva e contínua liderança de nosso Ex-Presidente-Metalúrgico e, muito menos, com a ascensão do Brasil (não se conformam porque só querem as riquezas do Brasil para eles mesmos, para seus fundos bolsos). Para esses grupelhos ávidos de poder pessoal e riquezas, para esses violadores dos direitos da classe pobre, seria muitíssimo necessário que o Brasil continuasse dependente do valor monetário estrangeiro. A nossa pequena “grande mídia” e a abastada preconceituosa elite (elite esta que, diga-se de passagem, muito lucrou com as mudanças sócio-monetárias promovidas pelo Presidente Metalúrgico) se esmeram em depreciar o anterior trabalho do Presidente Lula, incluindo o presente trabalho do governo da Presidente Dilma Rousseff e, infelizmente, depreciam também o sucesso do Brasil no exterior.

 
Mas, hoje vou apenas louvar o Ex-Presidente Lula e o meu Brasil (não estou preocupada com as críticas depreciativas à minha louvação). Podem me chamar de ufanista que não ligo mesmo. Sou ufanista de carteirinha, podem acreditar. Mesmo que haja um retrocesso (e nem por isso vou deixar de amar o meu país), no momento a minha auto-estima de brasileira feliz encontra-se nas alturas, mesmo tendo consciência das pedradas que atiram no Ex-Presidente Lula, invejosos que estão de seu sucesso. Hoje, vendo o Brasil desenvolvendo um rápido progresso, me sinto altamente valorizada como brasileira. E nem por isso estou com os bolsos cheios de dinheiro, ao contrário, meu salário como professora universitária horista é vergonhoso; mas, como a culpa de meu baixo salário não é do governo federal, este assunto ficará para outra postagem.

 
Penso sempre que um país só será grande se todos os seus habitantes o amarem. Quando amamos nossa Pátria, por inteiro (todas as regiões que a compõem), veneramos também a língua que nos projeta diante do mundo, incluindo as suas inúmeras variações dialetais (jamais fui preconceituosa em relação aos falares ditos deturpados de minha língua brasileira-portuguesa).

 
Sempre fui uma nacionalista ferrenha (proprietária de um amor imensurável ao meu país) e uma admiradora inconteste de nossa modificada língua brasileira herdada dos colonizadores portugueses. Muito já sofri por expressar em alto e bom som os meus positivos sentimentos patrióticos. E pasmem! Os que me censuraram estavam com suas gavetas repletas de diplomas universitários. Uns poucos dos meus conhecidos e pares, em um passado ainda recente, porque pensavam que dominavam as línguas dos países ditos do Primeiro Mundo (inglês – principalmente o inglês-americano –, francês, alemão, por último, o idioma espanhol, a língua oficial dos Mercadores da América do Sul, e outros mais, conforme o alto valor monetário dos mesmos), implicavam com o meu patriotismo, e, com tal atitude, sublinearmente (talvez inconscientemente) passavam a desprestigiar a própria (a que eles deveriam amar). Inclusive, eles achavam que falavam brilhantemente a língua portuguesa em sua feição castiça (e acham ainda). Oh ledo engano! Meus conhecidos e pares (não todos, é bem verdade!) não se fartavam em achar uma graça envergonhada de minha postura acadêmico-nacionalista voltada para os verdadeiros valores do Povo Brasileiro. Eles estavam convictos e ainda estão de que o Brasil seria e será sempre uma colônia subserviente aos valores linguísticos estrangeiros, fosse de que país superior fosse.

 
Nos seminários e palestras em que participei (como palestrante ou como ouvinte), dos meados do século XX passado até ao final desse ano de 2012 (já prestes a acabar), presenciei as atitudes de subserviência de muitos de nossos doutores em letras, pois os mesmos não conseguiam disfarçar o quanto que se envergonhavam de nossa língua brasileira-portuguesa (não me refiro à língua portuguesa propriamente dita, a falada em Portugal, mas ao nosso modo brasileiro de falar o português), e se demonstravam desprestigiados ante os doutores portugueses que aqui vinham para ofertar-nos palestras e pitos (muuuuuuitos!), doutores aqueles que vinham ao Brasil para nos admoestar (pois, naquela época, se achavam superiores aos doutores brasileiros), todos eles aconchegados em suas becas das grandes universidades de lá. Lá pelo final dos anos noventa do século passado, aqui no Rio de Janeiro, em diversos Congressos Literários, assisti à uma infinidade de palestras de dignos doutores portugueses, naturalmente elevados em suas brilhantes togas, palestras aquelas que se mostravam superiores às dos nossos doutorzinhos ditos tupiniquins, agindo os daqui como vassalos envergonhados de suas pobrezas linguísticas, todos de cabeças baixas, humilhados, pálidos em suas subserviências inglórias.

 
Se houver oportunidade, ainda vou narrar-lhes um episódio de extrema subserviência linguística por parte de professoras brasileiras da UFRJ, episódio do qual fui testemunha, episódio acontecido em Rennes, no Norte da França, em setembro de 1991.

 
Desejo explicar-lhes que tenho muito orgulho do idioma português aqui disseminado à época da Colônia (posteriormente mesclado com os falares indígenas e africanos e de outros imigrantes de outros países que para aqui vieram). Gosto muito de escrever meus textos técnicos acompanhando os cânones de além-mar. Entretanto, em meus outros textos ditos literários sinto-me livre para inovar, principalmente quanto à recuperação de antigas palavras portuguesas hoje em desuso e à aceitação de neologismos próprios de uma língua em constantes modificações normativas. É imprescindível ressaltar que, mesmo apreciando escrever textos técnicos acompanhando as severas regras da chamada norma culta que vigora entre os dois países (Portugal e Brasil), como brasileira-mineira-roceira tenho consciência de que não beiro à perfeição linguística, mas, ao me expressar cotidianamente, nunca me senti constrangida com os meus prováveis desvios idiomáticos, pois não renego em absoluto o meu modo de falar brasileiro (e não renego também os diversos outros dialetos e idioletos ditos deturpados de meus conterrâneos que não tiveram a oportunidade de estudar).

 
Então hoje, voltando ao assunto principal desta postagem, por um lado especialíssimo, estou feliz com o reconhecimento sócio-político do Ex-Presidente Lula no estrangeiro e com a atuação da Presidenta Dilma Rousseff como chefe do governo do Brasil. Encontro-me mais feliz ainda porque os brasileiros já reconhecem o valor de nossa Presidenta em exercício, e, graças a esta felicidade, neste final de 2012 (infelizmente, repleto de tropeços políticos), quero exaltar e muito o meu Brasil, e afirmar aos meus Leitores-Blogueiros que sempre me orgulhei de ter nascido brasileira-mineira-roceira, apesar de infelizmente ter presenciado a negra fase de extrema penúria da maior parte do povão brasileiro e a esnobe subserviência mental dos ricos letrados e do grupinho elitizado.

 
Entretanto, encontro-me, por outro lado, pesarosa e envergonhada com a atitude de certas autoridades de meu país (ministros e uma pequena elite preconceituosa), todos ansiosos por macularem o que o Ex-Presidente Lula e a Presidenta Dilma – incluindo o Povão brasileiro –, com tanto trabalho e sacrifício, realizaram para o Brasil. Estou envergonhada com os tais supostamente poderosos porque tenho plena consciência de que não está havendo justiça verdadeira. Estão julgando apenas o lado que lhes interessa punir (estão julgando, sem provas explícitas, os atuais vitoriosos que abalaram suas ricas estruturas senhoriais). Não estão julgando, por exemplo, a legião de políticos “errados” que quase destruiu (a legião, revisores!) o Brasil nos anos anteriores ao governo do Presidente Lula. Não estão julgando os que queriam vender o Brasil para o estrangeiro a troco de nada. Não estão julgando os pioneiros em trapaças políticas. Não estão julgando a miséria que envolveu o Brasil até o ano de 2002, miséria gerada por governos de direita que não se preocuparam com o bem estar da população pobre, só pensando em encher os bolsos dos poucos muito ricos.

 
Mas afirmo-lhes que, neste momento, estou confiante, a espera de um próximo ano auspicioso. Tenho plena certeza de que os que amam verdadeiramente o Brasil vencerão os oponentes (ambiciosos e invejosos). Tenho plena convicção de que a Presidenta Dilma e o Ex-Presidente Lula não irão permitir que retomemos os desvarios da antiga Idade Média brasileira (aquele subdesenvolvimento degradante que tanto nos incomodou).

 
De qualquer maneira, o meu ufanismo não é prepotente (se penso no significado da palavra ufanismo) em ponto de se julgar inabalável. O meu ufanismo é o resultado de um particular amor incondicional pela minha terra brasileira, pela minha gente brasileira. O meu ufanismo não me impede de vez por outra refletir os erros que atrapalharam e que ainda atrapalharão a nossa caminhada para o progresso, erros que poderão abalar as nossas ainda frágeis estruturas. O mundo vai girando e não sabemos o que acontecerá no dia seguinte. Sei perfeitamente que o Mundo Exterior que atualmente afaga os nossos dois Presidentes (o Ex-Presidente Lula e a Presidenta Dilma) não o faz por admiração sincera. Tenho plena consciência de que se houver oportunidade, e se a Presidenta Dilma afrouxar a guarda, os grandes de ontem do Mundo Exterior, que hoje estão necessitados de socorro financeiro, se voltarão contra o Brasil, inapelavelmente, com incontida fúria, para tomar nossos bens.
 
 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

E O ANNO 2012 FINDOU



E O ANNO 2012 FINDOU

NEUZA MACHADO

 


 


E O ANNO 2012 FINDOU

NEUZA MACHADO


O Anno 2012 Findou
Alertando Ao Neo-Povão:
O Brasil Se Renovou,
Mas, A Política... Não!...


O 2013, Neo-Charrua,
Será Um Anno Legal,
Não Haverá PIG Que Destrua

O Neo-Projecto Nacional...

Os Inimigos Do Progresso
Do Neo-Brasil-Revelação
Terão De Amargar O Sucesso
Do Protector Do Povão...


O Velho Truão Golpista
Vai Agitar Contra O Irmão,
Mas O Povão, Hoje Na Pista,
Vencerá A Oposição...


O Mal Que Maculou O Doze,
Neste Nosso Brasil Amado,
Vem De Longe!... É Um Arcoze
Que Amargou Nosso Melado...


Um Ferruginoso Arcoze
Do Tempo De Dom Fernando,
Que Estragou O Anno Doze
E Quer Seguir Estragando...


Mas, O Treze, Em Janeiro,
O Roteiro Mudará,
O Vigoroso Brasileiro
Pelo Neo-Brasil Lutará...


O 2013, Neo-Charrua,
Será Um Anno Legal,
Não Haverá PIG Que Destrua
O Neo-Projecto Nacional...


O Anno Treze, Neo-Charrua,
Será Um Anno De Acção,
Não Haverá PIG Que Destrua
O Protector Do Neo-Povão...


Que O Treze Seja Benvindo...
(Um Número Bem Conhecido,
Pois Enfeita, Muito Lindo!,
A Sigla Do Meu Partido).


O Treze do Gran-Povinho
Que Acreditou No Luís,
Hoje, Um Gran-Povão Novinho
Lutando Pra Ser Feliz...


A Preconceituosa Elite Ricaça
Quer Que o Neo-Trabalhador
Siga Sempre Sendo Caça...
E o Riquinho?... O Caçador...


Mas Na Urgente Virada
Para o Treze, Anno Novo:
Esperança Renovada...
Sem Medo De Papa-Ovo...


A Maldade Arquitectada
Contra o Luís, Nosso Irmão,
Será História Já Passada,
Não Tem Valor, Não Tem Não!...


Já É História Prevista
A Vitória do Neo-Povão...
Nenhum Partido Arrivista
Mudará A Direcção...


Deixaremos Todo O Mal
Na Tumba Do Anno Doze...
No 2013 Legal
Não Queremos Velho Arcoze...


O 2013, Neo-Charrua,
Será Um Anno Legal,
Não Haverá PIG Que Destrua
O Neo-Projecto Nacional...


O 2013, Neo-Charrua,
Será Um Anno De Acção,
Não Haverá PIG Que Destrua
O Protector Do Povão...


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

RENATO RABELO: ATACAR LULA É ATACAR O POVO BRASILEIRO



RENATO RABELO: ATACAR LULA É ATACAR O POVO E NÓS IREMOS RESPONDER




 
 
“Precisamos dizer ao povo o que está por trás dos ataques a Luiz Inácio Lula da Silva. E se os ataques a Lula continuarem o povo irá se levantar. Vai haver resposta. Iremos gritar e lutar, pois não abriremos mão desse novo Brasil.”

 
Leiam a matéria de Joanne Mota, da Rádio Vermelho em:

 


Renato reforça “tocou em Lula, vai tocar no povo. O povo não é bobo. Hoje a sociedade tem mais informação e sabe como funcionam as forças conservadoras, além disso, os movimentos sociais estão atentos e se unirão para defender o projeto inaugurado por Lula. Não permitiremos a volta do projeto neoliberal, não permitiremos a volta da desvalorização do salário e do trabalhador, não permitiremos a volta da autoridade monetária dizendo a nós o que fazer.”

 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

ODISSÉIA MARIA BRASILEIRA - 1998



ODISSÉIA MARIA BRASILEIRA - 1998
 
 
NEUZA MACHADO
 

 

 

 

ODISSÉIA MARIA - PRIMEIRO CANTO - PRIMEIRA INVOCAÇÃO - 1

 

NEUZA MACHADO

 

PRIMEIRO CANTO


 

1a INVOCAÇÃO

 

Conta-me, óh! Mercúrio Veloz!!!,

fiel mensageiro dos deuses mui poderosos

das Idades Antigas Greco e Romana

e da Astrologia Pós-Moderna,

NESTE 12 DE DEZEMBRO DE 1998,

quomodo foi o passado,

como será o dia de hoje,

quomodo será o futuro,

e quomo se desdobrará

esta minha insólita e necessária viagem

nesta minha existência terrena,

esta incursão transcendental

nos meus mais íntimos pensamentos?,

conta-me tudo!;

mostra-me, óh! Mercúrio Dinâmico Praláde Veloz!!!,

um epo-lírico-ficcional caminho aéreo-espacial,

certinho,

a esta minha nova face de mulher de cinquenta,

trabalhadora,

viajante incessante incansável na vida,

Odisséia Maria dos Últimos Anos do Século XX

e das Durações Sombreadas

do Segundo Milênio de Peixes Final,

mas, à espera expectante do início do Século XXI,

do Terceiro Milênio Sensacional ... ... ...

 


ODISSÉIA MARIA - SEGUNDO CANTO - II

 
NEUZA MACHADO

 

SEGUNDO CANTO


 


DIÁRIO / NARRAÇÃO


 

... 12 DE DEZEMBRO DE 1998,

9 horas e 35 minutos,

horário de Verão no Brasil Varonil,

10 horas e 35 minutos no Relógio Central

do Rio de Janeiro Sensacional;

a Lua está em Libra,

o Sol em Sagitário,

Vênus inicia a sua caminhada

atravessando os domínios de Capricórnio,

Vênus a prometer-me,

PARA O ANNO DE 2013

um grande amor milionário do ar;

eu, Odisséia,

de vez em quando Irinéia,

nasci sob as bênçãos de Júpiter Patrono

e ele estava em paz convosco,

óh! divo Mercúrio!;

ora, Capricórnio é o meu signo das finanças

voláteis, volúveis,

e a minha Vênus Madrinha

do Trabalho e do Amor,

passeando em território capricorniano,

não me faltará desta vez;

e por falar em Júpiter,

este quase me deixou na mão;

quando nasci,

lá pelas bandas de Minas Gerais,

o praláde benigno

dos Oráculos Modernos/Pós-Modernos

estava naquele momento ensimesmado,

desconfiado e calado,

domiciliado temporariamente

no signo de Escorpião,

e todo astrólogo que se preze

sabe que Escorpião

é o Inferno Astral dos sagitarianos;

entretanto,

a minha Estrela de Boa Sorte Sagitariana

não me faltou naquela hora

tão importante de revelação existencial,

as Novíssimas Parcas do Século XX,

três superprotetoras amigas,

seguraram o corte da linha

divisória entre o Nada e a Vida,

naquela zona da mata mineira de abertura,

a que determina ao ser humano a capacidade de pensar,

para que o nascimento se desse exatamente

em u’a madrugada de novembro,

e adivinhe Você,

Futuro Leitor destas linhas,

Leitor da Hora Certa,

Hora de Revelação

do Mundo Tenebricosamente Silencioso,

às vezes estático,

daqui a alguns anos,

quando estarei ainda muito viva

e com saúde,

eternamente,

quem estava,

naquele momento,

pontificando no céu,

tornando-se o meu signo ascendente?,

Escorpião;

talvez Sagitário!;

Júpiter e Vênus e Mercúrio

estavam ali unidos, também,

enviando-me seus fluidos benéficos,

e o mais importante é que Vênus retrogradava;

o acontecimento ao invés de prejudicar-me

ajudou-me horrores e maravilhas;

Vênus,

na Casa Um do Ascendente

poderia tornar-me uma mulher sem complexos vitais,

isto, se estivesse caminhando para frente,

mas isto não aconteceu,

ela estava andando para trás,

e, felizmente,

pude tornar-me uma mulher

menos preocupada com os desejos carnais

e mais preocupada

com as metas inatingíveis do coração;

então, hoje,

Vênus Madrinha está em Capricórnio,

minha Casa Dois do Horóscopo Solar

e Três do Ascendente,

por certo,

tenho motivos para me rejubilar,

desta vez,

aquele rico amor luminoso

e inatingível

não me escapará;

é bem verdade!,

o inatingível me seduz,

sempre me seduziu e seduzirá,

mas Vênus Brilhante não me faltou

na hora do meu direito de livre-arbítrio,

de decidir sobre o que fazer da minha vida

naquele antigo mundo mineiro patriarcal;

mesmo andando para trás,

Vênus em Escorpião será sempre

indicadora de força amorosa,

assim dizem os Imensuráveis

Incríveis Magos Adivinhos

do Século XX;

graças a Vênus Implexora em Escorpião,

sou uma mulher-teceloa,

entrelaçando os fios da substancial imaginação,

fios que se cruzam

e entrecruzam com urdidura,

tecendo uma teia de sonhos e risos sem-fim;

o riso,

óh meu Leitor do Futuro!,

ainda é a melhor arma

para balançar as estruturas hipócritas

deste Final do Século XX,

de passagem para o XXI,

mesmo que você não acredite em mim,

apesar da PVC e das rugas

e do desenrolar do tempo,

a PVC,

Você descobrirá depois,

é o meu maior problema atualmente,

a consequência natural da Vida,

no entanto,

a partir de hoje,

terei toda a probabilidade

de realizar todos os meus sonhos,

é Vênus Amorosa Madrinha

afirmando-me tal prognóstico,

o super-homem dos meus anelos mais bellos,

ele na casa dele e eu em minha casa,

em festivos e intermitentes encontros;

as minhas viagens vitais, mentais e astrais;

graças a Vênus Madrinha andando para trás,

possuo a glória

de ser uma ilustre desconhecida,

jamais verei o meu nome inscrito

na calçada hollywoodiana das estrelas;

quanto a Júpiter Troante, em Escorpião,

naquele longínquo Mês de novembro,

HOJE, DIA 12 DE DEZEMBRO DE 1998,

véspera do dia dedicado à Santa Luzia,

mártir da Igreja de Roma

e padroeira de Carangola,

minha Cidade Natal,

“Santa Luzia!,

imploro-lhe que ilumine o meu caminho,

para qu’eu possa enxergar somente

o itinerário que leva à santificação da alma”;

hoje, o Astro Patrono Júpiter Tonitruante

está em Peixes,

sua Casa domiciliar,

no passado,

antes da descoberta de outros planetas,

Sagitário dividia com Peixes

o privilégio de hospedar Júpiter,

o Senhor Todo-Poderoso do Olimpo Romano;

em verdade,

os romanos, muito espertos,

tomaram Zeus dos gregos

e o transformaram em Júpiter,

no entanto, para mim,

vejo sempre em Júpiter o poder de Zeus,

o danadinho usurpador,

o malandro usurpou o trono de seu pai Saturno;

por falar em Saturno Severíssimo,

regente de minha dita Casa Dois do Mapa Solar

e Casa Três do Ascendente,

hoje em Áries,

depois de uma rápida passagem por Touro

NESTE 12 de DEZEMBRO DE 1998,

mas, como eu ia contando,

brilhando em Áries em sentido direto,

naquele longínquo nascimento estava em Leão,

abrilhantando a minha Casa 9/10,

não s’esqueça do meu ascendente!,

juntamente com Plutão

Especulador dos Segredos Alheios,

no auge dos seus treze graus,

no Signo de Leão,

esticando seus raios

até Júpiter Protetor Vigoroso,

a treze graus de Escorpião,

numa quadratura

que teria tudo para sacudir

maleficamente minha vida,

se não fosse Júpiter Intrépido

meu guardião e amigo,

o dito defendeu-me bravamente

naquele passado distante,

possibilitando safar-me das Leis do Destino

e oferecendo-me o número treze

quomodo número de sorte,

assim, o treze entrou em minha vida,

Marte Corajoso Guerreiro, quero crer,

estava também a treze graus de Sagitário,

13° ou 14°,

os astrólogos às vezes se enganam,

um pouco distante do meu Sol Sagitariano,

meu Sol a 3° de Sagitário,

graças a essa pequena distância de 10° não se chocaram;

felizmente, para mim,

fui batizada em 13 de julho, noivei em 13 de junho,

casei-me com um homem nascido em 13 de junho,

em um 31 de dezembro,

a primeira filha de 13 de novembro,

e permiti-me continuar cultuando o número 13,

sem nunca temer a sua força purificadora,

olhando-o sempre como símbolo de renovação,

no Tarot,

não vejo o lado negativo deste número de superstição,

observo apenas os aspectos positivos;

lá se vão meio século e dois anos de vida,

com uma Carta Astral predicando

uma quadratura exata entre Plutão e Júpiter,

a 13° (treze graus),

no entanto,

tal quadratura nunca me prejudicou,

conheci uma caminhada de vida dificultosa, sim,

mas sempre realizei insólitos e implexores pensamentos,

outros teriam renunciado ante a quantidade de obstáculos;

assim aqui vou eu,

Odisséia Maria,

ou Circe Irinéia Capitulina do Brasil,

viajando em mim mesma,

descobrindo, sempre,

os astros não são os donos do destino de um ser humano,

existe o livre-arbítrio nos dias atuais;

e milhões de bolas de ar para o destino pagão,

sou católica romana e creio em Deus Pai,

mas não deixo de perscrutar o futuro;

a minha realidade de habitante de um mundo caótico,

participante ativa de uma mudança de século e de milênio,

me leva a pensar no amanhã

e massifica-me com estas revistas de horóscopo

espalhadas por aí,

enfim, não deixo de perscrutar o Futuro Sem-Muro,

ele é uma incógnita,

o atual Futuro Inseguro

DESTE FINAL DE 1988,

e o que seria de mim,

Matusalém,

se não tivesse o ópio dos Oráculos do Final do Milênio,

FINAL DO SÉCULO XX,

a ajudar-me a enfrentar o porvir

e a buscar cada vez mais uma distração

para a minha vida agitada

aqui nesta Terra Azulinda;

 

ODISSÉIA MARIA - TERCEIRO CANTO - III


NEUZA MACHADO

 

TERCEIRO CANTO




...mas, quomodo ia contando,

sou Odisséia Maria Intelectual Sertaneja,

uma hétero-descendente de Bravos Caçadores Mui Machos

de Onças Pintadas

e Jaguatiricas Noturnas

e Gatas do Mato

e de Mineiras Matronas Mui Fêmeas,

Caçadoras também de Onços Pintados

e Jaguatiricos Noturnos

e Gatos do Mato,

Mineiras Cozinheiras Fagueiras

do Leste de Minas Gerais do Brasil Varonil,

uma viajante interiorizada destes annos finais do Século XX,

DESTE FINAL DE NOVENTA E OITO, PRESTE ATENÇÃO!,

NOVENTA E OITO DE AZARAÇÕES MUI POLÍTICAS;

leitora amadora de Gabriel Garcia Marquez;

amante delirante de escritores hispânicos;

do uruguaio Juan Onetti;

daquele divo escrivinhador que foi casado com a tia Júlia,

tia dele, prest’atenção!,

aquele escreveu sobre a Guerra de Canudos acontecida no Brasil,

sem ser brasileiro,

sem ter vivenciado a tal Guerra,

o pós-moderno genial e bellíssimo Mario Vargas Llosa;

leitora de Jorge Luís Borges, o divino argentino;

e tantos outros divinos latinos;

eles, os latinos, me seduziram nesses anos todos,

ficcionalmente, press’tenção!,

quero dizer;

incluindo aqueles escritores franceses

e brasileiros

e portugueses

mui loucos dos anos 50 e 60 e 70;

eu, leitora e amante de escritores latinos

começo hoje uma insólita e incrível viagem,

NESTE DIA 12 DE DEZEMBRO DE 1998,

sabendo sempre pitonisamente,

para viver um Singular Grande Amor Imaginário,

durante esta minha epo-viagem replecta de ficção e lirismo,

será necessário,

antes de tudo,

sagrar-me Odisséia Maria Guerreira,

a enfrentar os moinhos de vento do Reino do Ão e do Reino dos Ões,

amar o divino Vinícius,

o divino Cervantes

e o divino Camões,

perscrutando minha mente favorecida,

graças aos favores daqueles deuses de Hammurabi

Sétimo Rei de Babilônia,

os quais na hora do meu nascimento

pronunciaram com muito muitíssimo respeito o meu nome,

benfazejamente, é claro!,

perscrutando meu sólido coração cinquentão

ainda aberto para o telúrico amor,

perscrutando minha realidade terceiromundista avassaladora;

por tais motivas reais

totalmente avassalada,

desestruturada,

massificada,

desequilibrada,

lá vou eu, Circe Irinéia dos Anjos Guerreiros Antigos,

voando atrás de Ulysses da Silva Ponderoso,

querendo prender Ulysses em minha Ilha Mágica,

singrando estes ficcionais ares poluídos

nunca dantes navegados por nenhum avião de carreira,

mas ansiosa por chegar a um aeroporto seguro,

sem poluição atmosférica ou mesmo da mídia atual,

com a ajuda de Vênus Maravilhosa Madrinha do Trabalho

e do Amor Redentor em Capricórnio;

e Mercúrio Carteiro Mensageiro dos Deuses Eternais

novamente direto em Sagitário,

NESTE DIA MEMORÁVEL DE 12 DE DEZEMBRO DE 1998,

prest’ tençããão! à data, meu Irmão!,

quando inicio esta epo-ficcional-fantástica viagem em meu próprio interior;

talvez, James Joyce, no início deste século XX,

com o seu Ulysses volumoso,

em apenas um dia tenha feito uma caminhada mais agradável,

mas não sou James Joyce,

não sou Clarice Pernambucana Lispector,

não sou Murilo Mineiro Rubião,

não sou Roberto Mineiro Drummond

e tantos outros portentosos divinosos,

eles souberam narrar com criatividade

seus incríveis desencontros com a realidade caótica do Século XX,

e, óh!!!, coitadinha de mim!!!,

estou apenas tentando descrever aqui

esta minha aérea viagem já agora iniciada,

e seja o que Deus quiser!,

pois quomodo dizia o divo Machado Carioca Escritor e Poeta,

o que fica realmente da espécie humana

é a glória de ter vivido aqui nesta Terrinha Azulinda;

por isto,

retomando o fio de Ariadne Aranha da Teia Esburacada,

lá me vou à procura do Amor neste final de Segundo Milênio,

lutando sem medo contra o deus da decadência existencial,

quomodo sempre fiz,

des aquel’outro dia memorável do início de minha vida,

há tantos e tantos e tantos anos atrás,

em Minas Gerais,

enfim, lutando para continuar mulher,

querendo ser ainda bella na terceira idade;

seria bom ser bella

quomodo estas sedutoras atrizes das novelas das oito

da Rede Globo de Televisão do Brasil Varonil,

ainda hoje,

há mais de quarenta anos,

seduzindo seus parceiros de trabalho televisivo

com seus sensuais beijos e olhares langorosos,

belezas eternas,

esqueceram elas a passagem do tempo,

frequentando os especialistas da eterna juventude,

esses vendedores-doutores de ilusão,

privilegiados dos deuses actuais,

esses souberam compactuar com aqueles diferentes anjos habitantes das sombras,

os anjos tortos do poeta mineiro Drummond,

conhecedores quomodo ninguém

de quomodo alegrar as mulheres do Século XX;

por tudo isto,

eis-me aqui,

Diana Athenas Caçadora de Ilusões Já Perdidas,

NESTE 12 DE DEZEMBRO DE 1998,

preste atenção à data!, meu Irmão!,

relembrando Osíris Rolando Lero Amoroso,

aquele que numa tarde de novembro

me disse ser um enviado dos deuses eternais

e meu amador para sempre,

até à morte,

apesar de ser imortal

e tomar o chá dos imortais na Academia Brasileira de Letras;

todavia,

meu Osíris Amoroso Lero Rolando,

divino Osíris,

aquele que sabe quomodo ninguém

alcançar os mais recônditos labirintos do infinito,

falou da boca para fora

e jamais cumpriu seus votos de amor,

jamais me mostrou suas artes marciais

no campo de guerra da sedução ficcional;

assim, eu,

Diana Afrodite Desiludida dos Antigos Deuses Egípcios Eternais,

continuarei cantando,

para sempre,

aqueles versos inventados para ele,

meu longínquo Osíris,

hoje esses versos esquecidos

são a minha lanterna-canção de Lionoreta Brasileira

de França e Portugal e Afeganistão;

eu, Diana Caçadora da Grande Floresta Verde d’Amazônia,

com uma pequenina luzinha,

embarco agora em um avião imaginário

e vou para Campina Grande, Paraíba, Brasil,

descobrir o Nordeste e os nordestinos,

descobrir, quero dizer, um nordestino capitalista

que me faça feliz,

e, quando eu voltar,

no anno de 1992,

estarei flertando com um imberbe budista tibetano,

seguidor religioso do Venerável Dalai Lama,

perdido e encontrado aqui no Brasil,

vinte anos mais novo,

e que poderia, ai! Jesus!, ser meu filho;

no entanto,

o tibetano glabro mostrou-me o caminho da verdadeira felicidade amorosa,

ensinou-me o desapego das coisas terrenas

e a busca da iluminação;

por isto,

eu, Vájira Diamante Forte e Resistente

batizada em 30 de junho de 1990

no Antigo Budismo Teravada

do Olimpo Maravilhoso de Santa Teresa,

do Bairro de Santa Teresa, quero dizer,

eu, Vájira Diamante,

amiga inconteste do Venerável Monge Vipassi

do Manto Dourado,

jamais fui budista,

mas convivo e amo os budistas,

tive essa amizade transcendental

com aquele discípulo de Buda

de outra corrente filosófica, é claro!,

mas nem por isto menos verdadeira;

eu, Vájira Diamante da Antiga Língua Pali dos Budistas Antigos,

continuo a minha viagem,

e espero jamais colocar um ponto final

em minhas aventuras seguras por estes ares poluídos

nunca dantes navegados;

atenção!,

a minha viagem só será pontuada com vírgulas

e voltas necessárias;

depois de 1992,

retomo a minha contra-viagem sem destino final

e recordo 1991, na França,

viajando com o meu Anjo-Guru budista

e intelectual Amazonense Rochel;

não sei o motivo,

a França me pareceu tão exótica;

eu, Odisséia,

habitante do país mais exótico do Universo,

em 1996, morei em Manaus,

o lugar mais exótico do Planeta,

e convivi com índios, caboclos, escorpiões, anacondas e sucuris;

HOJE, 12 DE DEZEMBRO DE 1998,

véspera do dia de Santa Luzia,

minha padroeira,

a padroeira de minha cidade natal

perdida nos confins da Zona da Mata de Minas Gerais,

enfim, repito,

hoje, não quero falar de coisas tristes,

NESTE FINAL DE SÉCULO XX E DO SEGUNDO MILÊNIO,

só as alegrias valem lembranças;

por isto, recordar Paris será glorioso,

principalmente o Hôtel Gerson, 14, rue de la Sorbonne,

onde vivi os momentos mais bellos de minha vida terrena,

ouvindo os suspiros de amor dos parisienses,

eles não têm vergonha de demonstrar em alto som

seus momentos de incríveis paixões,

Paris, de madrugada,

eu, professora do Brasil Varonil,

ouvindo os gemidos de amor de um casal no quarto vizinho,

a amante exaltada gritou de prazer duas horas seguidas,

seu furor uterino espalhado sonoramente na madrugada de Paris,

o amante parisiense amoroso retribuiu com barulhentos beijos estalados;

e também as brigas sexuais dos gatos nos parisienses telhados;

enfim, solitariamente em Paris,

invejando os amantes felizes;

mas o que é isto?!,

sou tremendamente feliz!,

por que invejei o casal desconhecido?!,

sou uma mulher livre

e viajo e canto na hora que bem desejo,

sou uma egocêntrica descendente de Bravas Caçadoras

de Onços Pintados, Jaguatiricos Noturnos e Gatos do Mato de Minas Gerais,

heroína brasileira fragmentada de um mundo fragmentado,

uma mulher-somatório de todas as mulheres-heroínas do Brasil Varonil;

mas de Paris falarei depois, páginas adiante, por certo!,

a minha perspectiva mágica me obriga a pensar o presente,

e o presente agora é um ônibus velho,

viajo agora de ônibus velho em direção a São Gonçalo,

vizinho velhinho de São Sebastião do Rio de Janeiro,

atravesso a incrível Ponte Rio-Niterói,

a Ponte Incomensurável do Destino dos Gloriosos Homens do Brasil Varonil,

misturando-me ao povo brasileiro trabalhador

muito mal remunerado neste final de 1998,

preste atenção!, por favor!,

EU DISSE 1998,

desci temporariamente

do mirante ideológico da imaginação mágico-substancial,

daqui a pouco vestirei a minha farda de Alferes

do tempo de Machado Carioca de Assis,

quero dizer,

o atualmente desvalorizado jaleco formal

de Professora Universitária de Literatura Geral,

na verdade,

um deslumbrante overall azul metálico à moda americana,

para dar aula em São Gonçalo vizinho de São Sebastião;

viajo agora de ônibus velho gaiola dos pobres,

atravessando a Ponte Interminável do Destino Brasileiro,

situada no insólito imaginário-em-aberto dos juízos de descoberta,

sob uma chuva imensa e aterradora, sem fim,

em direção ao infinito dos meus sonhos secretos;

ouço um barulho estranho, assustador, sem igual,

é um velho homem fechando a janela do ônibus velho,

decrépito,

pois teme a chuva a invadir o nosso mundo praláde caótico;

agora, atravessando a Ponte Rodoviária dos Motoristas Intrépidos,

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro nos proteja, amém!,

vou a direção de São Gonçalo do Estado do Rio de Janeiro;

e esta é uma viagem epo-lírica

ou epo-ficcional

ou epo-dramática,

não sei!,

não sei precisar o Gênero Literário Atual

desta minha narrativa enrolada,

espero que não seja epo-paraliterária!,

que Deus me proteja!,

tamanho é o perigo político a nos rodear,

NESTE DIA 12 DE DEZEMBRO DE 1998,

a cerração política

provocada pelo descomunal temporal apocalíptico;

enfim,

graças ao Senhor Deus Onipotente dos Antigos Hebreus,

dos Católicos e Crentes,

no qual acredito deveras,

atravessamos o perigo!;

o Rio Lethes fluminense-brasileiro

em dias ensolarados

é uma baía tão linda!,